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São Paulo quer ampliar vacinação com uma só dose da Coronavac

Intenção é ampliar o número de profissionais de saúde imunizados até que vacinas sejam produzidas pelo Instituto Butantan

Vacinação

Cerca de 212 mil pessoas foram vacinados no Estado de São Paulo com a Coronavac, a vacina produzida pelo Butantan | Foto: Divulgação

O governo de São Paulo quer autorização do Ministério da Saúde para adiar a aplicação da segunda dose da vacina Coronavac, de forma a aumentar o número de pessoas vacinadas com a primeira dose.

O prazo previsto atualmente é de 28 dias entre a primeira e a segunda dose, mas cientistas do governo dizem que, diante da situação atual, seria melhor ampliar o número de profissionais da saúde vacinados com a primeira dose.

Isso daria tempo até que o Instituto Butantan comece a produzir vacinas para completar o programa de vacinação. O Instituto ainda depende de matérias privas importadas da China, com prazo de entrega para o dia 3 de fevereiro.

O epidemiologista Paulo Menezes, coordenador do Centro de Contigência do Coronavírus, disse em entrevista que discutiu a possibilidade técnica de adiar a segunda dose.

“Hoje, a segunda dose está prevista para até 28 dias após a primeira dose. No entanto, do ponto de vista científico e biológico, é possível pensar que a segunda dose dada em uma data posterior a 28 dias seja até mais eficaz do que aos 28 dias”, complementou. Ele disse que o centro “é favorável à extensão do intervalo de tempo”.

Vacinas insuficientes para pessoal da saúde

“O total de doses recebido pelo governo do Estado de São Paulo ainda é sequer suficiente para esgotar todo o público alvo dos profissionais de saúde. A abrangência da vacinação neste momento depende de ampliação de disponibilidade de doses por parte do Ministério da Saúde”, disse o secretário-executivo da Saúde, Eduardo Ribeiro.

O governo anunciou que mais de 5 mil escolas públicas da rede estadual de São Paulo passarão a abrir a partir de fevereiro diariamente para oferecer merenda para os alunos mais vulneráveis da rede. A medida de beneficiar 770 mil dos 3,5 milhões de estudantes da rede.

O secretário estadual de Educação, Rossieli Soares,informou que a presença dos alunos não será obrigatória durante o isolamento social.
nas escolas não é obrigatória, “mas a escola ficará aberta”. 150 mil profissionais das escolas estão sendo capacitados para o retorno às aulas.

Até agora cerca de 212 mil pessoas foram vacinados com a Coronavac, a vacina produzida pelo Butantan a partir dos insumos da chinesa Sinovac.

São Paulo encontra-se atualmente em uma fase mais restritiva da quarentena, com fechamento do comércio não essencial do Estado após as 20 horas nos dias úteis e em todos os horários nos finais de semana. Esse esquema especial, iniciado dia 22, permanece até dia 8 de fevereiro.

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