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O que é e como investir no Tesouro Direto

Considerada segura, modalidade é favorecida em cenário de juro alto e pode ser uma porta de entrada para os investimentos

Close de nota de 100 reais em azul com moedas de 1 real do lado esquerdo, alusivo ao investimentos nos títulos do Tesouro Direto

Investimento no Tesouro Direto está entre os mais seguros, uma vez que o governo é quem assume o compromisso com o investidor | Foto: Getty Images

Modalidade acessível dentro da renda fixa, o Tesouro Direto pode ser uma porta de entrada para as aplicações financeiras. Este produto está entre os mais seguros do mercado, uma vez que o governo brasileiro é quem assume o compromisso com o investidor.

A procura pelos títulos públicos por investidores pessoas físicas pela internet somou R$ 4,01 bilhões em julho deste ano. O volume é o segundo maior da história do programa Tesouro Direto para um mês, perdendo apenas para maio de 2019 (R$ 5,86 bilhões). Navegue pelo menu abaixo para saber mais sobre o Tesouro Direto:

O que é Tesouro Direto

O Tesouro Direto é um programa desenvolvido pelo Tesouro Nacional em parceria com a B3 (bolsa de valores do Brasil), que permite que pessoas físicas invistam em títulos públicos.

Um dos objetivos desta modalidade é ser um investimento acessível para a população.

Por isso, há opção para começar a investir nesta categoria de aplicações financeiras com apenas R$ 30.

Diariamente, o Tesouro Nacional recompra títulos públicos para garantir liquidez para quem investe na modalidade.

Nesse caso, o valor pode ser diferente do estipulado, já que a compra é feita a preços de mercado.

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Como funciona o Tesouro Direto

Toda vez que o investidor compra um título do Tesouro Direto, na prática ele está emprestando recursos ao governo federal.

Os recursos captados são usados no desenvolvimento de projetos públicos como infraestrutura, educação e saúde.

Uma vez efetuada a aplicação financeira em um título, o investidor se torna credor do governo, que se compromete a pagar o valor investidor mais uma remuneração.

Como é um título de renda fixa, antes de aplicar a pessoa sabe qual será a data de devolução do valor e o cálculo de sua rentabilidade.

Saiba mais

Rentabilidade do Tesouro Direto

As taxas de rentabilidade dos títulos de Tesouro Direto podem ser prefixadas, pós-fixadas e mistas.

No primeiro caso, o investidor sabe o valor nominal exato que receberá no vencimento do título, sendo necessário posteriormente calcular apenas a inflação para saber o retorno real.

Já os títulos pós-fixados estão diretamente ligada a dois indexadores. O primeiro é a taxa básica de juros, a Selic, que é definida pelo Banco Central do Brasil.

O segundo é o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial da inflação no País e que é medido mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE.

No caso da taxa mista, o valor que será pago acompanha uma taxa previamente definida mais o IPCA.

Um ponto importante é que se o investidor pedir o resgate da aplicação financeira antes da data de vencimento - o que é permitido - a rentabilidade pode mudar, a depender das condições de mercado.

Em setembro de 2021, a B3 autorizou a liquidação dos resgates de títulos do Tesouro Direto no mesmo dia (D+0), desde que o pedido seja feito até as 13 horas.

Quais são os títulos

São cinco os tipos de títulos do Tesouro Direto:

  • Tesouro Prefixado (LTN)
    A taxa deste título é prefixada, com pagamento na data de vencimento

  • Tesouro Prefixado com Juros Semestrais (NTN-F)
    Também tem taxa prefixada, mas a cada seis meses o investidor recebe pagamento de juros

  • Tesouro Selic (LFT)
    Título indexado à taxa Selic, com pagamento feito somente no vencimento

  • Tesouro IPCA+ (NTN-B Principal)
    A taxa deste título é mista, com parte dela prefixada e outra parte é indexada ao IPCA. O pagamento é feito no vencimento

  • Tesouro IPCA+ com juros semestrais (NTN-B)
    A taxa também é mista, mas são feitos pagamentos semestrais aos investidores

Como escolher um título

Assim como em todos os investimentos, a pessoa deve ter os objetivos bem definidos antes de aplicar nos títulos do Tesouro Direto.

Se a ideia for compor uma reserva de emergência, é recomendado que se invista no Tesouro Selic, que oferece mais estabilidade em relação ao retorno caso se antecipe o resgate.

Por outro lado, se a visão do investidor estiver no longo prazo, o título mais indicado é o IPCA+, que repõe a inflação no período do investimento.

Por fim, o título prefixado pode trazer retornos maiores que o indexado à Selic, a depender do mercado. É recomendado para quem tem um valor nominal definido como objetivo.

Taxas e custos

Para investir no Tesouro Direto, é necessário abrir uma conta em uma corretora de valores.

Nesse sentido, as taxas que podem vir a ser cobradas pelas instituições financeiras são referentes à corretagem.

Não há outras cobranças sobre os títulos, como performance, por exemplo.

Porém, o investimento em títulos do Tesouro Nacional é sujeito à tributação pelo Imposto de Renda (IR).

Imposto de Renda

imposto de renda de aplicações financeiras em renda fixa, como o Tesouro Direto, é cobrado de acordo com a tabela regressiva.

Portanto, quanto maior o tempo investido, menor é o imposto cobrado. Confira a relação entre o tempo e os percentuais:

  • De 0 até 180 dias: 22,5%
  • De 181 até 360 dias: 20%
  • De 361 até 720 dias: 17,5%
  • Acima de 720 dias: 15%

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