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Petroleiras escapam de correções e lideram ganhos em 2022

Com o avanço das commodities, empresas do setor de óleo e gás estão driblando o cenário desafiador de aumentos de juros

Petroleira

O movimento de valorização das petroleiras é explicado pela alta do preço do barril de petróleo no cenário internacional | Foto: Getty Images

As empresas do setor petroleiro têm liderado os ganhos em 2022, mesmo diante do cenário sensível para os mercados, com aumentos de juros ao redor do mundo.

Entre as principais valorizações do setor estão nomes nem tão conhecidos da maior parte dos investidores, como Occidental, Valero, Suncor e Marathon, cujas ações, listadas na bolsa de Nova York, acumulam ganhos de pelo menos 40% no ano.

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O movimento de valorização é explicado pela alta do preço do barril de petróleo no cenário internacional.

Aqui no Brasil, Petrobras, PetroRio e 3R, que fazem parte do Ibovespa, também têm se mantido no campo positivo, embora com menor intensidade.

Perfil das empresas

  •  Valero: A Valero foi fundada em 1980, nos EUA, e hoje é uma das maiores refinarias de petróleo independentes do mundo e líder na produção de combustíveis renováveis na América do Norte. A empresa fabrica, distribui e comercializa oleodutos para transporte e produtos petroquímicos, atuando nos segmentos de refino e etanol.

     
  • Occidental: A Occidental Petroleum Corp está sediada nos EUA, atua no mercado há mais de 100 anos e tem foco na exploração e produção de petróleo e gás, além de possuir uma infraestrutura de operações integradas nos Estados Unidos, na América Latina, no Oriente Médio e na África.

  • Suncor: A Suncor é a principal empresa de energia integrada do Canadá. Atuante desde 1967, a Suncor é pioneira na exploração de areias betuminosas e atualmente possui metas ousadas para o crescimento da empresa.

     
  • Marathon: A Marathon Pretroleum tem foco nos setores de refino, marketing, varejo e transportes nos EUA. A companhia atua em diversos segmentos, que colocam em prática as etapas de refino do petróleo bruto e venda dos combustíveis.

Entenda a valorização do petróleo

Durante a pandemia, a adoção de medidas de isolamento social em diversos países gerou queda na demanda global por petróleo, fazendo com que a cotação do barril de Brent ficasse abaixo de US$ 30.

Com o avanço da vacinação, flexibilização do isolamento social e reabertura econômica, em 2022 a demanda retornou ao patamar pré-pandemia, levando a cotação a superar a marca de US$ 100.

Outro fator importante para a alta foi a Guerra da Ucrânia iniciada em fevereiro desse ano. O receio do mercado de futuras aplicações de sanções contra a Rússia por parte dos EUA e da União Europeia fez a cotação do Brent a atingir mais de US$130.

O preço do petróleo está diretamente ligado aos ganhos obtidos pelas petroleiras, por isso o mercado está sempre atento aos fatores que podem impactar na relação de oferta e demanda dessa commodity.

Acidentes naturais, aumento da demanda, eventos climáticos são fatores que atingem a relação de oferta e procura puxando o preço para cima.

Já momentos de recessão econômica, descoberta de novas reservas de petróleo e tensões geopolíticas tendem a causar queda no preço final do petróleo.

Outra frente importante que os investidores monitoram é a Opep, que coordena a produção de petróleo em alguns dos maiores produtores do mundo.

As duas principais nomenclaturas comerciais do petróleo são o Brent e o WTI, sendo o primeiro a referência global, e o segundo a referência americana.

Choques do petróleo

Não é a primeira vez que um forte aumento nos preços do petróleo afeta as economias. O primeiro choque ocorreu em 1973, quando países da Opep embargaram a exportação de petróleo para os EUA e para a Europa.

Essa alta causou uma crise generalizada devido à enorme dependência do petróleo para o funcionamento da economia global.

No Brasil, o choque atingiu fortemente a balança comercial, já que o país importava cerca de 70% de todo o petróleo consumido. O desbalanço foi enfrentado pelo projeto do Projeto Nacional do Álcool (Próalcool), uma iniciativa do governo de aumentar a produção de etanol para reduzir a dependência nacional da gasolina.

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