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Bolsa fecha em queda de 1,67%; dólar sobe a R$ 5,21

Ibovespa recuou 1,67%, aos 107.249 pontos, depois de oscilar entre 106.905 e 109.285 pontos; o volume financeiro foi de R$ 31,2 bilhões

Investidor avalia gráficos do mercado financeiro no celular e computador

Mercado ainda monitora a situação fiscal no Brasil com a aprovação da PEC da Transição no Senado | Foto: Getty Images

Fechamento: Os investidores ainda estão cautelosos quanto à questão fiscal no Brasil no próximo ano. Prova disso é que o Ibovespa fechou em queda firme e o dólar virou para a alta no final do pregão.

Nem mesmo a perspectiva do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, indicar amanhã nomes de pelo menos três ministros, entre eles o da Fazenda, animou o mercado.

Com isso, o Ibovespa fechou em queda de mais de 1% e perdeu os 109 mil pontos conquistados na véspera. A Bolsa recuou 1,67%, aos 107.249 pontos, depois de oscilar entre 106.905 e 109.285 pontos. O volume financeiro foi de R$ 31,2 bilhões.

O resultado de fechamento desta quinta-feira fez a Bolsa acumular perdas de 4,18% na semana e de 4,66% em dezembro. No ano, o Ibovespa tem perdas de 2,53%.

“Bolsa só não cai mais por causa da Vale, que fechou no positivo e subiu mais de 1% hoje, ainda impulsionada pelas medidas de flexibilização das medidas restritivas na China”, disse Apolo Duarte, da AVG Capital.

A mineradora fechou em alta de 1,19% e figurou entre os maiores ganhos do Ibovespa nesta sessão, assim como o Bradespar, que tem forte participação na Vale, e avançou 1,29%. A PetroRio, que ganhou 1,16%, também estava na lista de maiores altas da Bolsa.

Mas, o papel que mais subiu nesta sessão foi a Méliuz, que disparou 9,73%. IRB-Br subiu 2,94% e completou o ranking desta quinta-feira.

Entre as maiores perdas, estão empresas que estão expostas à curva de juros. CVC despencou 10,23%,  Pão de Açúcar, 6,77%, Azul, 7,79%, Gol, 6,57% e Dexco, 6,37%.

“O que vemos é uma ausência de direcionadores positivos no mercado que possam levar a bolsa para cima. O gasto fora do teto continua sendo um fato que não agrada os investidores”, disse Duarte.

Lá fora, os índices americanos fecharam em alta nesta sessão. Dow Jones subiu 0,54%, S&P 500, 0,75% e Nasdaq, 1,13%.

17h15 Os contratos futuros do petróleo fecharam em baixa nesta quinta-feira, 8, pressionado pelas perspectivas de desaceleração da economia global. A paralisação das atividades do oleoduto Keystone, nos EUA, e o engarrafamento de petroleiros na Turquia chegaram a influenciar os negócios, mas não sustentaram altas nos preços.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para janeiro de 2023 fechou em queda de 0,76% (US$ 0,55), a US$ US$ 71,46 o barril, enquanto o Brent para fevereiro negociado na Intercontinental Exchange (ICE) fechou em queda de 1,32% (US$ 1,02), a US$ 76,15 o barril. (AE)

17h Depois de uma sessão de perdas e ganhos, com os investidores ainda analisando a questão fiscal no país, o dólar fechou em alta de 0,20%, vendido a R$ 5,21. A cotação da moeda americana oscilou entre R$ 5,19 e R$ 5,25. Com a sessão de hoje, a divisa interrompe uma sequência de baixas na semana e fica estável na semana. No mês, o dólar acumula alta de 0,26% e no ano queda de 6,44%.

Já o Ibovespa se mantém em queda nesta sessão e deve garantir os 107 mil pontos. A bolsa cai 1,51%, aos 107.421 pontos.

15h15 Questionado nesta quinta-feira, 8, se o novo governo vai prorrogar a desoneração de PIS/Cofins sobre os combustíveis – que se encerra em 31 de dezembro – o coordenador dos Grupos Técnicos do gabinete de transição, Aloizio Mercadante, respondeu que essa decisão depende do preço internacional do petróleo, da dinâmica do câmbio e do imbróglio com os Estados sobre a redução também do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nas bombas.

