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Reajuste de planos de saúde é positivo para empresas, mas afeta o crescimento

A Agência Nacional de Saúde anunciou reajuste de 15,5% para os planos de saúde individuais e familiares; confira o impacto nas ações do setor

Planos de saúde

Aumentos de preços muito altos podem pressionar a acessibilidade e desacelerar a taxa de crescimento dos planos de saúde | Foto: Getty Images

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) definiu o reajuste máximo para os planos individuais de 15,5% (válido para o período entre maio de 2022 e abril de 2023).

Apesar de ser um resultado positivo, a magnitude do reajuste já era amplamente esperada pelo mercado. Por este motivo, o Banco Safra não acredita que este seja o principal fator por trás do forte desempenho recente das ações do setor. Empresas importantes do setor tiveram um desempenho bastante forte nos últimos dias.

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O Safra considera que o momento positivo dos preços das ações de saúde deve estar relacionado principalmente a alguma recuperação em nomes de alta qualidade que sofreram nos últimos meses devido ao aumento do custo de capital e às expectativas de crescimento macroeconômico, o que levou as avaliações para níveis muito mais atraentes.

Pelo aspecto do crescimento do setor, o Safra destaca a Rede D’Or e Hapvida. Pelo aspecto de valor, o bando destaca Hermes Pardini e Fleury.

Aumento dos planos de saúde é positivo após redução dos valores no ano passado

Embora amplamente esperado, o aumento de 15,5% nos preços dos planos individuais é positivo para as operadoras de saúde, pois deve contribuir para combater o aumento da MLR (taxa de sinistralidade).

Vale ressaltar que, após o reajuste de preços de -8,19% do ano passado, o aumento anualizado de preços para este biênio foi de apenas 3%.

Além disso, embora apenas os planos individuais (8,9 milhões ou 18% do total de planos no Brasil) tenham teto de reajuste, esse índice acaba influenciando os reajustes de preços também nos planos corporativos e grupos de afinidade.

Por outro lado, aumentos de preços muito altos podem pressionar a acessibilidade e desacelerar a taxa de crescimento de novos clientes de planos de saúde.

O fator responsável por esse aumento foi a alta inflação médica nos últimos doze meses, uma vez que os pacientes retornaram aos procedimentos eletivos.

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