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Programa de emprego para jovens terá R$ 3 bilhões de crédito extraordinário

Ministro da Economia, Paulo Guedes, confirma que Benefício de Inclusão Produtiva será bancado com recursos extra-teto de gastos

Trabalho

Equipe econômica espera criar mais de 2 milhões de empregos com a iniciativa | Foto: Getty Images

O ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmou que o programa para impulsionar a geração de empregos ente jovens será bancado por meio de crédito extraordinário, que fica fora do teto de gastos, a regra que limita o avanço das despesas à inflação. Segundo ele, será um crédito de baixo valor, entre R$ 2 bilhões e R$ 3 bilhões.

O uso de crédito extraordinário para bancar os custos do programa denominado Benefício de Inclusão produtiva (BIP) é justificado como medida para enfrentamento da crise decorrente da covid-19.

“É o caso ainda de enfrentamento da pandemia, porque a incidência de desemprego foi muito forte sobre esses jovens. Mas é um crédito extraordinário relativamente baixo”, disse Guedes.

Segundo o ministro, o serviço social voluntário – iniciativa a ser lançada pelo recém-criado Ministério do Trabalho e Previdência para permitir o emprego dessa mão de obra no setor público – também viria no mesmo regime.

Programa de emprego terá benefício de R$ 275 mensais

O BIP seria um bônus de R$ 275 mensais pago ao jovem de 18 a 29 anos que ingresse em uma das vagas específicas do programa. Outros R$ 275 seriam pagos pela empresa que admite o jovem trabalhador.

A partir de 2022, o BIP seria bancado com recursos do Sistema S, mas essa proposta enfrenta resistência das entidades. O texto ainda não foi votado pelo Congresso Nacional.

A equipe econômica espera criar “mais de 2 milhões de empregos” com a iniciativa. O ministro Paulo Guedes destacou que o objetivo do governo na reforma do Imposto de Renda é reduzir a carga sobre as empresas. No texto, o governo propôs reduzir o IRPJ e retomar a cobrança de imposto sobre lucros e dividendos distribuídos à pessoa física, com uma taxa de 20%.

A taxação de lucros e dividendos enfrenta resistências, e a equipe econômica já concordou em manter isentos os valores repartidos por micro e pequenas empresas do Simples Nacional.

“Os super-ricos pagam zero no IR alegando que já pagaram na empresa. Estamos dizendo que se (o lucro) ficar na empresa, vai pagar menos. Se for para o sócio, vai pagar (tributo sobre lucros e dividendos)”, disse Guedes.

“Enquanto o dinheiro estiver na empresa, criando emprego, renda, inovações, investimentos, o imposto é de 20%. É dos mais baixos do mundo. Vamos tentar levar para 20%. Vai levar para 21,5% nos primeiros dois anos, mas a ideia é levar para 20%”, disse. (AE)

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