Covid e impasse nos EUA afetam bolsas na Ásia
Dificuldade na aprovação de estímulo fiscal nos Estados Unidos afeta a expectativa global de retomada
10/12/2020O temor dos efeitos da segunda onda de covid-19 mais uma vez derrubou as bolsas na Ásia. Apesar do avanço das vacinas, os investidores ainda temem os efeitos da doença na economia.
Também pesou nos resultados a dificuldade de os Estados Unidos aprovarem mais estímulo fiscal, impasse que também afeta a expectativa global em relação à retomada da economia.
Na Bolsa de Tóquio, o índice Nikkei terminou em baixa de 0,23%, em 26,7 mil pontos, puxado pelos recuos nas ações de eletrônicos, um dia após o Nikkei atingir nova máxima em 29 anos.
Há foco no Japão sobre as políticas do país para se tornar neutro em suas emissões de carbono no futuro, bem como para o aumento da digitalização.
Na China, a Bolsa de Xangai registrou alta de 0,04%, para 3,3 mil pontos, passando ao território positivo nos ajustes finais, em pregão no qual oscilou entre ganhos e perdas.
A Bolsa de Shenzhen, de menor abrangência, registrou alta de 0,12%, para 2,3 mil pontos.
Em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou com queda de 0,35%, em 26,4 mil pontos.
Analistas locais citaram a falta de avanço nas conversas por mais estímulos fiscais nos Estados Unidos e a queda nas bolsas de Nova York no pregão anterior como causas. Sunny Optical recuou 3,4% e Bank of Communications caiu 2,8%, entre algumas ações em foco.
Na Coreia do Sul, o índice Kospi recuou 0,33% em Seul, para 2,7 mil pontos, com uma realização de lucros após ter atingido recorde de fechamento no pregão anterior.
Ações importantes de empresas de eletrônicos e automotivas recuaram e novo avanço da covid-19 na Coreia também esteve no radar. Em Taiwan, o índice Taiex registrou baixa de 0,98%, caindo a 14,2 mil pontos.
Na Bolsa de Sydney o índice S&P/ASX 00 teve queda de 0,67%, para 6,6 mil pontos, com ações de tecnologia sob pressão na Austrália. A empresa de machine learning Appen caiu 12%, após revisar para baixo projeções de resultados no ano fiscal.
( Agência Estado)