PRIO tem recomendação de compra e potencial de alta de 38%
O Banco Safra informou que retomou a cobertura da ação da PRIO e mantém a empresa como nome preferido no setor de petróleo e gás
26/08/2024O Banco Safra retomou a cobertura da PRIO (antiga PetroRio) com uma Recomendação de Compra e um preço-alvo de 12 meses de R$ 65 por ação, o que implica um potencial de alta de 38%.
O Safra informou que mantém a PRIO como nome preferido no setor de petróleo e gás. Segundo os analistas do banco, a
PRIO oferece uma boa combinação de perspectivas de crescimento de produção aliadas a um sólido histórico de alocação de capital.
A posição positiva do Safra sobre a PRIO também é sustentada pelos seguintes fatores:
- (i) um histórico comprovado na obtenção de custos de extração competitivos, o que traz resiliência em um ambiente de baixo preço do petróleo;
- (ii) caminhos claros para expandir a produção organicamente; e
- (iii) forte geração de fluxo de caixa, que, na ausência de oportunidades atraentes de F&A, poderia ser devolvida aos acionistas.
O Safra espera que a PRIO registre um forte fluxo de caixa livre nos próximos anos, com base na produção de 86 mil bpd e 128 mil bpd para 2024 e 2025, respectivamente, continuidade dos custos de elevação em torno dos níveis atuais e preços do
petróleo em US$ 82/bbl em 2024 e US$ 78/bbl em 2025.
Além disso, espera-se que os pagamentos pendentes de aquisições anteriores cessem após o pagamento de earn-out de Albacora Leste, devido em 2024.
O Safra prevê rendimentos de fluxo de caixa livre de 15% em 2024 e 19% em 2025. Um declínio marginal da produção em 2024, mas 2025 parece promissor, segundo o banco. A estimativa de produção para 2024 de 86 mil bpd indica uma contração a/a de 2%.
Esta projeção considera o adiamento do primeiro óleo de Wahoo, paradas de produção em Frade e TBMT devido a atrasos no licenciamento para atividades de workover e um declínio de produção mais rápido do que o previsto nos poços perfurados durante a campanha de revitalização de Frade.
Para 2025, o Safra prevê uma produção de 128 mil bpd, refletindo um aumento anual de 49%, impulsionado principalmente pelo fato de que Wahoo deve começar a produzir e ter uma média de 20 mil bpd no ano.
Atrasos no licenciamento ambiental devem ser apenas temporários, segundo o Safra. Atrasos no licenciamento do projeto Wahoo fizeram com que o mercado revisasse para baixo a expectativa de produção da PRIO para este ano. Isso, juntamente com atrasos recentes nas aprovações ambientais para revisões que estão mantendo os poços fechados por mais tempo enquanto aguardam a manutenção, trouxeram alguma volatilidade aos preços das ações.
O Safra entende, no entanto, que as boas perspectivas da empresa — como potencial de crescimento da produção, custos de extração competitivos, balanço sólido e forte geração de fluxo de caixa — devem dar suporte à materialização do potencial de alta.
Além disso, o recente fim da greve na Agência Brasileira de Proteção Ambiental e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) deve levar a uma eliminação gradual do backlog de licenciamento.
Perspectiva de curto prazo para os preços do petróleo
Preocupações com o crescimento econômico na China e a resiliência da demanda dos EUA pesaram sobre os preços do petróleo recentemente, e a decisão da OPEP+ sobre prosseguir ou não com os aumentos planejados de oferta a partir de outubro pode impactar as expectativas.
Além disso, tensões geopolíticas no Oriente Médio podem trazer volatilidade aos preços. A EIA revisou recentemente para baixo sua previsão de preço para 2024 e 2025 para US$ 84/bbl e US$ 86/bbl, respectivamente, ambos US$ 2/bbl abaixo de sua estimativa anterior e que se comparam às suposições do Safra de US$ 82/bbl para 2024 e US$ 78/bbl para 2025.
Riscos: Os principais riscos para a tese incluem:
- (i) preços do petróleo;
- (ii) riscos de execução e geológicos;
- (iii) disponibilidade de plataformas e equipamentos;
- (iv) mudanças nas estruturas regulatórias e/ou tributárias; e
- (v) atrasos na obtenção de licenças ambientais.