Após Copom, Bolsa recua firme e perde os 120 mil pontos; dólar sobe
A Bolsa recuou 1,17%, aos 119.016 pontos, depois de oscilar entre 118.018 e 120.419 pontos; o volume de negócios foi de R$ 21,90 bilhões
22/06/2023Fechamento: O Ibovespa caiu firme nesta sessão pós Copom e perdeu os 120 mil pontos. A Bolsa recuou 1,17%, aos 119.016 pontos, depois de oscilar entre 118.018 e 120.419 pontos. O volume de negócios do dia foi de R$ 21,90 bilhões.
Com o resultado, o índice acumula ganhos de 0,22% na semana e de 9,86% de junho. No ano, o Ibovespa sobe 8,46%.
Já o dólar fechou em alta de 0,09% a sessão. A cotação da moeda americana ficou em R$ 4,77, depois de oscilar entre R$ 4,75 e R$ 4,78.
“Ibovespa caiu hoje em dia de correção após diversas altas seguidas em junho e depois da divulgação do comunicado do Copom, que frustrou o mercado”, disse Fabio Louzada, da Eu me banco.
Segundo ele, o mercado esperava por alguma indicação em relação a uma possível queda de juros em agosto, o que não aconteceu. “Com isso, podemos esperar por um possível início de queda de juros a partir de setembro. O comunicado veio mais duro que o esperado e colabora para as quedas de empresas dos setores de varejo e construção, que são fortemente impactados pelos juros altos”, ressaltou Louzada.
Poucas ações tiveram desempenho positivo nesta sessão, entre elas Ambev, que ganhou 1,77%, Hapvida, 1,67%, Vibra, 1,38%, Natura, 1,04% e Localiza, 0,85%.
Já entre os piores desempenhos os destaques foram Minerva, que caiu 4,56%. Eztec, 6,28%, MRV, 4,79%, Alpargatas, 5,41% e CPFL, 4,44%.
16h28 Os contratos futuros de petróleo registraram queda, nesta quinta-feira, 22. O sinal já era negativo no início do dia, mas as baixas se aprofundaram ao longo da sessão, com foco em riscos à demanda, com a perspectiva de atividade global mais fraca.
O fortalecimento do dólar também contribuiu para o movimento, em dia de mais declarações que sugerem alta de juros à frente pelo presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell. No setor, dados mistos do relatório semanal de estoques dos EUA, divulgado pelo Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês), não alteraram o quadro.
O contrato do WTI para agosto fechou em baixa de 4,16% (US$ 3,02), em US$ 69,51 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para setembro recuou 3,61% (US$ 2,79), a US$ 74,35 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). (AE)
15h17 O ouro fechou em baixa nesta quinta-feira, 22, com sinais de desaceleração na demanda pelo metal na China. A alta do dólar e dos juros dos Treasuries também pressiona os preços da commodity, em um quadro em geral de cautela em meio a falas do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, no Senado americano nesta manhã.
Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para agosto fechou em baixa de 1,09%, a US$ 1.923,70 por onça-troy. (AE)
15h15 O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, repetiu nesta quinta-feira, 22, que o objetivo da agenda de inovação da autarquia é aumentar a inclusão financeira e a competição e, ao mesmo tempo, diminuir o custo de intermediação.
“Vivemos um período de inovações tecnológicas sem precedentes no sistema financeiro. Nesse contexto, o BC tem implementado a agenda BC# para ampliar a inclusão financeira, diminuir custo de intermediação, fomentar a competição por meio da redução de barreiras de entrada, e viabilizar a monetização de dados e a tokenização de ativos financeiros e contratos.”
Campos Neto mencionou a criação do Pix e do Open Finance e também agendas em andamento, como a modernização da legislação cambial e o real digital. (AE)
14h30 O Ibovespa aprofunda queda e recua 1,74%, aos 118.319 pontos. Já o dólar acelera alta e sobe 0,50%, vendido a R$ 4,78.
14h28 O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, reiterou nesta quinta-feira, 22, que a “grande maioria” do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) espera mais aumento de juros este ano, “talvez duas” novas elevações. Segundo Powell, esse é o cenário previsto caso a economia dos Estados Unidos evolua conforme projetado. (AE)
12h45 Os estoques de petróleo nos Estados Unidos caíram 3,831 milhões de barris na semana encerrada em 16 de junho, a 463,293 milhões de barris, informou nesta quinta-feira, 22, o Departamento de Energia americano (DoE, na sigla em inglês). Analistas ouvidos pelo The Wall Street Journal esperavam uma queda de 100 mil barris.
