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Plano de recuperação da Samarco é rejeitado por credores

Mineradora tem R$ 50,5 bilhões em dívidas financeiras no processo de recuperação que vem sendo negociado há um ano

Samarco

A companhia teve sua atividade suspensa em decorrência da tragédia em Mariana, em novembro de 2015 | Foto: Divulgação

O plano de recuperação da mineradora Samarco foi rejeitado na assembleia desta segunda-feira, após um ano de discussão. Segundo a companhia, somente os credores da “classe III”, os financeiros, não aprovaram as condições da recuperação judicial.

Com isso, uma nova assembleia deverá ser marcada para apresentação de um plano alternativo que deve ser concluído até o dia 18 de maio.

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“A empresa ressalta que está preparada para tomar as medidas judiciais cabíveis para proteger suas operações”, informou a Samarco. “E a companhia reitera que sempre pautou sua condução de forma transparente e diligente ao longo do processo, considerando a sua sustentabilidade financeira e compromissos com a sua função social e ações de reparação.” 

Atualmente, a Samarco possui aproximadamente R$ 50,5 bilhões de dívidas financeiras que estão no âmbito da recuperação judicial.

A Samarco, que tem como sócias a Vale e a BHP, estima que sua produção, que alcançou em 2021 cerca de 7 milhões de toneladas de minério de ferro, chegará ao volume pré-tragédia apenas em 2030, quando atingiria 28 milhões de toneladas.

A companhia teve sua atividade suspensa em decorrência da tragédia em Mariana (MG) em 2015, após o rompimento da barragem de Fundão que destruiu o vilarejo, Bento Rodrigues e foi responsável pelo maior desastre ambiental do país.

Segundo a mineradora, o plano reprovado hoje havia melhorias em relação às propostas anteriores. A empresa informou que apresentou aos fundos internacionais uma oferta de substituição da proposta de equity (participação societária) pela emissão de novos títulos de dívida e de a criação de um mecanismo que limita os aportes à Fundação Renova realizados pela companhia, gerando maior previsibilidade com relação à sua situação financeira.

“Bem como com o comprometimento dos acionistas (Vale e BHP) em realizar os aportes em caso de ausência de disponibilidade de caixa ou alcance do limite acordado”, informou a companhia.

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