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Papel e celulose devem apresentar temporada fraca de resultados

Banco Safra aumenta previsões para os resultados da Suzano no primeiro trimestre, mas reduz as expectativas para Klabin e Dexco

papel e celulose

Os resultados da Suzano devem enfraquecer principalmente devido a preços e embarques de celulose mais baixos | Foto: Getty images

O banco Safra projeta uma temporada de resultados fraca para as empresas de papel e celulose em todos os aspectos, com base na evolução dos dados do primeiro trimestre em relação ao quarto trimestre de 2024. O banco aumentou as previsões para os resultados da Suzano (SUZB3) no primeiro trimestre, mas reduziu as expectativas para Klabin (KLBN11) e Dexco (DXCO3), e considera que as estimativas estão abaixo do consenso atual do Visible Alpha (VA) para todas as empresas.

Os resultados da Suzano devem enfraquecer principalmente devido a preços e embarques de celulose mais baixos—impulsionados por um calendário de manutenção pesado e demanda sazonalmente mais fraca—e custos de celulose mais altos.

Saiba mais

Resultados do setor de papel podem cair com embarques mais baixos

Os resultados da Klabin provavelmente cairão devido a embarques mais baixos em todos os aspectos, enquanto o EBITDA/t deve crescer devido à receita estável por tonelada e ao menor custo total de caixa por tonelada, ajudado por menos paradas de manutenção (R$109 milhões no 4T vs. nenhuma no 1T).

Projetamos uma queda nos resultados da Dexco nas divisões de Madeira e Deca, pois os embarques devem diminuir devido à sazonalidade da demanda mais fraca e os custos devem crescer mais do que os preços realizados.

Os resultados da divisão de Revestimentos podem permanecer estáveis t/t, pois embarques mais baixos compensam preços realizados mais altos, enquanto a capacidade ociosa impede uma redução de custos. Suzano.

Suzano

O Banco Safra projeta que a Suzano reportará um EBITDA de ~R$5,5 bilhões no 1T25, uma queda de ~15% t/t e 8% abaixo do consenso VA de ~R$6,0 bilhões. O banco espera um EBITDA de celulose de ~R$5,1 bilhões (queda de 20% t/t), e a queda provavelmente será causada por preços de celulose mais baixos a US$550/t (-6% t/t), uma diminuição nos embarques para 2.900kt (-12% t/t) e um custo de caixa de celulose mais alto para manutenções de R$971/t (de R$880/t no 4T). O calendário de manutenção pesado pesará nos resultados. As despesas de G&A de celulose devem cair ~R$300 milhões t/t. O EBITDA de papel deve diminuir para R$824 milhões (-6% t/t) devido a embarques sazonalmente mais baixos e preços e custos estáveis por tonelada. O Safra acredita que Pine Bluff terá uma contribuição insignificante para o EBITDA neste trimestre.

Klabin

O Safra projeta que a Klabin reportará um EBITDA de ~R$1,75 bilhão no 1T25, uma queda de 3% t/t e 9% abaixo do consenso VA de R$1,936 bilhões. Os resultados devem cair devido a embarques mais baixos ex madeira de 904kt (-11% t/t), embora o EBITDA/t deva aumentar para R$1,945/t (+8% t/t). A pior sazonalidade da demanda e problemas operacionais provavelmente levarão a uma queda nos embarques sequencialmente em todos os segmentos da Klabin. Desmembrando a mudança no EBITDA/t, o Safra espera:

  • (i) receita estável por tonelada em R$5,194/t, pois preços mais altos de embalagens e sua maior participação na mistura de vendas são compensados por preços mais baixos de celulose e papel e
  • (ii) uma queda no custo total de caixa por tonelada, para R$3,249/t (R$-153/t), ajudado por menos paradas de manutenção. A parada de Monte Alegre no 4T custou R$109 milhões, mas não há paradas de manutenção programadas no 1T25.

Dexco

O Safra prevê que a Dexco reportará um EBITDA ajustado de ~R$350 milhões no 1T25, uma queda de 6% t/t e 11% abaixo do consenso VA de R$420 milhões. A pior sazonalidade da demanda provavelmente será o principal fator de queda nos resultados. O banco estima que o EBITDA de Madeira diminua para R$337 milhões (-4% t/t), impulsionando a maior parte da queda do EBITDA da Dexco, pois o COGS de caixa/m³ deve crescer (+2% t/t) e os volumes realizados devem cair (-2% t/t). Para Deca, o Safra estima uma queda no EBITDA para R$20 milhões (-43% t/t) devido a volumes de vendas mais baixos (-7% t/t), COGS de caixa/unidade mais altos (+4% t/t) e preços realizados estáveis. Para Revestimentos, o Safra estima um EBITDA ajustado estável em R$-6 milhões, pois preços realizados mais altos (+4% t/t) são compensados por volumes de vendas mais baixos (-2% t/t). Nos custos, a contribuição de Botucatu deve ajudar, mas o Safra acredita que a capacidade ociosa dentro dela e outras plantas impedirá uma redução de custos. O banco destaca os fortes resultados da LD Celulose, que deve entregar resultados recordes novamente.

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