“A discussão sobre (a lei que criou um teto para) o ICMS está no Supremo Tribunal Federal (STF) e vamos aguardar uma decisão se vai flexibilizar a tarifa ou não. Estamos bastante atentos a isso. A prorrogação da desoneração de PIS/Cofins sobre combustíveis também depende disso”, afirmou Mercadante, em entrevista coletiva no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB).

O Ibovespa se mantém em baixa de mais de 1%, aos 107 mil pontos. Bolsa perde 1,26%, aos 107.702 pontos. Dólar volta para o campo positivo e vai a R$ 5,21, em valorização de 0,27%.

14h45  O coordenador executivo do grupo técnico de Minas e Energia do governo de transição, Mauricio Tolmasquim, reforçou que o grupo de trabalho recomendou à Petrobras que suspendesse todos os desinvestimentos possíveis. Representantes do governo de transição participaram de reuniões presenciais na sede da empresa, no Rio de Janeiro, nesta semana.

Segundo ele, a exploração de petróleo é prioridade, mas a estatal precisa se preparar para o futuro e ressaltou que o compromisso com a transição energética não significa deixar de ter o petróleo como atividade principal.

Ele apontou, como exemplo, que todas as grandes empresas petrolíferas têm metas de zerar emissões de carbono, mas que a Petrobras não possui.

O coordenador do subgrupo de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do GT de Energia do governo de transição, senador Jean Paul Prates (PT-RN), afirmou que a venda de alguns ativos da Petrobras faz sentido, mas que algumas serão reconsideradas.

Ações da estatal recuam mais de 1% no momento, 1,14% (PETR4) e 1,50% (PETR3). (AE)

14h15 Bolsa aprofunda perdas e recua mais de 1%. Referencial brasileiro cai 1,12%, aos 107.842 pontos. Vale, que ontem teve um desempenho ruim, tem dia de recuperação e sobe 1,99%. Já a Petrobras opera no vermelho e pressiona o Ibovespa. Estatal se desvaloriza 0.87% (PETR4). Dólar oscila e é vendido a R$ 5,19, em baixa de 0,12%.

12h40 Ibovespa recua mais forte e perde os 109 mil pontos. Índice perde 0,54%, aos 108.482 pontos. Dólar sobe a R$ 5,21 em alta de 0,20%

11h50 Bolsa diminui perdas e opera em quase estabiliade. Ibovespa recua 0,03%, aos 109.031 pontos. Dólar opera estável a R$ 5,20, com queda de 0,04%.

10h30 Com um recado claro de preocupação do Banco Central em relação à questão fiscal no Brasil, o dólar opera em alta nesta quinta-feira. A moeda americana sobe 0,29%, vendida a R$ 5,21.

Ontem, o dólar encerrou o dia em baixa de 1,21%, vendido a R$ 5,20. Com o resultado, a moeda passou a acumular alta de 0,06% no mês, e queda de 6,64% no ano frente ao real. Na semana, tem queda de 0,20%.

Ontem, o Senado aprovou a PEC da Transição que dará licença para o governo gastar R$ 145 bilhões extrateto em 2023.

Além da PEC, os investidores também avaliaram a decisão de manter a taxa de juros em 13,75% pelo Comitê de Política Monetária (Copom). O Banco Central, no entanto, se mostrou preocupado com a questão fiscal e deu recado claro para o próximo governo.

 “O Comitê acompanhará com especial atenção os desenvolvimentos futuros da política fiscal e, em particular, seus efeitos nos preços de ativos e expectativas de inflação, com potenciais impactos sobre a dinâmica da inflação prospectiva”.

Em um recado direto ao governo que assume em janeiro, o comitê enfatiza a necessidade de controle fiscal: “O Comitê acompanhará com especial atenção os desenvolvimentos futuros da política fiscal e, em particular, seus efeitos nos preços de ativos e expectativas de inflação, com potenciais impactos sobre a dinâmica da inflação prospectiva”.

Este posicionamento do BC tem afetado também o mercado de capitais. O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, opera em queda de 0,32%, aos 108.732 pontos.

No dia anterior, o Ibovespa fechou em queda de 1,02%, aos 109.068 pontos, depois de oscilar entre 108.612 e 110.246 pontos. O volume financeiro da sessão foi de R$ 23,9 bilhões.

Com o resultado, o índice brasileiro acumula perdas de 3,04% no mês e ganhos de 4,05% no ano.

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