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Petrobras faz novo reajuste da gasolina e do diesel

Estatal anuncia novo reajuste dos combustíveis nas refinarias, com a justificativa de acompanhar preços internacionais

Plataforma da Petrobras

A Petrobrás informou que litro da gasolina nas refinarias passa a R$ 2,48 e o do diesel, R$ 2,58 | Foto: Agência Brasil

A Petrobras confirmou nesta quinta-feira, 18, o reajuste dos preços da gasolina e do óleo diesel em suas refinarias, que ficarão R$ 0,23 e R$ 0,34 mais caros a partir da sexta-feira, 19.

A partir de amanhã (19), será aplicado um reajuste de R$ 0,23 para o litro da gasolina e de R$ 0,34 para o do diesel. Com mais esse reajuste, o litro da

gasolina para as distribuidoras passará a custar R$ 2,48 e o do diesel, R$ 2,58. O preço cobrado nas refinarias da Petrobras corresponde a cerca de 33% do preço pago pelos consumidores finais da gasolina e a 51% do preço final do diesel, segundo a estatal.

O reajuste é o segundo no mês de fevereiro (o anterior foi há dez dias). A alta foi de 10% para a gasolina e de 15% para o diesel, nas refinarias.

Desde janeiro, a Petrobras já reajustou três vezes o preço do diesel e quatro vezes o da gasolina, que tinha o valor médio de R$ 1,84 em 29 de dezembro e chegará a R$ 2,48 com o reajuste que vigora a partir de amanhã.

Em 18 de janeiro, a estatal anunciou um aumento médio de R$ 0,15 para a gasolina e manteve o preço do diesel. No dia 26 do mesmo mês, um novo reajuste elevou o preço nas refinarias em R$ 0,10 para a gasolina e em R$ 0,09 para o diesel. Já em 8 de fevereiro, foi anunciado um aumento de R$ 0,17 para a gasolina e de R$ e de 0,13 para o diesel.

Em comunicado, a Petrobras enfatizou que mantém os seus preços alinhados aos do mercado internacional, o que, segundo a estatal, “é fundamental para garantir que o mercado brasileiro siga sendo suprido sem riscos de desabastecimento pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras”.

A companhia diz que, em 2020, reduziu os preços em suas refinarias ao acompanhar as oscilações externas.

Reação dos caminhoneiros

No último mês, a Petrobras foi criticada pelos caminhoneiros pelos reajustes do preço do diesel.

Ao mesmo tempo, um grupo de importadores reclama que a empresa está vendendo gasolina e diesel a preços muito baixos se comparado aos do mercado internacional, o que estaria comprometendo a concorrência.

A estatal, no comunicado desta quinta, enfatiza o argumento de que mantém a política de paridade internacional, o que permitiria a competição no comércio interno.

A empresa reafirma que o preço nas suas refinarias não é o único componente na formação do valor pago pelos consumidores na bomba.

“Até chegar ao consumidor são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de biocombustíveis, além das margens brutas das companhias distribuidoras e dos postos revendedores de combustíveis”, afirma.

Produção de petróleo

A produção brasileira de petróleo aumentou 5,26% em janeiro deste ano em relação à de dezembro de 2020, alcançando média em torno de 2,870 milhões de barris por dia.

Já a produção de gás natural evoluiu 7,36%, com média de cerca de 136,327 milhões de metros cúbicos diários. De acordo com a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o aumento de 30% na produção do campo de Búzios, que atingiu em janeiro a marca 643,5 mil barris de óleo equivalente por dia, contribuiu para o resultado.

Somando a produção dos campos de Tupi e Búzios, o resultado ultrapassou 50% da produção nacional. Com isso, a produção do pré-sal voltou a superar 70% do total nacional em óleo equivalente, salientou a ANP. O Rio de Janeiro respondeu por 79,86% da produção brasileira de petróleo e por 61,30% da produção de gás natural, em janeiro. (AE)

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