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Países vetam entrada de brasileiros por causa da variante ômicron

Confira as restrições impostas em diversos países a viajantes procedentes do Brasil, por causa do avanço da variante ômicron da covid-19

avião decolando em aeroporto, alusivo a viagens ao exterior

O seguro-viagem é obrigatório para a entrada em alguns países e recomendado para qualquer viagem ao exterior | Foto: Getty Images

A descoberta da variante ômicron tem feito países adotarem novas ações na tentativa de controlar a pandemia. As restrições vão desde o fechamento de fronteiras para turistas vindos da região sul da África, onde a cepa foi inicialmente identificada, até o impedimento total da entrada de estrangeiros, decisão tomada por Israel, Japão e Marrocos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que o risco global da variante ômicron é “muito alto”. Segundo a entidade, as principais preocupações são a transmissibilidade, a capacidade de escape das vacinas existentes e o perfil de gravidade da nova cepa. Essas hipóteses, porém, ainda precisam ser testadas cientificamente.

A nova variante já foi detectada no Brasil (dois casos confirmados em São Paulo) e em todos os outros continentes. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) fechou as fronteiras aéreas para passageiros vindos de seis países: África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue.

A Anvisa publicou nota técnica complementar indicando a inclusão de quatro países na lista de restrição: Angola, Malaui, Moçambique e Zâmbia.

Restrições para viajantes brasileiros no exterior por causa da variante ômicron da covid:

Israel

Com um caso da ômicron confirmado, Israel tornou-se no sábado, 27, o primeiro país a fechar completamente suas fronteiras, e disse que usaria tecnologia de rastreamento por telefone para conter a propagação da variante. O primeiro-ministro Naftali Bennett disse que a proibição tem duração prevista de 14 dias, afetando brasileiros e pessoas de outras nacionalidades.

Japão

O Japão anunciou o fechamento de suas fronteiras para estrangeiros para evitar a propagação da variante ômicron. Os japoneses e residentes permanentes que retornarem de países cuja Ômicron já foi detectada terão de ficar de quarentena em instalações designadas pelo governo, disse o primeiro-ministro do país, Fumio Kishida.

Não foi informado um prazo para encerramento das restrições, que também valem para brasileiros. O Japão confirmou o primeiro caso da variante ômicron no país na terça, 30 de novembro.

Austrália

A Austrália anunciou que atrasaria a reabertura de sua fronteira internacional, antes prevista para 1º de dezembro, em mais duas semanas. Com isso, os brasileiros também terão de esperar pelo período definido ou até por novas definições, caso a situação piore até lá. A alteração ocorre após o país relatar seus primeiros casos da variante ômicron. Ao menos duas pessoas já testaram positivo para a cepa no país.

Reino Unido

O Reino Unido proibiu a entrada de não residentes britânicos de dez países do sul da África, e os residentes britânicos e irlandeses que chegarem desses países devem ficar em quarentena em um hotel aprovado pelo governo por dez dias.

Para conter a transmissão, o primeiro-ministro Boris Johnson anunciou ainda o retorno, meses depois de ter sido suspenso, da exigência de máscara em ambientes públicos, como no transporte público e em lojas. Os brasileiros que estiverem no Reino Unido, portanto, deverão seguir as novas determinações.

Os viajantes que desejarem ir ao país serão obrigados a fazer um teste de PCR no segundo dia após a chegada e se isolar até obter um resultado negativo, disse Johnson em entrevista coletiva no sábado. “As medidas que estamos tomando hoje, incluindo em nossas fronteiras e máscaras faciais, são temporárias e preventivas e as revisaremos em três semanas”, disse o primeiro-ministro.

Canadá

Para tentar impedir a disseminação do ômicron, o Canadá anunciou o fechamento de suas fronteiras para viajantes estrangeiros que estiveram recentemente em sete países do sul da África: África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Moçambique, Namíbia e Zimbábue.

Estados Unidos

Nos Estados Unidos, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC, na sigla em inglês) e o Departamento de Estado desaconselharam viagens para oito países da África Austral. A lista é a mesma do Canadá, com acréscimo de Malaui. As restrições não incluem residentes e cidadãos americanos.

No final de outubro, o governo dos Estados Unidos estabeleceu que viajantes que não sejam cidadãos ou imigrantes devem estar completamente imunizados contra covid-19 e apresentar o comprovante de vacinação antes de embarcar para o país.

União Europeia

A União Europeia anunciou restrições a viagens vindas de sete países da África Austral: Botsuana, Eswatini, Lesoto, Moçambique, Namíbia, África do Sul e Zimbábue.

Segundo o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, países como a África do Sul e a Botsuana deveriam ser agradecidas por terem detectado e relatado a nova cepa, não penalizadas. “A Ômicron demonstra exatamente por que o mundo precisa de um novo acordo sobre pandemias: nosso sistema atual desincentiva os países de alertar outros sobre ameaças que inevitavelmente pousarão em suas costas”, explicou.

Holanda

A Holanda endureceu as restrições para conter o coronavírus em resposta ao aumento no número de casos. Locais recreativos, como bares, museus, cinemas e cafés, devem fechar até as 17h pelas próximas três semanas.

As autoridades de saúde holandesas notificaram 61 casos de covid-19 entre um grupo de 600 passageiros vindos da África do Sul. Do total, 13 testes deram positivo para a variante ômicron. A Holanda proibiu todas as viagens aéreas do sul da África, mas os dois voos da KLM já haviam decolado.

O governo da Holanda afirmou nesta terça que a variante ômicron do coronavírus já estava presente no país em 19 de novembro — uma semana antes do que se acreditava até agora. Novos testes estão sendo realizados para descobrir o quão rapidamente a variante se propagou pelo país.

Suíça

A Suíça disse que qualquer pessoa, vacinada ou não, que chegar de qualquer um dos países da lista crescente de nações onde a variante foi detectada deve ficar em quarentena por dez dias. A medida ainda não afeta o Brasil, mas a situação poderá mudar caso os casos investigados sejam confirmados no País.

Índia

A Índia tornará o teste covid-19 obrigatório para viajantes de mais de uma dúzia de países, incluindo África do Sul e Reino Unido, onde a variante ômicron foi detectada. A decisão, implementada a partir desta quarta-feira, 1º, foi tomada após um homem que voltou da África do Sul teve um teste positivo para covid-19, embora ainda não esteja claro qual variante do vírus ele contraiu.

Polônia

A Polônia anunciou a proibição de voos para sete países africanos. O país estenderá o período de quarentena para alguns viajantes e reduzirá o número permitido de pessoas em lugares como restaurantes, em meio a preocupações com a nova variante ômicron do coronavírus.

Marrocos

O Marrocos informou a proibição da entrada a todos os viajantes, até mesmo a cidadãos marroquinos, por um período de duas semanas. A restrição, que também abarca países que ainda não confirmaram casos da ômicron, foi implementada a partir de segunda-feira, dia 29 de novembro. (AE)

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