Siderúrgicas reajustam preços do aço plano no mercado interno

As siderúrgicas brasileiras já preparam nova recomposição de preços para as bobinas a quente. Os reajustes devem variar de 5% a 10% e serão implementados já a partir de fevereiro.

Segundo fontes do mercado, a Usiminas (USIM5) vai atualizar a sua tabela nesta terça-feira,15, e a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) (CSNA3) no dia 22. ArcelorMittal e Gerdau (GGBR4) já aumentaram os preços dos produtos siderúrgicos. “As usinas estão, na verdade, retirando os descontos concedidos em novembro e dezembro do ano passado”, diz uma fonte do mercado.

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Essa recomposição dos preços dos produtos siderúrgicos no mercado brasileiro acontece em função da alta dos valores cobrados na tonelada das bobinas a quente na China e na Rússia neste mês.

No último dia 7, por exemplo, a bobina a quente na China foi negociada a US$ 840 a tonelada, de acordo com os dados da London Metal Exchange (LME). Até o ano passado, o preço girava em torno de US$ 700 a tonelada.

Valor da tonelada de aço na China e na Rússia balizam preços no mercado interno

Diferente do que ocorreu em 2020 e 2021, o que baliza hoje o preço no mercado interno é o valor da tonelada na China e na Rússia. Até o ano passado, como a demanda por aço no país estava alta, as siderúrgicas imprimiam os reajustes para recompor os custos e o mercado comprava.

No ano passado, os aumentos promovidos pelas siderúrgicas na tonelada da bobina a quente no país foram ao redor de 80%.

Segundo dados do Instituto Aço Brasil, o consumo aparente no ano passado cresceu 23,2%, chegando a 26,4 milhões de toneladas. Em planos, a demanda aumentou 24,2%, passando de 12,29 milhões de toneladas para 15,26 milhões de toneladas.