Paulo Francini, ex-diretor da Fiesp, morre de covid
Interlocutor importante do setor industrial desde os anos 70, fundou o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial
11/02/2021O ex-diretor da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Paulo Francini, morreu nesta quinta-feira, 11, em decorrência de complicações da covid-19.
Aos 79 anos, ele estava internado no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, desde o mês passado. O velório será nesta sexta-feira, 12, às 11 horas, e o sepultamento às 12 horas, no Cemitério de Congonhas, na capital paulista.
Francini foi um dos fundadores do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi). Assim como na Fiesp, esteve à frente de grandes debates e movimentos em benefício da indústria nacional. Com um discurso afiado, tornou-se interlocutor relevante do setor.
Na década de 70, ao lado de grandes empresários nacionais, Francini participou do Manifesto dos Oito, uma das mais importantes críticas empresariais ao regime militar. Nos últimos tempos estava desiludido com o rumo do setor industrial brasileiro.
Na Fiesp, Francini foi diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos até cerca de três anos atrás quando a área foi unificada com a diretoria de competitividade. Ele continuou na entidade como vice-presidente do Conselho Superior de Economia, presidido por Antônio Delfim Neto. No Iedi, era membro colaborador.
Em nota, a Fiesp lamentou a morte do executivo, que durante décadas participou ativamente da história da entidade. “Grande defensor do desenvolvimento industrial, fez importantes contribuições para o debate econômicos do País. Francini era conhecido por sua inteligência, carisma e bom humor. Fará muita falta”, disse Paulo Skaf, presidente da Fiesp e do Ciesp. (AE)