Os restaurantes brasileiros da lista dos melhores da América Latina
O peruano Central, de Lima, volta ao primeiro lugar do ranking do Latin America’s 50 Best, que chega à nona edição
23/11/2021O ranking dos 50 melhores restaurantes da América Latina (‘Latin America’s 50 Best’), da revista inglesa Restaurant, traz na terceira posição o paulistano D.O.M., do chef Alex Atala..
Além do D.O.M. e do Maní (7º), estão entre os primeiros 50 colocados da lista os brasileiros Casa do Porco ( 12º) Oteque (12º), Lasai (21º), Evvai (26º), Mocotó (33º), Manu (44º) e Corrutela, que carimbou sua estreia na lista na 50ª colocação.
O Central, dos chefs peruanos Virgilio Martinez e Pía León, retornou ao topo do ranking. Em segundo lugar, o também peruano Maido ganha reconhecimento por sua leitura da comida japonesa no país do ceviche.
O D.O.M, o mais alto na lista entre os brasileiros, é uma das 14 casas do País com estrelas no Guia Michelin, o mais importante crivo gastronômico do mundo.
A casa nos jardins fechou as portas durante as restrições da pandemia, mas manteve a equipe e já retornou com o mesmo padrão de qualidade. Dificilmente se consegue reserva para jantar com menos de uma semana de antecedência.
O carioca Oteque e o paulistano Evvai subiram, respectivamente, 11 e 14 posições em relação ao ano passado. O Olympe, que ainda não reabriu as portas depois do fechamento pelas restrições no combate ao novo coronavírus, deixou o ranking.
Outros restaurantes brasileiros no ranking
- Mocotó, de São Paulo
- Roberta Sudbrack, do Rio de Janeiro
- Olympe, do Rio de Janeiro
- Epice, de São Paulo
- Attimo, São Paulo
- Fasano, de São Paulo
Peruano Central entra no ranking todos os anos
O Central figura entre os primeiros lugares da lista promovida pela revista Restaurant desde que o ranking existe. A inovação e os compromissos com preceitos do ESG e da cultura andina fizeram da casa de Virgilio Martinez, um farol para a gastronomia criativa.
Nascido em 1977, Virgilio Martinez começou sua carreira culinária em 2000, no Ritz, de Londres. Após comandar restaurantes em Nova York, Cingapura, Londres, Madri, Bogotá e Lima, fundou, em 2009, o Central, ao lado da também chef Pía León.
A proposta do casal une sustentabilidade e tratamento exclusivo dos clientes em toda a experência andina a partir do momento que cruzam a porta do restaurante. O menu reúne um garimpo de pesquisa de ingredientes, receitas e utensílios descobertos em expedições por regiões pouco acessíveis do país, onde ainda se preseva a cultura culinária ancestral peruana.
“Nossa equipe colaborativa trabalha muito para gerar conexões e tentar tornar visíveis os elementos que, no dia a dia, não podem ser vistos por todos”, escreve o chef na página do restaurante na internet.
O site não mostra, mas a casa mantém horta própria, purifica e engarrafa a água servida à mesa e armazena chocolate em caixas de madeira construídas para manter as propriedades originais do produto artesanal.