PIB da China cresce 2,3% em 2020, com pandemia
No quarto trimestre do ano, o crescimento foi de 6,5% sobre o mesmo período do ano passado, acima das expectativas
18/01/2021Em meio à pandemia do novo coronavírus, a economia chinesa cresceu 2,3% em 2020 sobre o ano anterior, anunciou o Escritório Nacional de Estatísticas do país nesta segunda-feira, 18.
No quarto trimestre do ano, o crescimento foi de 6,5% sobre o mesmo período do ano passado. O resultado veio acima da mediana das projeções coletadas pelo jornal The Wall Street Journal junto a economistas, de alta de 6,0%.
O indicador também aponta para uma aceleração da atividade econômica no país, já que, no trimestre anterior, o crescimento do PIB foi de 4,9% na comparação anual. O crescimento em relação ao trimestre anterior foi de 2,6%.
Produção industrial avança
A produção industrial da China avançou 2,8% em 2020. Em dezembro, a expansão foi de 7,3% na comparação anual, também acima da expectativa de analistas consultados pelo jornal The Wall Street Journal, de 6,8%.
As vendas no varejo da China tiveram crescimento de 4,6% em dezembro de 2020, na comparação com igual mês de 2019. O avanço foi menor do que o de 5,0% registrado em novembro e também do que a alta de 5,5% prevista pelos analistas consultados pelo The Wall Street Journal.
Em todo o ano passado, as vendas no varejo do país tiveram queda de 3,9%, após um crescimento de 8,0% em 2019.
Nova onda de covid-19
Há uma nova onda de casos da covid-19 no norte da China, centrado na província de Hebei, que circunda Pequim, com centenas de casos suspeitos nos últimos dias.
O surto da doença ameaça os gastos do consumidor durante o feriado do Ano Novo Lunar local, que ocorre no próximo mês. Ainda assim, muitos projetam que a economia chinesa possa crescer 8% ou mais em 2021, com outros segmentos da economia compensando as perdas de 2020.
O principal número da taxa de desemprego no país, a taxa de desemprego oficial urbana, seguiu em 5,2% em dezembro.
Já os investimentos em ativos fixos cresceram 2,9% em 2020 ante o ano anterior. O resultado foi mais forte do que o avanço de 2,6% nos 11 primeiros meses de 2020 na comparação com igual intervalo de 2019, mas representa uma desaceleração após a alta de 5,4% em todo o ano de 2019.
As bolsas asiáticas não tiveram sinal único nesta segunda-feira, 18. A Bolsa de Tóquio caiu, em meio a temores sobre os riscos da covid-19, enquanto Xangai subiu após a China publicar importantes indicadores mais cedo. (AE)