Por que vale a pena ter um oxímetro em casa
O aparelho fornece dados que ajudam no acompanhamento de um dos sintomas mais importantes de covid-19. Entenda.
22/03/2021Aparelho antes só visto em hospitais, o oxímetro passou a fazer parte da farmacinha doméstica em muitas casas durante a pandemia.
Medidor da saturação de oxigênio do sangue, ele tem sido ferramenta importante no acompanhamento de casos de covid-19.
Mas é importante saber como usar e como escolher o oxímetro, que já pode ser comprado em farmácias e em sites de e-commerce. E sempre tirar dúvidas com seu médico, ainda que em teleconsulta.
O equipamento é usado na ponta dos dedos para a medição. Um feixe de luz escaneia a quantidade de saturação de oxigênio em segundos. Os oxímetros de aplicativos de celular não têm a eficácia comprovada.
Como interpretar os números do oxímetro
A saturação de oxigênio no sangue medido em casa com o oxímetro precisa estar acima de 95%. Abaixo disso, recomenda-se a procura por atendimento médico imediato.
Acima de 95%, a saturação de oxigênio é considerada normal e, na ausência de outro sintoma, não requer atendimento hospitalar.
Por que ter um oxímetro durante a pandemia
A procura por oxímetros no mundo todo aumentou quando a hipóxia silenciosa passou a ser divulgada como sintoma não raro da covid-19. A hipóxia silenciosa é a queda importante da saturação de oxigênio, sem que o paciente perceba, como acontece em outras síndromes respiratórias
Em artigo no New York Times, o médico de emergência americano Richard Levitan chamou a atenção para a utilidade do oxímetro a partir da experiência intensiva de pacientes com covid-19 em um hospital de Nova York.
No texto, publicado no início na pandemia, ele escreve: “Existe uma maneira de identificarmos mais pacientes que têm pneumonia decorrente do coronavírus sem esperar um teste de covid-19. E detectar precocemente a hipóxia silenciosa, por meio de um equipamento médico comum que pode ser comprado sem prescrição em farmácias: um oxímetro de pulso”.
De lá pra cá, a alta ocupação nos hospitais e consultórios, além do aumento da notificação de grande número de infectados com sintomas “leves”, sem necessidade de internação, a recomendação de uso doméstico do oxímetro pelos pneumologistas cresceu, embora não seja um consenso absoluto.
De toda forma, a margem de erro da medição em comparação com a análise do sangue por meio de amostras é um número exato: de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. Um oxímetro de marca tradicional pode custar de R$ 70 a R$ 250.
Como usar o oxímetro em casa
- Escolha o equipamento de preferência com a recomendação de seu médico.
- Leia as instruções com cuidado: um simples erro de posicionamento pode alterar o resultado de forma importante.
- A medição não deve ser feita com as mãos frias, pois as baixas temperaturas diminuem a circulação sanguínea, o que pode adulterar resultados.
- Antes de utilizar o aparelho, é recomendado secar e aquecer (naturalmente) as mãos.
- É preciso remover esmaltes ou outro pigmento que possa escurecer os dedos. A coloração impede que o feixe de luz cumpra seu papel de atravessar os tecidos até medir a saturação de oxigênio.