Saúde posterga cronograma diante da falta de vacinas
Fiocruz entrega lote nesta sexta-feira, mas oferta insuficiente leva Ministério a adiar para setembro vacinação de prioritários
22/04/2021A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) anunciou que vai entregar, na sexta-feira, 23, 5 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZeneca contra covid-19.
Enquanto o volume de vacinas disponíveis avança lentamente, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, postergou para setembro a data prevista de vacinação de todos os grupos prioritários.
Anteriormente a data prevista era para maio. Neste grupo estão pessoas acima de 60 anos, com outras doenças – diabetes ou hipertensão, por exemplo – e grupos de trabalhadores essenciais, como professores e forças de segurança.
No Brasil foram vacinados até agora 24,8 milhões de habitantes com pelo menos uma dose. Destes, 9 milhões receberam a segunda dose.
Fiocruz prevê 22 milhões de doses até julho
A Fiocruz informou que passará a liberar os lotes para o Programa Nacional de Imunizações (PNI) sempre às sextas-feiras. Para a semana que vem, o cronograma prevê mais 6,7 milhões de doses.
Com isso, a fundação entregue mais de 18 milhões de doses no mês de abril.
Para os próximos meses, a programação é que as entregas cheguem a 21,5 milhões, em maio, 34,2 milhões, em junho e 22 milhões, em julho.
A meta da Fiocruz é a produção de 100,4 milhões de doses com o ingrediente farmacêutico ativo (IFA) importado da China.
No segundo semestre, a fundação prevê produzir 110 milhões de doses com IFA fabricado no Brasil.
As doses são hoje produzidas pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos).
Segundo a fundação, a decisão foi tomada em conjunto com o Ministério da Saúde, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).
Fundação entregou 14,8 mi de doses
Foram entregues ao Programa Nacional de Imunizações 14,8 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZeneca, sendo 10,8 milhões produzidas por Bio-Manguinhos.
As outras quatro milhões foram importadas prontas da Índia em janeiro e fevereiro. (Com Agência Brasil)