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CDB: qual a melhor opção com com alta dos juros e inflação?

Confira as diferenças e as vantagens de cada uma das opções para investir em Certificados de Depósitos Bancários, os CDBs

Mãos de pessoa empilhando moedas, alusivo ao investimento em CDB

Persistente alta da inflação acaba por colocar dúvidas na cabeça de quem busca rentabilidade acima do IPCA com mais segurança do que a renda variável | Foto: Getty Images

O cenário econômico desafiador tem levado muitos investidores a buscar produtos na renda fixa, como o CDB (Certificado de Depósito Bancário), produto financeiro que rende mais que a poupança e tem a opção de garantir ganho acima da inflação

Com a perspectiva de aumento da taxa básica de juros, a Selic, por parte do Banco Central, o CDB indexado ao IPCA (inflação oficial) garante correção monetária e um ganho adicional. Atualmente, a taxa Selic está em 5,25%, mas o Banco Central já confirmou novas altas nos próximos meses.

Saiba mais

A persistente alta da inflação torna os títulos pré-fixados uma boa opção quando o assunto é CDB, por garantir mais segurança em relação à renda variável (ações, por exemplo).

O CDB pré-fixado tem a taxa de remuneração para o investidor previamente definida. Isso permite que se tenha previsibilidade quanto aos seus ganhos. 

No entanto, assim como outros produtos financeiros, a escolha por essa opção depende do objetivo e do tempo que o investidor está disposto a esperar.

O investidor que tem prazo mais longo para investir e quer encontrar mais rentabilidade na renda fixa tem à disposição CDBs pré-fixados que oferecem taxas atrativas a prazos mais longos.

Um exemplo hipotético é um CDB com prazo de vencimento de um ano com taxa fixada em 8,34%.

Caso aguarde até o fim do período do título, o investidor pode vir a ter um ganho acima da inflação e proteger seu patrimônio.

O Safra, por exemplo, prevê atualmente que a inflação de 2021 feche em 8%, percentual que também é consenso de mercado no momento.

Pós-fixado

Por outro lado, em momentos de alta de juros os títulos pós-fixados, como os atrelados ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário), se apresentam como boas opções que unem rentabilidade e baixo risco.

Tomando como exemplo um CDB que remunera a uma taxa 100% do CDI, o investidor pode esperar retornos muito próximos à Selic, uma vez que o índice acompanha de perto a taxa básica de juros da economia brasileira.

Entretanto, o momento atual acaba por trazer a variável da imprevisibilidade à tona, uma vez que, embora a taxa Selic esteja em um ciclo de alta, cresce também a inflação.

Sendo assim, o retorno conseguido com o investimento acaba sendo corroído pelo aumento dos preços, que diminui o poder de compra.

Nesse caso é preciso considerar o retorno real, descontada a inflação. Se a taxa Selic fica mais alta, o CDB que paga 100% do CDI garante remuneração maior. Porém, descontando a alta inflação observada desse valor, o retorno pode ser negativo.

Mesmo não sendo a opção mais rentável no mundo dos CDBs no momento, os pós-fixados continuam nas recomendações dos especialistas para a reserva de emergência.

Além da segurança, são produtos de resgate rápido que podem servir até mesmo a uma nova aplicação financeira mais rentável.

O aconselhável é que o investidor tenha sempre uma parcela líquida de recursos num produto que tenha pouquíssima oscilação, como é o caso dos pós-fixados, como reserva de emergência ou para estar disponível para uma oportunidade de alocação pontual que possa surgir.

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Opções na renda fixa além do CDB

Quem pensa em CDBs também deve estar atento a outras oportunidades menos populares na renda fixa.

É o caso das Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA), assim como os Certificados de Recebíveis (CRI e CRA) de ambos os setores.

Sendo assim, as LCIs, LCAs, CRIs e CRAs são títulos emitidos para incentivar os segmentos. A diferença é que as duas primeiras são emitidas por instituições financeiras e, as segundas, por companhias securitizadoras.

Ou seja: as CRIs e CRAs são títulos com lastro em créditos concedidos aos setores imobiliário e agro e, dessa forma, também são fomentados.

Exemplo disso é uma construtora que ergue um prédio residencial e vende os apartamentos a parcelas que serão quitadas em até 30 anos.

Com os CRIs ela pode ‘empacotar’ pagamentos futuros dos compradores e transformá-los em papéis para negociação no mercado. Assim, ela antecipa recursos que só estariam ao seu alcance em décadas.

Adicionalmente, entram como opção de diversificação na renda fixa as debêntures (saiba tudo aqui).

O investidor deve empregar algum tempo na análise do produto em que deseja investir e buscar por uma instituição financeira confiável e sólida para realizar as operações.

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