close

Com o fim de impasse nos EUA, bolsas sobem

Os mercados reagiram em alta após sanção do presidente Donald Trump ao pacote de US$ 900 bilhões

Trump na porta do acião

Presidente insistia em elevação da ajuda de US$ 600 por pessoa, mas recuou e firmou a lei aprovada pelo Congresso / Foto: reprodução Facebook

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou na noite do domingo, 27 de dezembro, o pacote de ajuda de US$ 900 bilhões à economia diante da pandemia da covid-19.

Com isso, encerra-se o impasse do governo com o Congresso, que havia aprovado as medidas após intensas negociações nas últimas semanas.

O pacote abre caminho para milhões de americanos receberem alívio econômico, em meio à crise de saúde.

Os mercados da Ásia fecharam em alta com a notícia do fim do impasse nos Estados Unidos em torno do pacote aprovado pelo Congresso. O Ibovespa também abriu em alta e recuperou os 118 mil pontos pela manhã.

Na semana passada, Trump se mostrava contrário à legislação, que recebeu amplo apoio de Republicanos e Democratas. O presidente insistia em  que os congressistas elevassem o tamanho dos pagamentos diretos de auxílio de US$ 600 por pessoa para US$ 2 mil.

Polêmica sobre gastos do governo

Trump firmou a lei, sob pressão dos dois partidos, mas manteve as críticas. Em comunicado, pediu que o Congresso retire o que considera gastos inúteis na lei e disse que enviará aos legisladores uma lista de provisões que deseja eliminar – um esforço que a oposição democrata promete bloquear.

O presidente também disse esperar que o Congresso vote uma medida separada para elevar os pagamentos diretos aos cidadãos a US$ 2 mil.

A Câmara dos Representantes já se prepara para votar essa lei nesta segunda-feira.

O Senado deve voltar ao trabalho nesta terça-feira, 29 de dezembro. A legislação contida no pacote de medidas inclui um ano completo de financiamento para os gastos do governo, evitando o shutdown, uma paralisação parcial das atividades da administração pública.

O pacote também inclui US$ 1,4 trilhão para financiar o governo federal até setembro, medida que para Trump inclui gastos inúteis em ajuda ao exterior. Essa é uma das despesas que ele pretendia tentar congelar. Uma fonte democrata disse que a Câmara dos Representantes barrará essa tentativa do atual presidente.

Bolsas reagem em alta

Os mercados acionários da Ásia registraram ganhos na maioria nesta segunda-feira, 28 de dezembro, embora modestos em alguns casos.

Investidores reagiram de modo positivo à notícia de que os Estados Unidos finalmente confirmaram um pacote de ajuda econômica, diante dos impactos da covid-19.

Na China, a Bolsa de Xangai fechou em alta de 0,02%, em 3,4 mil pontos. A Bolsa de Shenzhen, de menor abrangência, recuou 0,05%, a 2,4 mil pontos.

Os mercados chineses têm mostrado impulso modesto nos últimos dias. Nesta segunda, ações ligadas ao consumo e a alimentos e bebidas estiveram entre as maiores altas, mas papéis dos setores financeiro e de telecomunicações recuaram.

Na Bolsa de Tóquio, o índice Nikkei subiu 0,74%, 26,8 mil pontos, terminando na máxima do dia.

A assinatura do pacote de estímulos nos EUA na noite de domingo pelo presidente Donald Trump animou investidores no Japão, com papéis de empresas de eletrônicos em destaque, mas os impactos da covid-19 na atividade local ainda são acompanhados com atenção.

Em Seul, o índice Kospi fechou em alta de 0,06%, em 2,8 mil pontos. O avanço da praça sul-coreana foi atribuído em parte a compras institucionais, com Samsung Electronics ganhando 1,2% e Hyundai Motor, 1,3%.

Hong Kong fecha em baixa

Em Taiwan, o índice Taiex subiu 1,06%, a 14,5 mil pontos. Na contramão da maioria das praças da Ásia, a Bolsa de Hong Kong fechou em queda de 0,27%, em 26,3 mil pontos, nesta segunda-feira.

O índice Hang Seng foi pressionado pela queda de 7,98% do Alibaba, após a China lançar na semana passada uma investigação antitruste contra a empresa.

Papéis ligados à tecnologia na China em geral seguiram pressionados em Hong Kong, com Xiaomi em queda de 4,0% e AAC Technologies, de 3,0%.

Na Oceania, a Bolsa de Sydney não operou, com feriado bancário local.

(Agência Estado)

Assine o Safra Report, nossa newsletter mensal

Receba gratuitamente em seu email as informações mais relevantes para ajudar a construir seu patrimônio

Invista com os especialistas do Safra