Taxa Selic volta a subir nesta superquarta e chega a 14,25% ao ano
Superquarta desta semana terá decisão sobre juros no Brasil, Estados Unidos, Japão, China e Reino Unido; Taxa Selic deve subir ao mais alto patamar desde outubro de 2016
17/03/2025A expectativa é de manutenção do juro por todos os Bancos Centrais, exceto o do Brasil, que volta a elevar a Selic nesta superquarta | Foto: Getty Images
Nesta semana, vários países tomam decisões de juros, com expectativa de estabilidade em todos eles, com exceção do Brasil. Nos Estados Unidos, o Federal Reserve fez uma parada técnica no final de janeiro, com os juros mantidos na faixa entre 4,25% a 4,50%, e a expectativa é de que a decisão seja a mesma na ‘superquarta’ desta semana. Os juros também devem ser mantidos no Reino Unido, China e Japão.
No Brasil, decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) foi antecipada oficialmente em dezembro de 2024, quando a diretoria do Banco Central acelerou a alta da Selic em 1 ponto percentual e comunicou a necessidade de mais suas elevações da mesma magnitude. Significa que, após o aperto já anunciado em janeiro, a taxa básica de juros (Selic) volta a subir na quarta-feira para 14,25% ao ano. Trata-se da maior taxa de juros no Brasil deste 2016.
Os especialistas do Banco Safra avaliam que o aperto monetário deve afetar o consumo e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve encerrar 2025 em apenas 1,5% neste ano, o que contribuirá para a redução da inflação ao longo do segundo semestre. O crescimento projetado pelo Safra é de menos da metade do PIB do ano passado, de 3,4%.
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Segundo a análise dos especialistas do Safra, a desaceleração do consumo já observada nos últimos meses de 2024 deve se tornar mais ampla nos próximos meses, o que deve reduzir a pressão dos preços. O banco projeta que a inflação oficial medida pelo IPCA deve fechar o ano de 2025 em 5,2%.
Taxa Selic deve voltar a cair só no fim de 2025
A inflação deve continuar pressionada no primeiro semestre, com os efeitos secundários da desvalorização do real frente ao dólar e choques ocorridos ao longo do segundo semestre do ano passado.
A acomodação da atividade econômica ao longo do ano e a maior dificuldade das empresas em repassar aumentos de custos para o consumidor no segundo semestre poderá permitir que o Banco Central inicie um novo ciclo de redução dos juros ainda no final de 2025, segundo o Banco Safra.

