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Serviços sobem 1,7% e voltam a superar o nível pré-pandemia

Impulsionado por serviços às famílias, setor supera pela 3ª vez no ano as perdas com a crise sanitária. Alta no ano chega a 9,5%

Mecânico do setor de serviços, observado pelo IBGE

Além do volume, a a receita nominal dos serviços cresceu 2,5% em junho frente ao mês anterior, aponta o IBGE | Foto: Getty Images

O volume de serviços no Brasil registrou crescimento de 1,7% em junho em relação a maio, na série com ajuste sazonal, divulgou nesta quinta-feira, 12, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o instituto, o setor, que é o que mais emprega no País, ampliou o distanciamento frente ao nível pré-pandemia.

Dessa forma, superou pela terceira vez no ano as perdas com a crise sanitária em 2020. O setor foi o mais afetado pela covid-19.

Nesse sentido, o ganho nos últimos três meses chegou a 4,4%.

Agora, o volume está 2,4% acima do observado em fevereiro de 2020. Assim, alcança o patamar mais elevado desde maio de 2016.

No acumulado de 2021, a alta dos serviços é de 9,5%. Em 12 meses, a evolução é de 0,4%, informa o IBGE.

Além disso, a receita nominal do setor cresceu 2,5% em junho frente ao mês anterior.

Em relação a junho de 2020, o volume de serviços avançou 21,1%, quarta taxa positiva consecutiva.

Serviços observados pelo IBGE

A expansão do setor foi acompanhada por todas as cinco atividades investigadas pelo instituto.

Os destaques são dos serviços prestados às famílias (8,1%). Em seguida, vêm os de informação e comunicação (2,5%), transportes e serviços auxiliares aos transportes e correio (1,7%).

O segmento de informação e comunicação alcançou o ponto mais alto de sua série, iniciada em janeiro de 2011.

Já o de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio registrou o nível mais elevado desde maio de 2015.

Por fim, os serviços prestados às famílias atingiu o maior patamar desde fevereiro de 2020, aponta o IBGE.

Com menores impactos no índice geral, vieram os serviços profissionais, administrativos e complementares (1,4%) e os outros serviços (2,3%), que mostraram crescimento acumulado no período maio-junho de 3,6% e 3,5%, respectivamente.

De acordo com o IBGE, o bom resultado é puxado principalmente por atividades que acabaram se beneficiando com a pandemia.

“São setores mais dinâmicos, mais focados em inovação, em capital do que em mão de obra, que conseguiram se reposicionar aproveitando as oportunidades geradas pela pandemia, dado o efeito que ela teve na atividade econômica”, diz em nota do IBGE Rodrigo Lobo, analista da pesquisa.

Pode-se citar entre os mencionados por Lobo os serviços de tecnologia da informação, consultoria empresarial, transporte de carga e apoio logístico, por exemplo.

Por Estado

Ainda segundo o IBGE, 23 Estados tiveram crescimento no volume de serviços em junho.

Entre os locais com taxas positivas, o impacto mais importante veio de Rio de Janeiro (5,4%), seguido por São Paulo (0,5%), Minas Gerais (2,4%), Rio Grande do Sul (3,4%), Pernambuco (5,4%), Santa Catarina (3,1%) e Distrito Federal (3,3%).

Por outro lado, Mato Grosso (-5%), Bahia (-0,8%) e Tocantins (-1,8%) registraram as únicas retrações no período. Alagoas (0%) ficou estável.

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