5 razões para assistir The One, nova série da Netflix
História mostra como (e a que preço) uma geneticista cria um império a partir de um programa de relacionamento
19/03/2021
Cartaz da série britânica baseada no livro de John Marrs: comparada a Black Mirror, está entre os lançamentos de março da Netflix | Foto: Divulgação
Há quem esteja chamando “The One”, da Netflix, de um “novo Black Mirror”. Difícil imaginar que a nova série, uma das estreias de março da plataforma de streaming, vá tão longe quanto a distopia de Charlie Brooker, que está na quinta temporada.
Mas existem boas razões para não deixar passar e assistir “The One”, da Netflix.
Baseado no (excelente) livro homônimo de John Marrs, a série provoca a mesma sensação de “Black Mirror”, de que o futuro terrível chegou e só você não percebeu. E toda tecnologia se voltará contra o seu criador, pressuposto tão caro à ficção científica desde sempre.
A tecnologia, no caso, é um aplicativo de relacionamento baseado em cruzamento genético aparentemente infalível em seus “matches”.
A história de “The One”, da Netflix, conta como a geneticista Rebecca Webb constrói um império mundial em cima da ideia, que atropela os costumes, a cultura e a éticas de uma época que não se pode identificar.
5 razões para assistir “The One”, da Netflix
- A história é ótima. O livro de John Marrs foi considerado o melhor do gênero pelo Wall Street Journal em 2018, ano de seu lançamento.
- O cenário principal é Londres e sua arquitetura à prova de afetações futurísticas torna tudo estranhamente realista.
- A pesquisa de objetos levou em consideração o design e a arquitetura consideradas tendências do futuro na década de 1990, como cadeiras de Philip Starck e capas de Kenzo Takada.
- A ironia de Marrs é preservada nos diálogos em que a moral social é posta à prova pela tecnologia: o governo passa a atrapalhar o negócio de Webb pela quantidade de divórcios entre pessoas que descobriram seus pares ideais via teste genético fora do casamento.
- Faz uma crítica divertida aos sites de relacionamento reais e seus algoritmos: os casais formados por fios de cabelos compatíveis pela empresa The One raramente tem perfis, gostos e afinidades compatíveis.