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Prévia do PIB tem sétimo mês seguido de alta

Índice IBC-Br, do Banco Central, apresenta crescimento de 0,59% em novembro, e alta acumulada de 4,36% de setembro a novembro

Comércio popular na rua 25 de março em São Paulo

Comércio popular na rua 25 de Março, em São Paulo, sofreu efeitos da covid-19, mas já apresenta recuperação / Foto / AE

Após a forte retração nos meses de março e abril de 2020, em meio à pandemia do novo coronavírus, a atividade econômica brasileira apresentou o sétimo mês consecutivo de alta em novembro.

O Banco Central informou nesta segunda-feira, 18, que o Índice de Atividade (IBC-Br) subiu 0,59% em novembro em relação a outubro, na série já livre de influências sazonais. Em outubro, o avanço havia sido de 0,75% (dado revisado).

Os efeitos da pandemia do novo coronavírus sobre a economia, apesar de percebidos em fevereiro do ano passado, se intensificaram em todo o mundo a partir de março.

Para conter o número de mortos, o Brasil adotou o isolamento social em boa parte do território, o que provocou impacto negativo na atividade econômica. Os efeitos foram percebidos principalmente em março e abril. Nos últimos meses, porém, o IBC-Br demonstrou reação.

De outubro para novembro, o índice de atividade calculado pelo Banco Central passou de 136,61 pontos para 137,41 pontos na série dessazonalizada. Este é o maior patamar desde fevereiro do ano passado (140,02 pontos).

Na comparação entre os meses de novembro de 2020 e novembro de 2019, houve baixa de 0,83% na série sem ajustes sazonais. Esta série encerrou com o IBC-Br em 139,98 pontos em novembro, ante 139,14 pontos no mesmo mês de 2019.

O IBC-Br acumulou baixa de 4,63% no ano até novembro, informou o Banco Central. O porcentual diz respeito à série sem ajustes sazonais. Pela mesma série, o IBC-Br apresenta baixa de 4,15% nos 12 meses encerrados em novembro.

O Banco Central também informou que o IBC-Br registrou alta de 4,36% no acumulado do trimestre de setembro a novembro de 2020, na comparação com os três meses anteriores (junho a agosto), pela série ajustada sazonalmente.

Por outro lado, o Banco Central informou que o IBC-Br acumulou baixa de 1,61% no trimestre até novembro de 2020 ante o mesmo período de 2019, pela série sem ajustes sazonais.

Revisões dos resultados

O Banco Central revisou hoje dados do IBC-Br na margem, na série com ajuste. O IBC-Br de outubro foi de +0,86% para +0,75%, enquanto o índice de setembro foi de +1,68% para +1,76%.

O indicador de agosto passou de +1,63% para +1,58%. No caso de julho, o índice foi de +2,42% para +2,44%. O dado de junho passou de +5,23% para +5,32% e o de maio foi de +2,15% para +2,06%. Em relação a abril, o BC alterou o indicador de -9,46% para -9,49%. No caso de março, de -6,01% para -6,00%.

Conhecido como uma espécie de “prévia do BC para o PIB”, o IBC-Br serve mais precisamente como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses.

A projeção atual do BC para a atividade doméstica em 2020 é de retração de 4,4%. Este cálculo foi atualizado no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de dezembro.

Projeção do Safra

A projeção preliminar do Banco Safra para o IBC-Br de dezembro está em +0,8% na variação mensal e +0,3% na variação interanual. Já a projeção para o PIB está em -4,1% ao final de 2020 e +4,2% ao final de 2021. (Com AE)

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