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Desemprego continua em nível recorde e atinge 14,8 milhões de pessoas

Dados do IBGE mostram que número de desempregados aumentou em 1,9 milhão de pessoas, entre fevereiro e abril deste ano

Pessoas caminhando em meio à Avenida Paulista, alusivo à taxa de desemprego do Brasil

Taxa de desemprego do Brasil se manteve no nível recorde de 14,7% no trimestre encerrado em abril | Foto: Getty Images

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira, 30, que a taxa de desemprego do Brasil se manteve no nível recorde de 14,7% no trimestre encerrado em abril, atingindo 14,8 milhões de pessoas.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad).

Esta taxa de desemprego é a maior registrada no Brasil desde 2012 e está 2,1 ponto percentual (p.p.) acima do mesmo período de 2020 – quando chegou a 12,6%.

O número de desempregados aumentou em 15,2% sobre o mesmo trimestre do ano passado, em 1,9 milhão de pessoas.

Já em relação ao trimestre encerrado em janeiro, o aumento de pessoas sem trabalho foi de 3,4% (mais 489 mil pessoas).

A força de trabalho – que incluiu pessoas ocupadas e desocupadas – entre fevereiro e abril foi estimada pelo IBGE em 100,7 milhões de pessoas.

Formais e informais

De acordo com o IBGE, a taxa de informalidade de fevereiro a abril deste ano foi de 39,8% da população ocupada – ou 34,2 milhões de trabalhadores informais. No trimestre anterior, a taxa havia sido 39,7% e no mesmo trimestre de 2020, 38,8%.

Já o número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) foi de 29,6 milhões de pessoas, com estabilidade frente ao trimestre encerrado em janeiro e queda de 8,1% (menos 2,6 milhões de pessoas) frente ao mesmo período de 2020.

O número de empregados sem carteira assinada no setor privado (9,8 milhões de pessoas) apresentou estabilidade em relação ao período que compreende novembro, dezembro e janeiro e teve queda de 3,7% (menos 374 mil pessoas) frente a igual trimestre de 2020.

Por fim, o contingente de trabalhadores por conta própria chegou a 24 milhões de pessoas, crescendo 2,3% frente ao trimestre móvel anterior (mais 537 mil pessoas) e 2,8% (mais 661 mil pessoas) na comparação anual.

Desemprego por setores

O número de trabalhadores no comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas apresentou queda de 2,3%, com menos 373 mil pessoas.

Os demais grupamentos de atividades ficaram estáveis frente ao trimestre de novembro de 2020 a janeiro de 2021, informou o IBGE.

Em relação a fevereiro, março e abril de 2020, houve alta apenas na Agricultura, com entrada de 532 mil trabalhadores, aumento de 6,5%.

O grupo dos empregados no setor público (11,8 milhões de pessoas), que inclui servidores estatutários e militares, ficou estável nas duas comparações.

Por outro lado, houve quedas em seis grupos:

  • Indústria Geral (-4,3%, ou menos 497 mil pessoas)
  • Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (-6,7%, ou menos 1,1 milhão de pessoas)
  • Transporte, armazenagem e correio (-8,3%, ou menos 393 mil pessoas)
  • Alojamento e alimentação (-17,7%, ou menos 871 mil pessoas)
  • Outros serviços (-13,9%, ou menos 660 mil pessoas)
  • Serviços domésticos (-10,1%, ou menos 562 mil pessoas). A única alta foi em Agricultura (6,5% ou mais 532 mil pessoas)

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