Sudeste lidera crescimento por regiões no país
Boletim do Banco Central compara atividade econômica dos últimos três meses de 2020 em relação ao terceiro trimestre do ano passado
05/03/2021O Banco Central divulgou nesta sexta-feira, 5, um boletim com dados sobre o crescimento regional nos últimos três meses de 2020, em comparação ao terceiro trimestre do ano passado.
Os dados mostram que a atividade econômica no Sudeste avançou 2,6% de outubro a dezembro na comparação com o período de junho a setembro.
O desempenho foi seguido pela região Sul, com alta de 2,5%, e pelo Centro-Oeste, com crescimento de 2,1%.
Na sequência, o índice do Nordeste subiu 1,8% no último trimestre do ano, enquanto o Norte recuperou apenas 0,7%.
O BC destacou, entretanto, que os resultados do quarto trimestre de 2020 ainda não contemplam os possíveis impactos negativos do recente aumento no número de contágios e óbitos por covid-19, com a piora da pandemia no começo de 2021.
Crescimento por regiões mais acelerado
De acordo com o BC, o Sudeste mostrou manutenção do processo de recuperação da atividade econômica no último trimestre de 2020, mas com um ritmo mais moderado do que o verificado no trimestre anterior.
A estrutura produtiva diversificada da região permitiu que o desempenho de algumas atividades compensasse as perdas de outros segmentos.
Da mesma forma, a recuperação da atividade na região Sul apresentou maior gradualismo nos últimos meses do ano, após forte expansão no terceiro trimestre.
Já no Centro-Oeste, a dinâmica da recuperação foi diferente, com variações mais suaves ao longo do ano em decorrência da estrutura produtiva na região.
No último trimestre do ano, houve inclusive uma aceleração no ritmo de retomada em função da safra recorde de grãos e pelas cotações das commodities, em especial de soja e carnes, que impulsionaram as vendas externas.
Norte e Nordeste
No Nordeste, o crescimento da economia no quarto trimestre de 2020 foi favorecido pela recuperação da mobilidade e pela reabertura de atividades econômicas, o que permitiu ampliação expressiva nos serviços mercantis.
Ainda assim, a região foi a única a encerrar o ano de 2020 com queda nas vendas do comércio varejista.
Por fim, o Norte teve sua recuperação freada nos últimos meses do ano passado pela queda na renda das famílias causada pela redução dos benefícios emergenciais, além do aumento dos preços acima do esperado na região. (AE)