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As melhores classes de investimentos para o atual cenário de juros

Joaquim Levy analisa a superquarta do dia 31 de julho, com decisões dos BCs do Brasil e dos EUA sobre juros. Flávia Gaspar destaca as melhores opções de investimentos

Joaquim Levy e Flávia Gaspar falam sobre o cenário para os juros e opções de investimentos no programa Safra Insights

Nesta quarta-feira, 31 de julho, haverá decisão sobre os rumos da política monetária tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil. Nos dois casos, a perspectiva é de manutenção das taxas atuais, conforme análise do ex-ministro Joaquim Levy, diretor de Estratégia Econômica e Relações com Mercados no Banco Safra. Ele analisou as perspectivas para esta superquarta no programa Safra Insights, disponível no canal do Banco Safra.

O programa também destaca as melhores oportunidades de investimentos no atual cenário de juros altos por mais tempo no Brasil e nos Estados Unidos. A especialista em investimentos Flávia Gaspar destaca três classes de investimentos com boas perspectivas: aplicações financeiras indexadas à Selic e CDI, com isenção de IR para pessoa física, ativos indexados à inflação, como títulos de bancos e a LFs ou renda variável internacional, com destaque para as ações de empresas de tecnologias.

Depois da reunião do dia 12 de junho, quando manteve os juros entre 5,25% e 5,50% ao ano nos Estados Unidos, O Federal Reserve volta a decidir sobre o rumo da política monetária esta semana. Joaquim Levy destaca que o FED mudou bastante o discurso, após tentar frear o entusiasmo do mercado diante da inflação elevada e mercado de trabalho aquecido.

“Por volta de abril, ficou claro que boa parte da exuberância da economia americana em 2023 até agora pode ser explicada pela imigração muito acima do que se esperava. Para uma economia crescer sem inflação é necessário mais gente querendo trabalhar. Outro fator é a oferta de energia, e nos dois últimos anos os Estados Unidos nunca produziram tanto petróleo e gás. Além disso, há um grande avanço no setor de tecnologia e especialmente na área da inteligência artificial, que motiva um ganho de produtividade”, destaca o ex-ministro.

“Ficou claro que está havendo um choque de oferta muito grande, com oferta de tecnologia, mão de obra e energia. Isso mudou a discussão”. Dados recentes mostraram que o consumo discricionário (de itens não essenciais) está diminuindo, e o mercado de trabalho está mais equilibrado, ou seja, as condições para queda da inflação estão sendo detectadas, mas “sem proeminência”.

Na última ata o Federal Reserve anunciou que a economia norte-americana está esfriando. Agora, a autoridade monetária dos EUA está dando sinais de que ainda não deve cortar os juros. Ou seja, as condições estão postas para começar a cortar os juros em setembro, diante dos sinais de que a economia está desacelerando.

No Brasil, onde o Banco Central manteve a taxa básica de juros (Selic) em 10,5% na última reunião, a perspectiva também é a de que nada deve mudar por enquanto, segundo Joaquim Levy.

Juros devem ser mantidos também no brasil

“No Brasil, o cenário parece ser o de que o Copom deve manter os juros por enquanto, para começar a cortar em setembro ou novembro. Vai depender de outros fatores, como o rumo da eleição presidencial nos Estados Unidos e o câmbio, que pressiona a inflação”, comenta o diretor do Safra. “Se o dólar voltar a R$ 5,20 ou R$ 5,10, o BC pode se sentir confortável em cortar a taxa de juros. Mas, para o dólar voltar a cair, é necessário uma compreensão mais tranquilizadora da situação fiscal do Brasil”.

Opções para investir no atual cenário

Diante deste cenário de juros no Brasil e nos Estados Unidos, a especialista em investimentos Flávia Gaspar, do Banco Safra, destaca três principais classes de ativos que podem ser interessantes para quem tem recursos disponíveis para investir:

Com a taxa de juros ainda em dois dígitos no Brasil (10,5% ao ano), ela explica que muitos investidores ainda preferem aproveitar aplicações financeiras indexadas à Selic e CDI, especialmente as que oferecem isenção de Imposto de Renda para pessoas físicas.

Ela destaca também a classe de ativos financeiros indexados à inflação (IPCA+) ou títulos de bancos, como a LF do Safra indexada à inflação, que paga inflação mais um cupom de juros prefixados com taxas muito atrativas.

“Para quem deseja diversificar os investimentos em renda variável, o Banco Safra tem uma opção com horizonte de prazo mais longo no setor de tecnologia, que vem apresentando valorização consistente, com os novos adventos e novas tecnologias surgindo a cada momento. O investidor que deseja aproveitar essa tendência tem produtos diferenciados, seja com os riscos inerentes do mercado de renda variável ou também com diferentes tipos de cautela e proteção”.

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