Pix movimenta R$ 83 bi nos primeiros 30 dias
Brasileiros já registraram mais de 116 milhões de chaves para usar o novo sistema de pagamentos criado pelo Banco Central
16/12/2020Em 30 dias de funcionamento do Pix, Banco Central já registrou 92,5 milhões de operações, totalizando R$ 83,4 bilhões.
Os dados foram informados nesta quarta-feira, 16, pelo chefe do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do Banco Central, Ângelo Duarte.
Os brasileiros já registraram mais de 116 milhões de chaves para usar o novo sistema de pagamento. Deste total, 111 milhões estão ligados a pessoas físicas e 5 milhões a empresas.
“Esperamos que a adesão de empresas ao Pix seja mais lenta que a de pessoas físicas”, afirmou.
Segundo Duarte, à medida que as instituições financeiras lancem funcionalidades para empresas no Pix, a adesão de pessoas jurídicas tende a aumentar.
A chave de usuário é um identificador de contas: o cliente pode cadastrar um número de celular, e-mail, CPF, CNPJ ou uma sequência aleatória gerada pelo sistema.
Com a chave, é possível receber pagamentos e transferências. A chave é um “facilitador” para identificar o recebedor, mas não é indispensável para receber um Pix.
Lançado em 16 de novembro, o Pix permite pagamentos e transferências a qualquer hora do dia ou da noite, sete dias por semana, todos os dias do ano. As operações ocorrem em menos de dez segundos.
Competição beneficia correntistas
O diretor de Organização do Sistema Financeiro do Banco Central, João Manoel Pinho de Mello, afirmou que a cobrança de tarifas das empresas no Pix é determinada pelo mercado financeiro.
Segundo ele, é a competição entre as instituições financeiras e de pagamentos pelo cliente que permitirá, no futuro, que as tarifas sejam mais baixas.
Estabelecimentos comerciais que recebem pelo Pix estão sujeitos ao pagamento de tarifas aos bancos ou fintechs que ofertam o serviço.
Segundo o Banco Central, as tarifas cobradas muitas vezes estão dentro de um pacote de serviços. Como o sistema é novo, também é normal que as primeiras instituições a lançarem produtos cobrem tarifas um pouco maiores, porque há poucos concorrentes.
“O mercado vai encontrar preço certo no Pix e ele será barato para o usuário final”, reforçou Pinho de Mello.
(Agência Estado)