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Temor fiscal derruba Bolsa após aprovação da PEC dos Precatórios

Bolsa tem queda acentuada no dia seguinte à aprovação da PEC que permite gasto acima do teto pelo governo

Ibovespa

Ainda envolto por enormes incertezas fiscais,  o dólar se valoriza frente ao real | Foto: Getty Images

A Bolsa brasileira destoa da alta no mercado internacional, com investidores colocando na ponta do lápis os possíveis efeitos da aprovação da PEC dos Precatórios em primeiro turno, na madrugada de hoje, na Câmara, e avaliando os resultados corporativos.

Ainda envolto por enormes incertezas fiscais,  o dólar se valoriza frente ao real, seguindo ainda a tendência global, enquanto os juros futuros sobem.

Sem perspectivas de alívio fiscal no radar, o Ibovespa aprofundou a queda no meio do dia. Às 16h30, o Ibovespa caia 2,05%, aos 103.456 pontos.

Aprovação da PEC dos Precatórios em primeira votação agrava temor fiscal e abala a Bolsa

“Aqui, os problemas políticos e fiscais continuam”, afirma Fabrício Gonçalvez, CEO e fundador da BOX Asset Management. Em sua visão, apesar de ter sido aprovada em primeiro turno na Câmara, a PEC dos Precatórios ainda terá uma segunda instância e ainda terá de passar pelo Senado.

Neste ambiente, observa Gonçalvez, chama a atenção a queda dos bancos, apesar do resultado dentro do esperado do Itaú. “O Investidor gosta de previsibilidade”, afirma, acrescentando que o balanço do banco não tem um bom retrato, com o índice de inadimplente podendo comprometer os próximos exercícios.

Diante do quadro desafiador imposto em meio aos crescentes riscos domésticos, o presidente do Itaú Unibanco, Milton Maluhy Filho, afirmou que, ao olhar para 2022, estima-se piora da inadimplência no País. Alertou que os “sinais para 2022 não são muito encorajadores”.

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