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Petrobras paga R$ 13,6 bilhões em dividendos no trimestre

Apesar de criar algum ruído e levantar preocupações sobre o futuro, pagamentos de dividendos extraordinários não estão em risco, segundo análise do Banco Safra

Petrobras

A perda líquida do trimestre foi causada por eventos únicos que têm um impacto imediato muito menor sobre o caixa do que sobre os números contábeis, segundo o Safra | Foto: Getty images

O principal ponto de discussão sobre os resultados trimestrais da Petrobras deve ser a utilização da reserva de remuneração do capital para dividendos ordinários e o impacto que ela deve ter no pagamento de dividendos extraordinários, segundo análise do Banco Safra.

O Safra analisou a justificativa da gestão para o uso das reservas. O banco destaca que, apesar de criar algum ruído e levantar preocupações sobre futuros pagamentos extraordinários, tende a concordar que eles não estão necessariamente em risco.

No entanto, considerando que essas reservas deveriam ser totalmente direcionadas para o pagamento de dividendos extraordinários, seu uso levantará questões, reduzirá a clareza percebida do próximo pagamento extraordinário e poderá pesar nas ações.

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A perda líquida do trimestre foi causada por eventos únicos que têm um impacto imediato muito menor sobre o caixa do que sobre os números contábeis, segundo o Safra.

Assim, apesar do resultado negativo, o fluxo de caixa livre ainda foi forte no trimestre, com R$ 31,9 bilhões. Como tal, a gerência decidiu seguir a política de dividendos, que é baseada no fluxo de caixa, e declarou dividendos ordinários de R$ 13,6 bilhões para o trimestre, o que está em linha com as expectativas do Safra e as do consenso.

Dividendos extraordinários baseados na posição de caixa em vez de reservas

Com esse pagamento, o total de dividendos para 1H24 se torna maior que o lucro líquido do período e a empresa usou parte da reserva de remuneração em capital (R$ 6,4 bilhões de um total de R$ 21,9 bilhões) para preencher essa lacuna.

A empresa afirmou que esta é apenas uma questão contábil que não diminui a capacidade ou disposição para pagar dividendos extraordinários, pois o seu pagamento é decidido após a análise dos usos e fontes de caixa no âmbito do plano estratégico.

Além disso, se, como de costume quando não há eventos extraordinários significativos, o lucro líquido for maior do que os dividendos ordinários durante 2H24, esses ganhos “excedentes” poderão ser pagos como dividendos, desde que sejam atendidas as necessidades de financiamento para o novo plano estratégico.

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