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Pilotos e comissários cancelam greve e aceitam acordo com aéreas

Pilotos e comissários de bordo ameaçavam entrar em greve a partir de segunda-feira, dia 29, por 15% de aumento nos salários

greve pilotos

A categoria pede um aumento de 15% nos salários, que não foram reajustados no ano passado devido à crise da covid | Foto: Getty Images

Os pilotos e comissários de bordo das companhias aéreas dediciram cancelar a greve marcada para começar na próxima segunda-feira, 29, após chegarem a um acordo com as empresas do setor neste sábado, 27.

O impasse foi resolvido no Tribunal Superior do Trabalho (TST), onde foi apresentada ontem a proposta de renovação da Convenção Coletiva do Trabalho (CCT) da aviação com o referendo do subprocurador-geral do Ministério Público do Trabalho (MPT), Gerson Marques, e da União, representada pelo Advogado-Geral da União (AGU), Bruno Bianco, e do secretário executivo do Ministério do Trabalho e Previdência. O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA), que representa Gol, Latam, Azul, ITA, Voepass e Latam Cargo, aceitou a proposta.

Os tripulantes concordaram neste sábado, em votação online, com a proposta de reajuste imediato equivalente a 75% do INPC dos últimos 12 meses nas partes fixa e variável do salário, além de um reajuste 100% do INPC dos últimos 12 meses nas diárias de alimentação nacionais e no vale-alimentação. Também está prevista a renovação na íntegra das demais cláusulas sociais.

Mais da metade dos pilotos e comissários  aprovaram a proposta das aéreas e cancelaram a greve

Segundo o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), a votação teve 54% dos votos favoráveis à proposta, 45% contra e 0,76% de abstenções. No total, 6,9 mil tripulantes participaram da decisão.

A assembleia em que os trabalhadores decidiram deflagrar a greve havia ocorrido na última quarta-feira. Segundo o presidente do SNA, o comandante Ondino Dutra, houve participação de cerca de 700 funcionários das companhias aéreas.

O setor da aviação foi um dos mais atingidos pela crise no ano passado e ainda não se recuperou completamente. Para sobreviver ao impacto causado pela pandemia, as empresas criaram programas de licença não remunerada – que foram sendo reduzidos aos poucos. A Latam demitiu 2.700 tripulantes, mas voltou a contratar em julho.

Segundo o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) – que representa funcionários de Gol, Latam, Azul, ITA, Voepass e Latam Cargo -, 50% dos trabalhadores estavam decididos a parar, mantendo metade da frota operando.

Para sobreviver ao impacto causado pela pandemia, as empresas criaram programas de licença não remunerada – que foram sendo reduzidos aos poucos. A Latam demitiu 2.700 tripulantes, mas voltou a contratar em julho. (AE)

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