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Ibovespa fecha estável à espera da definição dos juros no Brasil e nos EUA

Ibovespa fechou em leve alta de 0,07%, aos 100.998 pontos, depois de oscilar entre 100.922 e 101.670 pontos; o volume financeiro foi de R$ 17,7 bilhões

Investidor analisa gráfico no celular

Investidores monitoraram as decisões sobre os rumos das políticas monetárias nos EUA e no Brasil | Foto: Getty Images

Fechamento: O Ibovespa operou nesta terça-feira em compasso de espera pela decisão dos juros nos Estados Unidos e no Brasil.

A Bolsa ganhava força com o desempenho do exterior, mas o cenário interno, com o adiamento do anúncio do novo arcabouço fiscal e a cobrança recorrente do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em torno dos juros brasileiros, fez o índice perder o fôlego.

Ao final da sessão, o referencial brasileiro fechou em leve alta de 0,07%, aos 100.998 pontos, depois de oscilar entre 100.922 e 101.670 pontos. O volume financeiro do dia foi de R$ 17,7 bilhões.

Com este resultado, o índice acumula queda de 3,75% em março. No ano, as perdas chegam a 7,96%.

O dólar também teve um dia de altos e baixos. A moeda americana fechou em leve alta de 0,05%, vendida a R$ 5,24, depois de oscilar entre R$ 5,21 e R$ 5,25.

A partir desta sessão, a divisa acumula alta de 0,39% no mês e uma queda de 0,62% no ano.

Já as bolas americanas fecharam com ganhos firmes nesta terça-feira. Dow Jones evoluiu 0,98%, S&P500 teve alta de 1,31% e Nasdaq, 1,58%.

O que é esperado pelo mercado é de que o Fed pode tirar o pé um pouco e aliviar no comunicado, pois, está esperando o que vai acontecer no setor bancário”, disse Cauê Pinheiro, estrategista do Banco Safra, durante o programa Radar Safra desta terça-feira.

Quanto à intensidade da alta, segundo Pinheiro, o mercado está dividido. Pouco mais de 50% esperam que os juros devem ser elevados em 0,25 pontos percentuais, sendo que o intervalo fique em 4.75% e 5% ao ano.

“Uma parte do mercado está precificando a manutenção deste patamar. A nossa visão é de que deve ter alta e o Fed não deve acelerar o passo”, disse Pinheiro.

Por aqui, o estrategista ressalta que a expectativa de que o BC amenizasse os discursos pode não acontecer, com o adiamento da divulgação das novas regras fiscais.

“Por isso, acreditamos que a taxa ficará inalterada. A nossa visão é de que o juro comece a ser cortado na penúltima reunião do ano, em 0,5 ponto percentual”, ressaltou Pinheiro. Atualmente, a Selic está em 13,75% ao ano.

Entre as maiores altas do dia no Ibovespa, os destaques ficaram com Alpargatas, que ganhou 3,68%, Petz, 3,63%, Fleury, que evoluiu 3,58%, Yduqs, 3,66% e Grupo Soma, 3,06%.

No lado negativo, as maiores perdas foram dos papéis de Locaweb, 6,14%, Carrefour, 4,36%, CSN Mineiração, 4,05%, Eletrobras, 3,60% e Raízen, com queda de 3,64%.

16h41 No final da sessão, Ibovespa desacelera e opera em leve alta. A Bolsa chegou a perder o patamar de 101 mil pontos, mas voltou a subir seguindo o exterior. Neste momento, o referencial brasileiro avança 0,13%, aos 101.051 pontos. Dólar volta ao campo positivo e ganha 0,16%, vendido a R$ 5,24.

14h14 A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, indicou que uma intervenção aos moldes da que ocorreu com os Silicon Valley Bank (SVB) e Signature Bank pode ser feita em bancos menores, caso as instituições sofram com corridas que também representem risco de contágio.

“As medidas que tomamos não foram focadas em ajudar bancos específicos ou classes de bancos. Nossa intervenção foi necessária para proteger o amplo sistema bancário dos Estados Unidos”, afirmou Yellen em discurso na American Bankers Association, na terça-feira, 21.

