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Agência Estado

Trabalhamos para sermos surpreendidos positivamente mais uma vez

Esperamos, confiantes, e com todos os brasileiros, sermos surpreendidos mais uma vez pela possibilidade de darmos a volta por cima

Após superarmos tantos desafios em 2020, ninguém imaginaria que pudéssemos ter um 2021 com potencial para ser ainda mais difícil.

É certo que ainda estamos caminhando para o fim do primeiro trimestre, entretanto, diante do que já passamos até aqui, tenho certeza de que todos estão alertas para esta possibilidade: a de 2021 será tão ou mais duro do que o ano anterior.

É fato que no ano passado, por meio do esforço não somente da Eletros, mas das principais entidades representativas do setor produtivo, conquistamos a sensibilidade e a compreensão do Poder Público e, assim, fomos surpreendidos por políticas de contenção da crise e, em especial, pelo auxílio emergencial, que permitiu não apenas que o nosso setor reagisse, mas que a economia como um todo tivesse um tombo bem menor do que o previsto. Do ponto de vista social, o auxílio emergencial tirou da miséria milhares de famílias brasileiras.

Voltemos ao nosso caso, o setor de eletroeletrônicos: na linha branca registramos uma pequena retração de 1%, na linha marrom, representada pelos televisores, ficamos estagnados registrando um resultado negativo de apenas 0,1%.

Entre os portáteis, verificamos o nosso pior resultado, com queda de 10%, enquanto no setor de ar-condicionado obtivemos um resultado muito bom diante de todo o contexto, com crescimento de 4,5%.

Ao olharmos para frente, os próximos meses de 2021 nos parece uma incógnita. É fato que podemos ser novamente surpreendidos por novas e eficientes medidas de contenção da crise que se aproxima.

A partir da proliferação de novas cepas do coronavírus, primeiramente registradas no Amazonas, a uma possibilidade real de colapso generalizado do sistema de saúde brasileiro, o que torna urgente a necessidade de um plano de imunização amplo, irrestrito e ágil.

Mesmo que as vacinas ainda não sejam 100% eficazes para todas as variantes, sabemos que elas evitam o agravamento da doença, desafogando o sistema de saúde e sendo o único caminho viável para a volta de algo mais próximo ao nosso antigo normal.

Além disso, sentimos na pele a necessidade de medidas de complementação de renda para que o consumo seja novamente alavancado, a exemplo do que aconteceu no ano passado. Apesar disso, compreendemos a delicada situação das contas públicas e o risco que um desalinhamento fiscal pode trazer aos indicadores macroeconômicos do nosso país, prejudicando ainda mais a nossa economia.

Até o presente momento, sofremos muitas consequências globais por conta da pandemia iniciada no ano passado, uma delas é o aumento da demanda por insumos, o que os tornaram sensivelmente mais caros. Para completar, temos uma variação cambial positiva que também afeta os custos de parte dos nossos insumos, fazendo com que invariavelmente tenhamos que muitas vezes promover atualizações em nossos preços.

As eleições das novas mesas na Câmara e no Senado, entretanto, é vista por nós como positiva. Esperamos que o alinhamento do Governo Federal com as duas casas nos permita experimentar boas medidas para superarmos as dificuldades na saúde pública e na economia.

Esperamos, confiantes, e juntamente com todos os brasileiros, sermos surpreendidos mais uma vez pela possibilidade de darmos a volta por cima.


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