Produção de minério deve ser ligeiramente maior que em 2021, aponta Ibram

A restrição à produção siderúrgica na China no primeiro trimestre para diminuir as emissões levou à desaceleração do faturamento e da produção do setor mineral no Brasil.

No período, as mineradoras brasileiras faturaram R$ 56 bilhões, uma queda de 20% em relação a janeiro a março de 2021. Já a produção caiu 13% no período, chegando a 200 milhões de toneladas. Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 26, pelo Instituto Brasileiro da Mineração (Ibram).

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Para o ano, no entanto, o diretor de sustentabilidade e assuntos regulatórios, Júlio Nery, diz que a expectativa é que o segundo semestre seja de recuperação, pois a China deve manter o crescimento econômico e com isso puxar o consumo de minério, principalmente o de ferro.

“Em função da demanda por aço na China, estimamos uma ligeira recuperação na produção este ano em relação a estes dois últimos trimestres”, disse Nery. “Haverá uma ligeira alta em relação ao ano passado, tanto em produção mineral quanto ao faturamento.”

No ano passado, a produção mineral chegou a 200 milhões de toneladas.

As exportações de minério de ferro, o carro-chefe do setor no País, caíram 12% no volume embarcado no primeiro trimestre no comparativo com o mesmo período do ano passado. Foram exportadas 72,3 milhões de toneladas.

Já em valores, segundo o Ibram, a queda foi de 35%, chegando a US$ 6,4 bilhões. “Os preços médios do minério de ferro devem ficar em torno de US$ 120 a tonelada, essa é a nossa expectativa e está em linha com o mercado.”

Nesta terça-feira, a tonelada do minério de ferro foi negociada no porto de Qingdao, na China, a US$ 123,11, uma queda de 2,95%.