Setor sucroalcooleiro teve duas grandes aquisições na semana

Recentemente, duas aquisições foram destaque no setor sucroalcooleiro. Primeiro, a compra da Usina Santa Vitoria pela Jalles Machado e, em seguida, a compra da Usina Vale do Paraná pela CMNP. Através da nova aquisição, a Jalles Machado amplia sua capacidade de moagem de cana-de-açúcar para 8,5 milhões de toneladas, tornando-se um player de porte intermediário no setor.

A CMNP é focada apenas na produção do etanol e geração de energia elétrica. A recente aquisição amplia sua capacidade de moagem para 7 milhões de toneladas de cana.

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A Jalles Machado levantou R$520 milhões através de seu IPO em fev/21 e tinha como promessa aos investidores a compra de uma usina para incrementar seu porte operacional. O valor a ser desembolsado pela Vale do Paraná deverá ficar em torno de R$500 milhões, já descontado as dívidas que assumirá.

Além da aquisição, a companhia já havia investido na ampliação de suas 2 usinas em Goiás e, no início deste ano, o grupo arrecadou R$450 milhões com debêntures verdes e não descarta uma nova emissão de dívida para fazer frente à recente compra.

No caso da CMNP, além da ampliação de sua capacidade operacional, o investimento irá agregar know-how, isso porque a usina comprada tem 85% do seu canavial irrigado, um fator importante para reduzir riscos climáticos. O valor da aquisição está estimado entre R$700 milhões e R$1,0 bilhão e deverá ser financiada majoritariamente pela própria geração de caixa da companhia.

O etanol ganhou competitividade após o aumento da gasolina feito pela Petrobras. Foi registrado também um aumento do volume de vendas em importantes polos consumidores do país.

Outro fator que puxou as vendas é justamente a maior demanda por combustível, possivelmente relacionado com a melhora na mobilidade após os surtos de Covid. Por conta da demanda, é esperado uma safra mais alcooleira do que a safra passada (encerrada em março deste ano).