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Ibovespa acompanha alta das bolsas americanas e retoma os 109 mil pontos

Bolsa acelera alta no fim do pregão com impulso do exterior e puxado pela Vale, que subiu 2,59%; o dólar caiu 0,55% e fechou cotado a R$ 4,93

Mercado financeiro

O momento global é de inflação persistente e revisão de crescimento, o que afeta ativos de risco | Foto: Getty Images

Os dados econômicos ruins da economia dos Estados Unidos divulgados hoje e os balanços corporativos movimentam o mercado nesta quinta-feira. A Vale, mesmo com resultado ruim no primeiro trimestre, em que viu o seu lucro cair 24% em relação ao ano passado, totalizando R$ 23 bilhões, começou a sessão em alta tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, puxada pelo programa de recompra de ações que será limitado a 500 milhões de ações (cerca de US$ 8,3 bilhões a preços atuais de mercado) ou cerca de 10% das ações em circulação.

Isso levou o Ibovespa, o principal índice da Bolsa Brasileira, logo no início do pregão a operar em alta acima de 1%. Na metade da manhã, no entanto, o índice arrefeceu parou de subir. O índice acelerou no meio da tarde acompanhando as bolsas norte-americanas e fecou em alta de 0,52% aos 110.918 pontos. A vale fechou em alta de 2,59% sustentando o crescimento do Ibovespa.

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No exterior, o anúncio do PIB americano mostrou hoje que a principal economia do mundo retraiu 1,4% no primeiro trimestre de 2022. É a primeira queda no PIB trimestral dos EUA desde o segundo trimestre de 2020, no início da pandemia, e o resultado veio muito abaixo do consenso Refinitiv, que era de alta de 1,1%. 

As bolsas americanas, no entanto, abriram o pregão em alta muito influenciadas pelos balanços positivos de grandes empresas. Dow Jones subiu 1,85%, Nasdaq outros 3,06% e S&P 500 se valorizou em 2,48%.  

Para Marcelo Oliveira, CFA e fundador da Quantzed, o mercado abriu hoje mais animado. Bolsas europeias e futuros de ações nos EUA estão subindo depois que balanços das empresas reforçaram cenários um pouco mais otimistas para a economia.

“Estamos em momento global em que vemos inflação persistente e revisão de crescimento, o que afeta ativos de risco”, disse Oliveira. “Num curto prazo, vamos ter mercado volátil e bipolar.” 

Para Rafael Foscarini, da Belo Investment Research, além do ambiente nos Estados Unidos, a menor preocupação com covid-19 em Shangai, com o contágio chegando no pico e a estimativa dos estímulos à infraestrutura na China, estão no radar dos investidores nesta quinta-feira e devem mexer com o mercado.

Quanto ao dólar, Oliveira ressaltou que a moeda se mantém em valorização perante outras divisas, incluindo o real. Nesta sessão, a moeda americana sobe 0,26% sendo cotada a R$ 4,97. No início do pregão, no entanto, a divisa chegou a bater os R$ 5.

“O cenário continua desafiador a volatilidade está gigante e volumes estão baixos”, disse Oliveira. “Dólar futuro está extremamente volátil com muitos cancelamentos de lotes.”

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