Carteira Renda Fixa Incentivada tem rendimento anual estimado em 116%
Entraram na Carteira Renda Fixa Incentivada do Banco Safra os títulos da Eletrobras (2034), Sabesp (2035), Energisa (2039) e Isa Energia (2039)
07/03/2025
Considerando a isenção de Imposto de Renda, o retorno médio estimado da Carteira Renda Fixa Incentivada é de 116% do CDI | Foto: Getty Images
O Banco Safra anunciou ajustes na carteira de renda fixa incentivada para o mês de março. A carteira reúne cinco empresas listadas como as top picks entre as que fizeram emissões para captar recursos no mercado e oferecem rendimentos isentos de Imposto de Renda para pessoas físicas.
Entraram na carteira de renda fixa incentivada os títulos da Eletrobras (2034), Sabesp (2035), Energisa (2039) e Isa Energia (2039). Foram excluídos os da EDP (2033), PRIO (2034), Ceee-D (2036) e Vale (2036).
Os especialistas do Safra estimam um rendimento anual projetado de 98% do CDI (cotação 06/03/25) e uma duration de 7,6 anos. Considerando a isenção de IR, o retorno médio estimado fica em 116% do CDI. A exposição setorial da carteira está concentrada nos setores de energia, saneamento e transporte ferroviário.
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Composição da Carteira Renda Fixa Incentivada
Confira abaixo a composição da Carteira Renda Fixa Incentivada para março:
Rumo (GASC16)
A Rumo atua no ramo de logística de transporte ferroviário, além de manter operações portuária e de armazenamento. A companhia opera a maior rede de linha férrea do Brasil, presente em 8 estados. Cerca de 26% das exportações de grãos do país é transportada pela RUMO.
As operações se dividem em 4 segmentos:
- (i) Norte, compreendendo as concessões ferroviárias da Malha Norte e Malha Paulista;
- (ii) Sul, que abrange as malhas ferroviárias Oeste e Sul,
- (iii) Contêineres, que são as operações da Brado Logística e
- (iv) operação Central, que compreende a concessão da Rumo Malha Central (Ferrovia Norte – Sul).
Acionistas: a COSAN é o acionista controlador da RUMO com 30,33% das ações ordinárias. Free-float e controladores minoritários totalizam 69,67% das ações ordinárias.
Dentre os principais projetos de expansão atuais, destacam-se:
- (i) Expansão da Malha Norte até Lucas do Rio Verde (MT)
- (ii) melhoria de eficiência na Malha Paulista, visando gerar capacidade adicional de 40 milhões de toneladas.
Eletrobras (ELET16)
A Eletrobras é a maior companhia elétrica da América Latina, atuando nos segmentos de geração e transmissão de energia, tendo também uma operação de comercialização de energia. Suas atividades se dão por subsidiárias como: CGT Eletrosul, Chesf, Eletronorte, Furnas e Eletronuclear, além de SPEs e coligadas nas quais detém participação.
Privatização: Concluída em junnho de 2022, a União deixou de deter o controle acionário da Eletrobras e a companhia tornou-se uma corporation (sem controlador definido).
Plano Estratégico 2020-2035: A companhia definiu em seu novo plano estratégico que terá como prioridade para os próximos anos a expansão de ativos de geração, com foco em energia renovável, e transmissão, podendo realizar desinvestimentos em ativos térmicos.
Além disso, a Eletrobras deve simplificar sua estrutura operacional de SPEs e coligadas, buscando ganhos de margens.
Composição acionária: As participações da União e de fundos ligados a fundações e bancos de fomento regional totalizam 46,1% do controle acionário da Eletrobras; o restante está em free float. Mesmo com a maior a fatia das ações, o poder de voto do Governo é limitado a
10%.
Sabesp (SBSPE3)
A Sabesp atua na operação de serviços de saneamento básico no Estado de SP. A companhia atende a cidade de São Paulo e outros 376 municípios do estado, que totalizam cerca de 70% da população urbana. Seus índices de cobertura atingem 98% no fornecimento de água e 93% na coleta de esgoto.
Quase 71% da receita da Sabesp é gerada pela região metropolitana de São Paulo, cujo abastecimento é feito através de uma infraestrutura hídrica composta por 10 sistemas produtores.
Investimentos: A Sabesp tem um robusto plano de investimento para os próximos 5 anos, totalizando cerca de R$ 45,2 bilhões, dos quais R$ 27,6 bilhões serão destinados para a coleta e tratamento de esgoto. Vale destacar que a companhia possui contratos de serviço que já atendem
às metas do Novo Marco do Saneamento. O abastecimento de água já situa-se próximo à universalização.
Privatização: O processo de privatização foi concluído em 2024, com o Grupo Equatorial passando a deter 15% do capital da companhia. A nova gestão da companhia vem implementado medidas de eficiência operacional, tendo ainda estabelecido para 2029 o novo prazo para universalização da distribuição e tratamento de água e esgoto nos 375 municípios atendidos.
Energisa (ENGIC0)
O Grupo Energisa atua no setor elétrico através de suas 9 distribuidoras e 13 transmissoras com mais de 3 mil km em linhas de extensão. Ao todo, são mais de 20 milhões de pessoas atendidas, posicionando o grupo entre os maiores do Brasil.
Distribuição: O portfólio abrange 9 concessões espalhadas pelo território nacional que representam 84% do EBITDA do grupo. Os contratos do segmento possuem vencimento entre 2027 e 2049, com a companhia tendo a possibilidade de renovar as concessões vencidas entre 2027 e 2028 por mais de 30 anos.
Transmissão: Entre 2017 e 2021, a companhia adquiriu 6 lotes de transmissão em leilões, a um investimento total estimado em R$ 2,7 bilhões. Ao todo, a Receita Anual permitida (RAP) para o ciclo 2023-24 soma R$779 milhões. A companhia também atua em outras atividades do setor elétrico, incluindo comercialização de energia, prestação de serviços no setor elétrico e geração distribuída.
A Energisa planeja investir R$ 6,2 bilhões em 2025, com cerca de 88% desse montante sendo destinado para a operação de distribuição de energia.
Isa Energia (TRPLB7)
A Isa Energia (antiga Isa Cteep) esta entre as principais companhias do segmento de transmissão de energia do Brasil, tendo atualmente 35 concessões, sendo 29 em operação e 6 em implantação, que somam mais de 24 mil km de linhas, 140 subestações e uma receita anual permitida (RAP) de R$6,3 bilhões.
Os contratos são obtidos juntos a Aneel e possuem um prazo médio de 30 anos, com os reajustes indexados ao IPCA.
Expansão: Os investimentos da companhia estão associados a novos projetos arrematados em leilões da Aneel e nos desembolsos relacionados a reforços e melhorias das linhas já implementadas. Atualmente a Isa Cteep possui 6 projetos em execução com um Capex previsto de
R$8,0 bilhões.
Estrutura acionária: ISA Capital do Brasil (35,8%), Eletrobras (15,5%) e free float (48,7%). A ISA Capital, por sua vez, é controlada pela Interconexión Eléctrica, companhia colombiana de capital misto, controlada pelo governo da Colômbia, que detêm ativos de transmissão em países da América do Sul e Central.