E acrescentou: “Ações semelhantes podem ser justificadas se instituições menores sofrerem corridas de depósitos que representem o risco de contágio.”

Janet Yellen aconselhou os bancos de menor porte a “manterem o foco em atender às necessidades das comunidades” nas quais atuam. (AE)

14h04 O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse esperar que o novo arcabouço fiscal permita ao País planejar o longo prazo. Ele afirmou que o Brasil passou por um período muito longo de crescimento baixo e pouco ou nenhum planejamento. Segundo o ministro, o País fica preso na “armadilha do curtíssimo prazo”.

“O Brasil se vê prisioneiro do curto prazo há muito tempo. É uma armadilha da qual temos de sair se queremos pensar em desenvolvimento. Não é possível um país continental como o Brasil continue a pensar da mão para a boca, com baixa capacidade de planejamento e ambiente muito pouco convidativo ao investimento”, disse Haddad.

Ele se referiu às novas regras fiscais, já apresentadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas ainda não tornadas públicas, como a saída das preocupações de curtíssimo prazo. “Espero que o curto prazo se encerre com a aprovação do arcabouço fiscal que substitua o antigo”, comentou.

Uma regra que conduza o País para o desenvolvimento sem nenhum risco inflacionário ou descontrole de dívida, mas que, ao mesmo tempo, permita tratar com mais dignidade o cidadão brasileiro e estabeleça parâmetros para o Brasil fazer a sua transição ecológica”, disse. (AE)

14h Dólar segue em quase estabilidade. Moeda americana sobe levemente a 0,7%, vendida a R$ 5,24. Já o Ibovespa avança 0,31%, aos 101.247 pontos.

11h48 Bolsa desacelera mas se mantém acima de 101 mil pontos. Ibovespa sobe 0,35%, aos 101.278 pontos. Dólar voltou ao campo negativo e perde 0,05%, vendido a R$ 5,23.

11h42 No primeiro dia da reunião de março do Comitê de Política Monetária (Copom), o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, voltou a atacar o patamar dos juros no País e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

Em entrevista ao vivo à TV 247, Lula afirmou que é “irresponsabilidade” da autoridade monetária manter os juros em 13,75% ao ano e disse achar que Campos Neto não tem compromisso com a lei que determinou a autonomia do BC.

Para Lula, só o sistema financeiro concorda com esse nível de juros. “Não há nenhuma razão, nenhuma explicação, nenhuma lógica, só quem concorda com juros alto é o sistema financeiro, que sobrevive e vive disso. E ganha muito dinheiro com as especulações. Mas as pessoas sérias que trabalham, os empresários que investem, sabem que não está correto.”

E emendou: “Eu acho que o presidente do Banco Central não tem compromisso com a lei que foi aprovada de autonomia do BC. A lei diz que é preciso cuidar da responsabilidade da política monetária, mas é preciso cuidar da inflação também, do crescimento do emprego, coisa que ele não se importa.”

Lula disse que vai continuar “batendo” e “tentando brigar” para que haja uma redução nos juros brasileiros que, segundo ele, não estão embasados por razão, explicação ou lógica.

Ele afirmou nunca ter se importado com autonomia do Banco Central e lembrou que, só daqui a dois anos, poderá mudar o presidente do órgão. (AE)

11h27 As vendas de moradias usadas nos Estados Unidos tiveram crescimento de 14,5% em fevereiro, na comparação com janeiro, ao nível anualizado de 4,58 milhões, informou nesta terça-feira, 21, a Associação Nacional de Corretoras (NAR, na sigla em inglês). Analistas ouvidos pelo Wall Street Journal previam alta menor, de 5,0%, ao nível de 4,20 milhões.

A NAR destaca que o forte ganho mensal encerra uma sequência de 12 meses seguidos de declínios nesse dado. Na comparação anual, porém, as vendas de moradias usadas ainda registraram queda de 22,6% em fevereiro. (AE)

11h Ibovespa segue no campo positivo e sobe 0,59%, aos 101.521 pontos. Dólar avança 0,13%, vendido a R$ 5,24.

