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Pandemia reforça novas regras de etiqueta social

Saiba como manter e ensinar as boas maneiras que valorizam a saúde, o respeito e o bem-estar em tempos de covid-19

Cuidados na escola

Novas maneiras de se portar na escola devem ser entendidas e respeitadas pelos jovens antes da volta ao ensino presencial | Foto: Getty Images

São Paulo volta para a fase vermelha na segunda-feira, 12. Independentemente do afrouxamento ou restrição determinados pelo poder público, as regras sociais na pandemia nunca foram tão importantes como agora.

A nova etiqueta coloca em primeiro lugar a segurança e quedas de internações e mortes em todo o mundo. Para tanto, as decisões pessoais, fazem diferença.

Usar máscara de proteção, manter a higiene e zelar pelo distanciamento são decisões a favor da saúde e da vida que devem ser respeitadas por todos.

Medo de parecer desagradável, impaciência com medidas simples como a troca de máscara e a desinformação estão em baixa: chique é fazer a coisa certa.

Manual de etiqueta na pandemia

Confira as regras básicas de comportamento social em tempos de crise sanitária:

Etiqueta da pandemia em casa

  • No caso de máscaras não descartáveis, mantenha (sempre lavadas) máscaras diferentes para cada integrante da família. Para casas com crianças, é recomendada a separação por cores.
  • Deixe um frasco de álcool em gel à vista e próximo na porta de entrada. Se  um colaborador, visitante ou outro morador se esquecer da medida de higiene ao chegar em casa, avise. Um simples gesto indicando o frasco de álcool em gel muitas vezes resolve.
  • Mesmo com a chegada do outono, janelas abertas são recomendadas para casas com mais de um morador. O aumento do contágio e as novas variantes possibilitam que qualquer um traga para casa o vírus, mesmo sem apresentar sintomas. O novo coronavírus não permanece muito em locais arejados.
  • A combinação de “home office” e “home school” requer organização, bons fones de ouvido e combinação clara de horários. A presença da família, em horários de trabalho e estudo, não podem ser confundidos com horários de convívio, o que pode prejudicar a produtividade e o aprendizado.
  • O momento de confraternização e convívio precisa ser igualmente respeitado, para que a harmonia familiar e o descanso seja preservado e a sensação de perda diária causada pela pandemia não se agrave.
  • Recusar visitas nunca foi tão permitido e dispensa desculpas. “Estamos tentando preservar o isolamento” não soa grosseiro e reforça para amigos e parentes que a diminuição de encontros é, hoje, sinônimo de saúde.
  • Mantenha a vida social pela internet e ensine seus filhos a fazerem o mesmo. Pode parecer estranho para quem não tinha o hábito antes. Mas é apenas uma questão de hábito mesmo.
  • Trocar experiências com amigos e brindar à distância sem perigo de contágio tem sido um dos escapes mundiais à angústia trazida pela pandemia.   

Etiqueta da pandemia nas compras

  • Leve o próprio álcool em gel, de preferência no bolso. Locais de retirada de comida e entradas de estabelecimentos comerciais normalmente acabam gerando pequenas aglomerações em torno dos totens de higienização das mãos, que é obrigatória.
  • Carregue sempre máscaras de reserva, como as hospitalares descartáveis, que ocupam pouco espaço. Leve-as preferencialmente dentro de saquinhos plásticos ou de papel. É importante fazer a troca caso permaneça mais de duas horas na rua.
  • Farmácias e supermercados costumam estar quase sempre cheios, até porque são alguns dos poucos lugares onde as pessoas podem ir diante das restrições de circulação. Informe-se sobre os horários de maior lotação e evite-os. O Google oferece esse serviço na sua página de busca por endereços comerciais.
  • Ainda é comum encontrar pessoas nesses lugares fechados sem a máscara ou com a proteção abaixada para falar ao celular. Mantenha a distância e avise aos responsáveis pelo local.
  • Discutir com alguém sem máscara dificilmente vai resolver o problema e ainda vai aumentar a o risco de contágio no ambiente. Mantenha distância.
  • Dá para falar ao celular usando máscara. Se possível, deixe para telefonar na volta para casa ou em local isolado. O contato entre carrinho de compras, produtos, mão e rosto deve ser evitado.
  • Nem sempre os estabelecimentos têm marcações de distanciamento em filas. A recomendação é se manter pelo menos a um metro de todos. Um dos truques para se proteger de apressados vindos de trás é manter o carrinho de compras, ou uma mochila de rodinha entre você e o próximo a ser atendido. Se não for possível, é melhor sair da fila.

Etiqueta da pandemia para receber entregas

  • Crie uma rede de locais de confiança, que oriente adequadamente seus entregadores a usar máscara e manter a distância mínima no momento da entrega. Isso vale tanto para o comércio de bairro como para aplicativos. Esteja sempre de máscara nova ou lavada a cada entrega que precisar receber.
  • Avalie positivamente as empresas que tomam esses cuidados nos sites e aplicativos.
  • Compartilhe em grupos on-line de vizinhos os contatos de entregas seguras: é também uma forma de dizer a quem mora a sua volta que você valoriza o respeito às normas de prevenção ao contágio. Mesmo que nem todos concordem, todos saberão que você conhece seu direito de não encontrar nas escadas, elevadores, portarias e outros espaços comuns pessoas sem proteção.
  • Se o volume de entregadores e clientes estiver grande na chegada da entrega, espere até ter certeza que você não vai ficar numa clausura ou entre portas com muitas pessoas ao mesmo tempo. Compense a paciência do entregador com elogio via aplicativo ou gorjeta maior, de preferência on-line.

Etiqueta da pandemia na volta às aulas

  • Treine e acostume as crianças e adolescentes sobre o uso correto de máscaras e higienização das mãos, se possível antes do retorno. Com o hábito assimilado, eles terão muito mais facilidade de se manterem em segurança.
  • Ensine que beijos e abraços neste momento podem e devem ser recusados: enquanto vivemos período de alto contágio, chateações momentâneas são preferíveis a contribuir com o espalhamento do vírus.
  • Se a criança usar transporte coletivo, acompanhe-a até a entrada do veículo já com a máscara e usando a sua própria de maneira correta. O exemplo ainda é a melhor maneira de ensinar os jovens.
  • Para os que são levados de carro, é melhor chegar antes do horário de pico em frente à escola para evitar aglomeração fora do controle da instituição. É importante que todos desçam do carro com as máscaras colocadas.
  • Incentive a preferência por bancos vazios no transporte e no recreio (nas salas de aula, as carteiras são obrigatoriamente distanciadas). Explique que a conversa com os amigos é mais segura via on-line, neste momento.
  • Cuide da estrutura digital de seu filho: quanto melhor for a experiência on-line, menos a interação presencial fará falta.
  • Com o máximo de serenidade e clareza, explique da grande importância do distanciamento na hora do lanche. Diferentemente do que o jovem faz em casa, a alimentação na escola precisa ser uma atividade solitária. É importante que o jovem não se sinta aterrorizado, mas apenas seguindo as novas maneiras de se comportar.
  • É mais seguro mandar o lanche de casa do que pressupor a distância entre crianças na fila ou balcão de uma cantina.
  • Álcool em gel e máscara de reserva (ensacadas) devem sempre ser renovadas na mochila.  Se a opção for pela proteção de tecido ou outro material reutilizável, lave-a diariamente na companhia do jovem usuário: com o tempo, ele poderá assumir o ritual de autocuidado, que não sabemos por quanto tempo teremos de manter no nosso cotidiano.

Fontes: Organização Mundial da Saúde; Unicef; Ministério da Saúde e Procon

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