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Safra analisa resultados do setor financeiro

Relatório do banco projeta expansão de ganhos nos resultados das empresas referentes ao 2º trimestre de 2021. Veja os destaques

Foto de perspectiva de baixa para cima com destaque para a placa da Avenida Faria Lima, em São Paulo, alusivo aos balanços do setor financeiro

De forma geral, o Safra espera uma expansão dos lucros para todos os players do setor bancário de sua cobertura | Foto: Getty Images

Dado o início à temporada de balanços do segundo trimestre (2T21) das grandes companhias, o Banco Safra divulgou nesta terça-feira, 27, suas projeções para as empresas de capital aberto do setor financeiro.

De forma geral, o Safra espera uma expansão dos lucros para todos os players do setor bancário de sua cobertura, impulsionada pela base favorável de comparação com 2020 – em razão de provisões para perdas com empréstimos.

No entanto, deve contribuir para uma onda de resultados positivos também o bom desempenho do volume de crédito e o controle de despesas.

Por outro lado, devem apresentar resultados mais pressionados as companhias do setor financeiro que atuam no ramo de seguros.

Abaixo, os principais pontos do relatório do Safra para os balanços do setor financeiro. A análise na íntegra, em inglês, pode ser lida neste link.

Projeções para o setor financeiro – balanços 2T21

Itaú Unibanco (ITUB4)

O Safra espera bons resultados, principalmente com a baixa provisão para créditos de liquidação duvidosa.

O banco deve seguir em frente para entregar seu guidance (orientação futura) para 2021.

Sendo assim, a projeção para o 2T21 é de lucro líquido de R$ 6,6 bilhões, alta de 3% em relação ao trimestre anterior, representando um ROAE (retorno sobre patrimônio médio) de 18,9%.

Bradesco (BBDC4)

Neste caso, a companhia deve seguir com bons resultados.

De acordo com o Safra, na base comparação com o 1º trimestre de 2021 é possível observar uma boa expansão do lucro (+4,1%, para R$ 6,7 bilhões, resultando em um ROAE de 17,9%), refletindo a combinação de bom crescimento da receita, entre outros fatores.

Santander Brasil (SANB11)

Deve manter um forte desempenho de ROAE, mantendo-se na marca de 20%, o que implica lucro líquido gerencial de R$ 3,9 bilhões, alta anual de 87% e estável contra o 1º trimestre.

Banco do Brasil (BBAS3)

Com relação ao BB, o Safra prevê o reporte de resultados neutros.

Nesse sentido, o balanço da estatal do setor financeiro deve ter bons números, impulsionados por baixíssima provisão para devedores duvidosos, compensada por uma despesa de alto risco legal.

Com isso, o lucro líquido ajustado do BB pode atingir R$ 4,5 bilhões, queda de 6,8% no trimestre e alta anual de 38%, com ROAE de 13,1%.

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Banrisul (BRSR6)

Na outra mão, a instituição que tem como sócio majoritário o governo do Estado do Rio Grande do Sul deve apresentar um resultado fraco no 2T21.

O motivo, prevê o Safra, é um menor crescimento da receita, aliado a maior provisionamento, apesar de já ser esperado pelo mercado.

Dito isso, deve haver queda do lucro líquido do Banrisul em 7% no trimestre, para R$ 260 milhões, ROAE de 12%.

BTG Pactual (BPAC11)

Sem surpresas, o BTG Pactual deve registrar mais um trimestre forte, para a maioria de suas unidades de negócios.

Isso deve refletir uma expansão de lucro de 30% a/a (comparação anual) e 8% t/t (comparação trimestral), indo a R$ 1,3 bilhão e ROAE de 15,7% neste trimestre.

Banco Pan (BPAN4)

Com relação ao Banco Pan, são esperados resultados neutros, mas um forte crescimento da base de clientes, indicando que sua história de banco digital continua ganhando força.

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Porto Seguro (PSSA3)

Fora do setor bancário, o destaque do relatório do Safra vai para a Porto Seguro.

De acordo com o banco, embora o lucro líquido deva cair 32% a/a (para R$ 442 milhões), impactado principalmente pela base mais dura do resultado financeiro, a empresa continua a apresentar um excelente desempenho operacional.

BB Seguridade (BBSE3)

Por outro lado, a BB Seguridade deve apresentar resultados fracos de resultados no 2T21.

Conforme antecipado pelos números da Superintendência de Seguros Privados (Susep), a sinistralidade da Brasilseg e principalmente o resultado financeiro da Brasilprev devem pressionar os resultados financeiros.

Dessa forma, o resultado final esperado é de um recuo no lucro de 12% a/a e 10,5% t/t, para R$ 864 milhões.

IRB (IRBR3)

Uma das maiores histórias do mercado financeiro em 2020, o IRB deve apresentar um resultado de ganhos fraco.

Os números já antecipados pela Susep não mostram uma recuperação nítida.

Sendo assim, o prejuízo líquido de R$ 49 milhões apurado em abril deve pesar no resultado consolidado do 2T21.

Em maio, houve ligeira recuperação do faturamento, mas não o suficiente para reverter a perda apresentada no mês anterior, diz o Safra.

Cielo (CIEL3)

Por fim, embora a empresa deva reportar números ainda fracos, o Safra prevê alguma melhora anual (refletindo a base de compensação mais fácil) e também trimestral (em uma base recorrente).

No entanto, o balanço financeiro da Cielo ainda deve refletir os impactos da segunda onda da pandemia de covid-19 iniciada em março.

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