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Produção industrial patina e continua 2,6% abaixo do pré-pandemia

Em fevereiro, os níveis mais elevados de produção industrial foram os registrados pelas atividades de produtos de máquinas e equipamentos

IBGE

A indústria brasileira chegou a fevereiro operando 2,6% abaixo do patamar de fevereiro de 2020 | Foto: Getty Images

A produção industrial no Brasil subiu 0,7% em fevereiro em comparação com janeiro, na série com ajuste sazonal, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação a fevereiro de 2021, a produção caiu 4,3%. Em 12 meses, a produção acumula alta de 2,8%.

A indústria brasileira chegou a fevereiro operando 2,6% abaixo do patamar de fevereiro de 2020, antes da pandemia: apenas sete das 26 atividades investigadas se mantêm operando em um nível superior ao pré-crise sanitária.

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Em fevereiro de 2022, os níveis mais elevados em relação aos de fevereiro de 2020 foram os registrados pelas atividades de produtos de máquinas e equipamentos (12,0%), produtos de madeira (5,7%), minerais não metálicos (5,5%) e outros equipamentos de transportes (5,1%).

No extremo oposto, os segmentos mais distantes do patamar de pré-pandemia são móveis (-23,0%), couro, artigos de viagem e calçados (-21,1%), veículos automotores (-19,6%) e vestuário (-18,0%).

Entre as categorias de uso, a produção de bens de capital está 6,9% acima do nível de fevereiro de 2020, e a fabricação de bens intermediários está 1,3% acima do pré-covid.

Setor industrial de bens duráveis está 26,2% abaixo do pré-pandemia

Os bens duráveis estão 26,2% abaixo do pré-pandemia, e os bens semiduráveis e não duráveis estão 5,7% aquém do patamar de fevereiro de 2020.

O avanço de 0,7% na produção industrial em fevereiro ante janeiro foi resultado de uma expansão em 16 dos 26 ramos pesquisados, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

As principais influências positivas partiram das indústrias extrativas (5,3%, após recuo de 5,1% em janeiro, decorrente dos temporais que atingiram Minas Gerais) e dos produtos alimentícios (2,4%).

Outras contribuições positivas relevantes foram as de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (12,7%), veículos automotores, reboques e carrocerias (3,2%), metalurgia (3,3%), bebidas (4,1%), outros equipamentos de transporte (15,1%) e produtos de borracha e de material plástico (2,9%).

Na direção oposta, entre as dez atividades com redução na produção, os destaques foram as perdas de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,8%) e celulose, papel e produtos de papel (-3,4%).

Comparação interanual

Ainda de acordo com o IBGE, a redução de 4,3% na produção industrial em fevereiro de 2022 ante fevereiro de 2021 foi decorrente de perdas em 18 dos 26 ramos industriais investigados na Pesquisa Industrial Mensal. “Foi o sétimo mês seguido de quedas na produção”, observou André Macedo, gerente da pesquisa do instituto. “Lembrando que este mês de fevereiro teve um dia útil a mais que fevereiro do ano passado”, completou.

Entre as atividades, as principais influências negativas foram de veículos automotores, reboques e carrocerias (-10,7%), produtos de metal (-16,1%), produtos de borracha e de material plástico (-14,1%) e outros produtos químicos (-7,7%).

Outras perdas relevantes ocorreram em máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-15,8%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-19,7%), produtos têxteis (-19,7%), de móveis (-28,3%), couro, artigos para viagem e calçados (-19,2%), metalurgia (-4,2%), máquinas e equipamentos (-4,3%), celulose, papel e produtos de papel (-5,8%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-9,8%).

Na direção oposta, entre as oito atividades com crescimento, os destaques foram coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (6,9%), produtos alimentícios (3,4%) e outros equipamentos de transporte (41,7%).

O índice de difusão, que mostra a proporção de produtos com avanço na produção em relação ao mesmo mês do ano anterior, passou de 31,6% em janeiro para 35,4% em fevereiro. “É o sexto mês seguido com um número maior de produtos com queda na produção”, apontou André Macedo. (AE)

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