Pandemia dá sinais caminhar para estabilização, diz Opas
Mesmo evoluindo, as mutações do vírus são menos frequentes e as mudanças, menos críticas, segundo a Organização Panamericana de Saúde
24/11/2021De acordo com os padrões de evolução do vírus, é possível que o SARS-CoV-2 esteja alcançando uma estabilização, informou a gerente de incidentes para covid-19 da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Sylvain Aldighieri.
Quando isso ocorre, “o genoma se estabiliza e, mesmo evoluindo, as mutações são menos frequentes e as mudanças, menos críticas para o comportamento epidemiológico”, afirmou há poucoa especialsta.
Aldighieri ressaltou que a cepa delta do coronavírus ainda é predominante e, segundo ele, “praticamente a única em circulação” na europa e no mundo.
Para Opas, mundo ainda está vulnerável ao vírus causador da pandemia
Diretora da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Carissa Etienne disse que a situação da pandemia da covid-19 na Europa deve servir como alerta para as Américas, uma vez que “estamos ainda mais vulneráveis”.
“Ao longo da pandemia, a Europa tem sido janela para o futuro das Américas. Repetidamente, vimos como a dinâmica de infecção na Europa se reflete aqui várias semanas depois”, afirmou.
Etienne pontuou que, nas últimas semanas, diversos países europeus reportaram número recorde de casos de covid-19.
No lado Oriental, a cobertura vacinal é relativamente mais baixa. Enquanto na Ocidental, apesar da cobertura vacinal ser substancial, ainda há um número significativo de pessoas não vacinadas.
“Em muitos casos, as medidas de saúde pública foram relaxadas, criando o ambiente perfeito para a propagação do vírus.”
Na semana passada, as Américas registraram 880 mil casos de covid-19 e mais de 15 mil mortes pela doença, informou a diretora. Na América do Sul, os países viram aumento no número de casos, com exceção do Brasil, Suriname e Venezuela.
A diretora da Opas reforçou a necessidade da vacinação e dos cuidados nas festas e viagens de fim de ano. Ela relembrou que vários países da América lidaram com um pico de casos no verão passado e precisaram de meses para conseguir controlar o vírus. Etienne disse, no entanto, que agora há mais ferramentas disponíveis para proteção da população. (AE)