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Superquarta terá corte de juros nos EUA e alta da Selic no Brasil

Maioria dos bancos e instituições financeiras espera alta de 0,25 ponto porcentual na taxa Selic, e nos Estados Unidos a expectativa é de início do ciclo de corte dos juros

No Brasil, o Safra vê “indicadores favoráveis à inflação, mas a vigilância da autoridade monetária permanece indispensável” | Foto: Getty images

O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) deve votar a elevar a taxa básica de juros (Selic) nesta quarta-feira, depois de interromper o ciclo de flexibilização em junho. Os motivos são a aceleração da já aquecida atividade econômica, a desvalorização do real frente ao dólar e as expectativas de inflação que ameaçam romper o teto da meta. A Selic atualmente está fixada em 10,50% ao ano.

De 126 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo jornal Valor Econômico na semana passada, 108 esperam um aumento de 0,25 ponto na Selic nesta semana, para 10,75%, enquanto outras seis casas veem uma alta mais agressiva, de 0,5 ponto. Apenas 12 instituições conservam a manutenção da taxa básica. Banco Safra projeta a taxa Selic a 11% no fim de 2024.

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Nos Estados Unidos, a expectativa para esta superquarta (com decisão do Federal Reserve no mesmo dia do Copom) é de início do ciclo de corte dos juros. Segundo avaliação do Banco Safra, “a suavidade da acomodação da economia americana, inclusive no que toca a inflação, aponta para a conveniência e probabilidade de um relaxamento monetário gradual e extenso”.

A ausência de risco iminente à atividade e ao mercado de trabalho deve levar o Fed a iniciar a redução da taxa de juros com um cauteloso corte de 0,25% na reunião do dia 18 de setembro, segundo ao Safra, “provavelmente com sinalização de continuidade desses cortes nos meses a seguir, ainda de forma moderada”.

No Brasil, o Safra vê “indicadores favoráveis à inflação, mas a vigilância da autoridade monetária permanece indispensável”. Relatório do Safra aos clientes informa que o mercado de trabalho dá indicações de estar apertado, com risco de alta dos salários, apesar do impulso fiscal negativo e esfriamento da demanda doméstica que se espera ocorram no último trimestre de 2024. “Nesse contexto, o Banco Central do Brasil tende a elevar a taxa Selic na reunião de 18 de setembro”.

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