Carteira Top 10 Ações tem ajuste para aumentar segurança cambial
Para reduzir correlação com o câmbio na Carteira Top 10 Ações em abril, especialistas do Banco Safra reduzem peso da Suzano e elevam o da Telefônica
01/04/2025
A Carteira Top 10 Ações tem execução automática, ou seja, o investidor faz a aplicação inicial e o rebalanceamento mensal fica por conta dos especialistas da Safra Corretora | Foto: Getty Images
O Banco Safra ajustou o peso de dois ativos da Carteira Top 10 Ações recomendada para o mês de abril. O objetivo é reduzir a correlação da carteira com o câmbio. O banco reduziu a exposição à Suzano, que é grande exportadora, e aumentou o peso de Telefônica Brasil, que presta serviço local de telefonia e sofre menos efeitos da variação do dólar..
Com o ajuste, a Carteira Top 10 Ações do Safra inicia o mês de abril com um beta de 0,84, o mesmo do mês anterior. O índice Beta mede a volatilidade de uma ação ou carteira de ações em relação ao mercado. O índice menor que 1 significa que o risco de volatilidade está abaixo da media, ou seja, que o investimento é mais seguro.
Carteira Top 10 Ações do Safra tem execução automática
A Carteira Top 10 Ações tem execução automática, ou seja, o investidor faz a aplicação inicial e o rebalanceamento mensal fica por conta dos especialistas da Safra Corretora, a melhor do Brasil para quem investe em ações, segundo o ranking da Fundação Getulio Vargas (FGV). Em 2025, o Safra foi eleito o melhor banco para quem investe em fundos de ações, segundo a FGV.
Em março, a carteira alcançou valorização de 5,61%, mais de seis vezes o CDI (0,91%). No ano, a valorização é de 4,77%, enquanto o CDI ficou em 2,99%.
Desde o lançamento, em janeiro de 2012, a carteira acumula 232,01% de alta. No período, o Ibovespa subiu 73,72% e o CDI, 269,13%.
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Composição da Carteira Top 10 Ações para abril

Sabesp (SBSP3)
Os especialistas do Banco Safra avaliam que a Sabesp (SBSP3) é uma ótima alternativa de exposição ao setor de serviços públicos básicos após a recente alta do setor. A Sabesp é a maior empresa de saneamento da América Latina e foi recentemente privatizada. Os volumes desse segmento têm baixa volatilidade e pouca dependência do PIB, as tarifas são reajustadas pela inflação e têm um componente que remunera os investimentos anualmente. Além disso, as margens devem ser favorecidas por cortes de custo para aumentar a eficiência da empresa após sua privatização. Sua alavancagem baixa permite crescimento sustentável, e a empresa é negociada com retorno atrativo (TIR de 11%).
Tefônica Brasil (VIVT3)
O Safra acredita na continuidade do bom momento de resultados para Telefônica Brasil (VIVT3) para o ano de 2025, com um ambiente competitivo favorável, enquanto vemos ganhos potenciais da transição do regime de concessão para um regime de autorização, que destravaria valores consideráveis para a companhia. Além disso, o Safra espera uma boa perspectiva de pagamento de dividendos e vê VIVT negociando a um valuation bastante atrativo.
Cury (CURY3)
O Safra acredita que a Cury (CURY3) deve continuar entregando um dos melhores resultados da indústria, enquanto o seu longo histórico de desenvolvimentos rentáveis e a sua capacidade de operar uma ampla gama de produtos tanto no programa Minha Casa Minha Vida quanto no sistema SBPE, com padrões operacionais de destaque, reforçam sua posição de destaque. Adicionalmente, o Safra espera dividendos superiores a 7,3% para a empresaem2025.
Banco do Brasil (BBAS3)
O Safra acredita que o Banco do Brasil (BBAS3) é uma ótima forma de exposição ao setor bancário por seu valuation atrativo (4,3x P/L 2025e), seu bom carrego de dividendos (9,9% para 2025) e uma perspectiva mais favorável para o agronegócio fortalecendo os seus resultados e contribuindo para a manutenção de uma rentabilidade elevada para o BBAS.
Itaúsa (ITSA4)
Para o Safra, a ação do Itaúsa (ITSA4) é uma boa escolha por refletir o bom momento de resultados do Itaú e por seus múltiplos de negociação ainda estarem abaixo da média histórica. Como está adicionando mais um ativo do mesmo setor à carteira, o Safra optou por diminuir a exposição de forma a equilibrar o portfolio.
Suzano (SUZB3)
O Safra tem uma visão positiva para a Suzano (SUZB3), pois acredita que ela está bem-posicionada para se beneficiar de uma inflexão nos preços da celulose, movimento que poderia acontecer em breve. O projeto Cerrado deve beneficiar a SUZB com aumento de volumes, redução dos custos operacionais por tonelada, além de impulsionar a geração de caixa da empresa, que poderia atingir um retorno de 17,5% na média anual para o período de 2025–28. Adicionalmente, o Safra espera que a gestão continue executando programas de recompra de ações.
Petrobras (PETR4)
O Banco Safra acredita que os resultados da Petrobras (PETR4) continuarão robustos no curto e médio prazo e a empresa manterá uma boa capacidade de distribuição de dividendos. Adicionalmente, PETR oferece um valuation atrativo, vemos suas ações negociando com desconto em relação a suas pares internacionais e à sua média histórica.
Multiplan (MULT3)
O Safra tem uma visão positiva para Multiplan (MULT3), uma vez que ela detém o portfólio mais balanceado da indústria, permitindo a companhia a seguir aplicando
reajustes acima da inflação no aluguel, enquanto vemos um valuation bastante atrativo (~10,7x P/L 2025e 2025 versus media de 5 anos de 20x). Após o aumento do endividamento com a recente recompra de ações da OTPP a um custo interessante, o Safra vê a empresa desalavancando rapidamente devido a sua forte geração de fluxo de caixa.
Vale (VALE3)
Além de proporcionar indexação do portfólio, a ação da Vale (VALE3) tem um cenário mais positivo para a produção e custos, juntamente com prêmios de minério de ferro potencialmente mais altos. O Safra acredita que seu valuation relativamente mais barato em comparação com as grandes empresas australianas, o leve posicionamento dos investidores e o seu desempenho inferior aos preços do minério de ferro suportam a visão positiva para a ação. Enquanto isso, os analistas do banco acreditam que a gestão da Vale manterá uma abordagem mais amigável aos acionistas em relação a dividendos extraordinários ou recompra de ações.
PRIO (PRIO3)
O Safra gosta da exposição às empresas juniores de petróleo, pois acredita que elas conseguirão entregar melhora na produção ao longo de 2025, gerando elevado fluxo de caixa. A PRIO é a principal escolha do Safra entre elas. A empresa conta com um bom histórico de execução e de alocação de capital, é a mais líquida e está negociando a um valuation bastante atrativo. Além disso, seu baixo endividamento combinado com a forte geração de fluxo de caixa de continuar proporcionando boa capacidadede aquisição de ativos.

