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Ibovespa segue melhora do exterior e fecha a semana no azul

Índice fecha em alta de 0,42%, aos 98.953 mil pontos; o volume financeiro somou R$ 28,8 bilhões. Na semana, o Ibovespa subiu 0,29%

Mercado financeiro

O aperto monetário pelo mundo, a desaceleração da economia global e o risco fiscal no Brasil limitaram alta do Ibovespa | Foto: Getty Images

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, que iniciou a primeira sessão de julho em queda, mantendo a trajetória do primeiro semestre, inverteu a tendência e fechou no terreno positivo. O aperto monetário pelo mundo, a desaceleração da economia global e o risco fiscal no Brasil continuam no radar dos investidores, mas a melhora da Petrobras e dos índices americanos sustentaram a alta do Ibovespa.

A Bolsa fechou com valorização de 0,42%, aos 98.953 mil pontos, depois de oscilar entre 97.231 e 99.339 pontos. O volume financeiro somou R$ 28,8 bilhões. Na semana, o índice subiu 0,29%. No primeiro semestre o Ibovespa recuou 5,99%.

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Os índices americanos fecharam em alta nesta sexta-feira. Dow Jones avançou 1,05%, S&P 500 ganhou 1,06% e Nasdaq 0,90%.

Os investidores monitoraram os riscos fiscais no Brasil após o Senado Federal ter aprovado a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) dos Combustíveis, que deve ter um impacto de mais de R$ 40 bilhões acima do teto de gastos do governo. Esta medida limitou a evolução do índice.

Com mais um benefício, um auxílio-gasolina para taxistas, o custo do pacote que vai ficar fora do teto de gastos chega a R$ 41,2 bilhões. Segundo o governo, as medidas têm como objetivo reduzir o impacto da disparada dos combustíveis.

O relator da PEC, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), alterou o parecer final e limitou a definição do estado de emergência, previsto no texto, para blindar o presidente Jair Bolsonaro de infringir a lei eleitoral.

O trecho retirado da proposta era visto pela oposição como uma “carta branca” para o governo gastar durante a eleição. Isso porque a legislação impede, em situação normal, a criação de benesses em ano eleitoral, exceto em caso de estado de emergência ou calamidade.

“Essa medida vai aumentar o endividamento e com isso aumenta a desconfiança dos investidores que têm tirado dinheiro do país”, disse Gabriel Meira, especialista da Valor Investimentos.

No exterior, o foco continua nas medidas dos bancos centrais para conter a inflação, principalmente nos Estados Unidos e Europa.

A inflação da zona do euro atingiu mais um recorde em junho, alcançando 8,6% em 12 meses, superando o recorde anterior de 8,1% observado em maio.

As pressões sobre os preços, principalmente os de energia, vêm com os impactos da guerra entre Rússia e Ucrânia.

O resultado da inflação na zona do euro no mês passado ficou acima da expectativa de analistas consultados pelo Wall Street Journal, que previam avanço da taxa a 8,4%.

Apenas os custos de energia deram um salto anual de 41,9% em junho, impulsionados pelo conflito russo-ucraniano, após subirem 39,1% em maio.

Ontem, o núcleo do índice mensal de preços de Despesas de Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês), usado para medir a inflação nos Estados Unidos, desacelerou para 4,7% ao ano em maio. Na comparação mensal, o índice subiu 0,3%.

O indicador é utilizado pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) para definir a política monetária do país, como o aumento dos juros.

O resultado veio em linha com o esperado pelo mercado e representa uma desaceleração em base anual frente ao mês de abril, quando o PCE registrou crescimento de 4,9%.

O núcleo do PCE exclui preços mais voláteis, como os de alimentos e energia. Quando considerados esses preços, a inflação americana foi de 0,6% na base mensal e 6,3% na anual.

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