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Safra Report destaca as melhores opções de investimentos para outubro

Relatório do comitê de alocação do Banco Safra apresenta as melhores alternativas de investimentos para cada perfil de investidor, com destaque para a classe de juros reais

Safra Report

Na Renda Fixa, o comitê de alocação do Safra segue com um viés favorável para a classe de juros reais (IPCA+) | Foto: Getty Images

O Banco Safra divulgou o Safra Report de outubro, com recomendações de investimentos preparadas pelo comitê de alocações. O relatório destaca que o segundo semestre deve ser mais favorável para o noticiário fiscal, visto que muitas despesas já foram antecipadas no primeiro semestre, o que deve criar condições para a queda dos juros reais mais longos no Brasil.

O Safra Report apresenta recomendações para os diferentes perfis de investidores, desde os mais conservadores até os mais dinâmicos. Na Renda Fixa, o Safra segue com um viés favorável para a classe de juros reais (IPCA+) com vencimentos entre 7 e 10 anos, enquanto enxerga oportunidades táticas nas alternativas pós e prefixadas.

Em agosto, apesar dos temores de recessão nos EUA e elevação de juros no Japão, o mercado terminou o mês com um tom um pouco mais otimista. Os grandes destaques de performance acabaram sendo as classes de investimentos com maior risco como a renda variável local, através do Ibovespa (+6,54%) e a classe Internacional com o S&P500 (+2,28%), seguidas pelo
CDI (+0,87%).

Saiba mais

O bom desempenho dos ativos de risco no Brasil e nos Estados Unidos tem como suporte o potencial início do ciclo de corte de juros pelo FED (Banco Central dos EUA) e o cenário de uma provável acomodação da economia americana (soft landing).

Além disso, existe uma acomodação da percepção de risco em relação ao Brasil, principalmente naquilo que tange um
potencial início de um “pequeno” ciclo de aumento na Selic. Este possível aumento trouxe uma leitura de compromisso do Comitê de Política Monetária em relação às metas de inflação, com consequências positivas no câmbio e nas taxas de juros de longo prazo. Desta forma, o Banco Safra revisou a projeção de 2024 da taxa Selic para 11% no fim do ano.

O Safra continua esperando que o segundo semestre seja mais favorável para o noticiário fiscal, visto que muitas despesas já
foram antecipadas no primeiro semestre, o que deve criar condições para a queda dos juros reais mais longos no Brasil.

O banco não identifica gatilhos capazes de motivar a alteração dos portfolios recomendados de agosto para setembro.

Safra Report destaca recomendações de investimentos para outubro

Na Renda Fixa, o comitê de alocação do Safra segue com um viés favorável para a classe de juros reais (IPCA+) com vencimentos entre 7 e 10 anos, enquanto enxerga oportunidades táticas nas alternativas pós e prefixadas.

Nas alternativas pós-fixadas, o Safra vê possibilidade para a captura dos juros ainda elevados, além da potencial migração futura para outras classes de investimento. Nas opções pré-fixadas, diante da curva de juros futuros que precifica taxas mais altas do que as previstas pelo Safra, o banco cita oportunidades em vencimentos mais curtos, de até 2 anos.

Adicionalmente, o Safra aponta opções de investimento internacional como um caminho de oportunidade e diversificação tanto nas ações como na renda fixa. Segundo o relatório, produtos estruturados com capital inicial protegido ou com retorno mínimo garantido são alternativas seguras para o atual momento de mercado, tendo em vista o risco de volatilidade. 

Apesar da redução dos spreads de crédito, o Safra continua vendo alternativas interessantes em dívida privada e isentas de imposto de renda.

Para outubro, o comitê de alocação do Safra promoveu mudanças nas recomendações, especialmente em multimercado e juros reais. O comitê reduziu a exposição aos fundos multimercado e aumentou a exposição a produtos cuja remuneração é composta pela variação do IPCA (índice oficial de inflação no Brasil) acrescida de uma taxa prefixada, conhecidos como IPCA+.

O Safra reforma a preferência pela classe de investimentos em juros reais (IPCA+), considerada ideal para alongar posições, especialmente aquelas com vencimentos entre 7 e 10 anos. A correção pela inflação, somada às taxas de retorno real acima
das médias históricas, fundamenta a preferência do comitê de alocação do banco.

Apesar da redução dos spreads de crédito (diferença entre a remuneração de um título soberano e um título de crédito privado de mesmo vencimento), o Safra continua vendo alternativas interessantes em dívida privada e isentas de imposto de renda para pessoas físicas.

A renda fixa, em todas as suas opções (pós-fixada, prefixada e IPCA+), continua sendo dominante nas recomendações, devido às altas taxas de juros, tanto de curto quanto de longo prazo. Contudo, como nos relatórios anteriores, o Safra recomenda fortemente as opções de renda variável local, internacional e investimentos expostas ao ecossistema de inteligência
artificial para um portfólio diversificado.

O comitê de alocação do Safra prefere investimentos com proteção de capital e/ou estratégia long biased, dada a possibilidade de materialização de riscos locais e internacionais.

Por fim, apesar da redução na exposição aos fundos multimercado, o Safra reconhece a importância dessa classe de investimentos para o portfólio. Fundos com estratégia long and short, combinados com estratégia macro e tributação de renda variável, são alternativas constantes em nossas sugestões.

Alocação por perfil de investidor

A avaliação do perfil de investidor ajuda a entender três aspectos fundamentais:

  • 1) Capacidade para investir, considerando o equilíbrio entre renda, despesa, poupança e reservas atuais,
  • 2) Tolerância às oscilações nos valores dos investimentos e
  • 3) Conhecimento e experiência com investimentos.

A combinação ponderada desses aspectos classifica o investidor em um dos quatro perfis abaixo:

Ultraconservador

Investidores ultraconservadores demonstram baixíssima tolerância às possíveis oscilações nos seus investimentos. Mesmo assim, o Safra entende que existe espaço para diversificação por meio de Renda Fixa e Fundos Multimercado. Além disso, aplicações com prazos mais longos têm potencial de gerar retorno adicional para os investimentos, porém com riscos controlados.

Conservador

Investidores conservadores demonstram baixa aceitação às oscilações nas suas carteiras. No entanto, não quer dizer
que não aceitem oscilações. Neste sentido, entendemos que existe espaço para a diversificação além da Renda Fixa
e Fundos Multimercado, adicionando uma parcela de investimentos em Renda Variável Local e ativos internacionais.

Moderado

Investidores moderados aceitam oscilações em seus portfólios em prol do maior potencial de retorno. Fundos Multimercados podem ser predominantes na alocação para potencializar a expectativa de retorno esperado. Pensamento de longo prazo é
importante para este investidor.

Dinâmico

Investidores dinâmicos aceitam oscilações significativas em seus investimentos em busca de maiores potenciais de retornos. Poderá haver maior exposição à Renda Variável, Fundos Imobiliários e Internacional, com o objetivo de potencializar retornos diferenciados. O foco no longo prazo é muito importante para este investidor.

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