Os estoques de gasolina tiveram alta de 479 mil barris na semana, a 221,402 milhões de barris, ante previsão de queda de 500 mil barris. (AE)
12h05 Bolsa segue em queda firme e perde 1,59%, aos 118.507 pontos. Dólar segue em alta moderada de 0,20%, vendido a R$ 4,77.
11h20 Após comunicado sem sinalizações sobre início do corte de juros, o Ibovespa opera em queda firme. Para se ter uma ideia, às 11h somente um ativo apresentava rentabilidade positiva, a ação da BB Seguridade subia 0,20%. Neste momento, o referencial brasileiro recua 1,35%, aos 118.798 pontos.
Já o dólar, que passou boa parte da manhã em estabilidade, passa a subir. A moeda americana avança 0,19%, vendida a R$ 4,77.
10h40 O índice de atividade nacional dos Estados Unidos, elaborado pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de Chicago, caiu a -0,15 em maio, segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira, 22, pela instituição, surpreendendo analistas consultados pela FactSet, que previam alta a 0,15. O resultado de abril foi revisado de 0,07 para 0,14.
Já a média móvel trimestral do índice registrou um avanço de -0,20 para -0,14 no mesmo período, informou o Fed de Chicago. (AE)
10h20 O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, opera em queda nesta sessão abaixo do patamar de 120 mil pontos. A Bolsa perde 0,60%, aos 119.678 pontos. No dia anterior, o índice ganhou 0,67%, aos 120.420 pontos, depois de oscilar entre 119.332 e 120.518 pontos. O volume de negócios foi de R$ 28,10 bilhões.
Com o resultado, o índice brasileiro acumula alta de 1,40% na semana, 11,16% em junho e no ano ganha 9,74%.
Já o dólar segue em estabilidade, cotado a R$ 4,76.
9h30 O Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) decidiu elevar sua taxa básica de juros em 50 pontos-base, a 5%, após concluir reunião de política monetária nesta quinta-feira (22). O ajuste surpreendeu parte dos analistas, que previam um aumento mais moderado, de 25 pontos-base.
A decisão sobre a alta do juro básico foi por 7 votos a favor e 2 contra. As dirigentes contrárias, Swati Dhingra e Silvana Tenreyro, votaram pela manutenção da taxa em 4,5%.
O presidente do Banco da Inglaterra (BoE), Andrew Bailey, disse que o BC inglês decidiu elevar seu juro básico após dados recentes mostrarem que “mais ação era necessária” para reduzir a inflação no Reino Unido.
“A economia (britânica) está indo melhor do que o esperado, mas a inflação ainda está muito alta e temos de lidar com isso”, disse Bailey, em comunicado divulgado após a decisão do BoE. Bailey também avaliou que se o BoE não elevar juros agora, “poderá ser pior mais adiante”. “Estamos comprometidos a trazer a inflação de volta à meta de 2% e tomaremos as decisões necessárias para garantir isso”, afirmou. (AE)
9h10 O dólar abre em estabilidade nesta quinta-feira após decisão de manutenção dos juros pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A moeda americana opera estável a R$ 4,766. No dia anterior, a divisa caiu 0,57%, vendido a R$ 4,767, renovando as mínimas cotações de um ano atrás.
Com o resultado, o dólar acumula queda de 1,05% na semana, 6,02% em junho e de 9,66% no ano.
Os investidores repercutem o tom mais austero do comunicado do Copom ao definir a manutenção dos juros a 13,75% ao ano, que não era esperado pelo mercado. Ao contrário, a expectativa era de que o documento sinalizasse para o início do ciclo de alívio monetário no curto prazo.
Segundo o Comitê, a conjuntura atual, caracterizada por um estágio do processo desinflacionário que tende a ser mais lento e por expectativas de inflação desancoradas, segue demandando cautela e parcimônia.
“O Copom conduzirá a política monetária necessária para o cumprimento das metas e avalia que a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por período prolongado tem se mostrado adequada para assegurar a convergência da inflação. O Comitê reforça que irá perseverar até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas”, informou o comunicado.
Segundo Idean Alves, da Ação Brasil Investimentos, o que chamou a atenção no comunicado foi o fato de o comitê ainda não sinalizar o corte de juros na próxima reunião, em agosto. “Mas, o cenário atual está melhor que o esperado e isso deve se materializar em corte em algum momento no ano de 2023”, disse.