10h49 A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, busca acalmar o quadro, após algumas quebras de bancos regionais, ao afirmar que o sistema bancário dos Estados Unidos é “sólido”.

Ela comentou também que acordos de ajuda adicional “podem ser necessários”, se houver novos problemas em instituições menores que possam representar risco à estabilidade financeira.

Em trechos de declarações preparadas para um discurso na American Bankers Association nesta terça-feira, Yellen diz que no geral “a situação está estabilizando”. “E o sistema bancário dos EUA continua sólido”, ressalta.

Em seu discurso, Yellen afirma que a intervenção recente do governo era necessária para “proteger o sistema bancário mais abrangente” e que mais esforços de resgate poderiam ter de ocorrer.

“Ações similares poderiam ser necessárias, caso instituições menores sofram corridas de retirada de depósito que representam um risco de contágio”, acrescentou. (AE)

10h48 A segunda reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central em 2023 começou na manhã desta terça-feira, 21, às 10h05, com a sessão da análise de conjuntura, parte inicial da reunião, em que o grupo revisita temas importantes para a tomada de decisão da taxa Selic. A discussão sobre a conjuntura se estende pela tarde de hoje e pela manhã da quarta-feira, 22.

Na mesma quarta à tarde, ocorre a segunda parte do encontro, quando o colegiado define o nível da Selic, que é anunciado a partir de 18h30. (AE)

10h08 Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, abriu em alta esta terça-feira. O índice sobe 0,37%, aos 101.294 pontos. No dia anterior, a Bolsa recuou 1,04%, aos 100.922 pontos, o menor patamar desde 26 de junho de 2022, quando o referencial atingiu 99.771. O índice variou de 100.678 e 102.228 pontos. O volume financeiro do dia foi de R$ 19,20 bilhões.

Com o resultado desta sessão, referencial brasileiro acumulou queda de 3,82% em março. No ano, as perdas chegam a 8,03%.

Já o dólar, que começou a sessão no campo negativo, virou a direção e, neste momento, opera em alta de 0,16%, vendido a R$ 5,24.

9h20 Dólar abriu em queda nesta terça-feira, 21, com os investidores à espera das novas regras fiscais no Brasil e a definição dos juros por aqui e nos Estados Unidos.

A moeda americana recua 0,40%, vendida a R$ 5,22. No dia anterior, o dólar fechou em queda de 0,52%, cotado a R$ 5,2425. Com o resultado, a moeda passou a acumular alta de 0,34% no mês e uma queda de 0,67% no ano.

Os investidores estão atentos aos rumos das taxas de juros no Brasil e nos Estados Unidos, que serão divulgados nesta quarta-feira.

Nos EUA, a expectativa é de que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) comece a desacelerar o ritmo em razão da crise bancária instalada há duas semanas.

O que é esperado pelo mercado é de que o Fed pode tirar o pé um pouco e aliviar no comunicado, pois, está esperando o que vai acontecer no setor bancário”, disse Cauê Pinheiro, estrategista do Banco Safra, durante o programa Radar Safra desta terça-feira.

Quanto à intensidade da alta, segundo Pinheiro, o mercado está dividido. Pouco mais de 50% esperam que os juros devem ser elevados em 0,25 pontos percentuais, sendo que o intervalo fique em 4.75% e 5% ao ano. “Uma parte do mercado está precificando a manutenção deste patamar. A nossa visão é de que deve ter alta e o Fed não deve acelerar o passo”, disse Pinheiro.

Por aqui, o estrategista ressalta que o Banco Central está na dependência do anúncio das novas regras fiscais, que podem não ser divulgadas a tempo da reunião.

“Com isso, a expectativa de que o BC amenizasse os discursos pode não acontecer. Por isso, acreditamos que a taxa ficará inalterada. A nossa visão é de que o juro comece a ser cortado na penúltima reunião do ano, em 0,5 ponto percentual”, ressaltou Pinheiro. Atualmente, a Selic está em 13,75% ao ano.

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