Em 2021, a poupança dos brasileiros encolheu R$ 35,4 bilhões
Saldo negativo foi fruto de depósitos de R$ 3,410 trilhões e saques de R$ 3,445 trilhões. Em 2020, caderneta bateu recorde de captação
06/01/2022Após bater recorde de captação em 2020 (R$ 166,3 bilhões), a caderneta de poupança voltou a registrar mais saques do que depósitos em 2021.
Segundo o Banco Central, o saldo na caderneta ficou negativo em R$ 35,497 bilhões no ano passado. O balanço foi divulgado nesta quinta-feira, 6.
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O resultado foi fruto de aportes de R$ 3,410 trilhões e saques de R$ 3,445 trilhões.
Como a rentabilidade somou R$ 30,472 bilhões no período, os brasileiros encerraram 2021 com um volume de R$ 1,031 trilhão na aplicação.
Em dezembro, o saldo foi positivo (R$ 7,660 bilhões), interrompendo uma sequência de quatro meses de saída.
Os depósitos somaram R$ 325,840 bilhões e as retiradas, R$ 318,180 bilhões. O rendimento do mês foi de R$ 4,341 bilhões.
Mudança na relação dos cidadãos com a poupança em 2021
Enquanto, em 2020, a aplicação na caderneta de poupança foi favorecida pelos auxílios pagos à população e pela mudança de hábitos em meio à pandemia de covid-19, em 2021, com a redução dos benefícios, a reabertura econômica e a inflação nas alturas, os saques voltaram a ser preponderantes.
Atualmente, com o aumento da taxa Selic a 9,25% ao ano, a poupança é remunerada pela taxa referencial (TR), que está em 0,1140% ao mês (1,38% ao ano), mais uma taxa fixa de 0,5% ao mês (6,17%).
Quando a Selic está abaixo de 8,5%, a atualização é feita com TR mais 70% da taxa básica de juros.
O Banco Central estuda mudar a regra de correção da caderneta de poupança, que é a principal fonte para os financiamentos à casa própria e ainda hoje o investimento mais popular dos brasileiros.
Sendo assim, a autoridade monetária quer que a poupança tenha uma correção mais próxima daquela que é usada para fazer o financiamento de projetos imobiliários. (AE)