Bolsa fecha em leve baixa com risco fiscal no radar; dólar recua a R$ 5,37
O Ibovespa recuou 0,18%, aos 108.841 pontos, depois de oscilar entre 107.901 e 109.285 pontos; o volume financeiro foi de R$ 23,6 bilhões
23/11/2022Fechamento: A Bolsa fechou em leve baixa nesta quarta-feira. O Ibovespa recuou 0,18%, aos 108.841 pontos, depois de oscilar entre 107.901 e 109.285 pontos. O volume financeiro da sessão foi de R$ 23,6 bilhões. Com o resultado deste pregão, o índice brasileiro perde 0,03% na semana e 6.20% em novembro. No ano, a Bolsa acumula alta de 3,83%.
O Ibovespa reduziu o ritmo de queda após a ata do Fed indicar o ciclo de aperto monetário se tornou mais importante que a intensidade da alta dos juros. Isso deu força para os ativos no mercado brasileiro.
“A ata do Fed veio em linha com o que o mercado esperava, pois, sinaliza estar perto do fim do aperto monetário e mercado americano interpretou isso de forma positiva com S&P, Dow Jones e Nasdaq subindo”, disse, Leandro Petrokas, da Quantzed. “Índice americano reagiu de forma mais positiva. No Brasil, cenário interno continua pesando e a ata não faz tanto efeito. Ainda não dá para falarmos de queda de juros, mas o cenário parece muito mais otimista do que meses atrás.”
Entre as maiores altas o papel da Rede D’Or, com evolução de 3,57%, foi o que liderou o ranking. Marfrig e Sulamérica vieram em seguida, com ganhos de 3,16% e 2,95%, respectivamente. BB Seguridade, com alta de 2,41% e Gerdau, com 1,42%, completam o ranking.
Já nas maiores baixas a CVC, com queda de 7,22%, liderou as perdas. Cielo e Americanas caíram 6,82% e 5,36%, respectivamente. Já o Grupo Soma recuou 4,32% e Natura, 4,20%.
Lá fora, os índices americanos fecharam em alta após a ata do Fed. Dow Jones ganhou 0,28%, S&P 500, 0,60% e Nasdaq, 0,99%.
17h Após uma sessão no campo positivo, o dólar perdeu força no final e fechou em queda. A moeda americana recuou 0,10%, vendida a R$ 5,37. A cotação da divisa oscilou entre R$ 5,34 e R$ 5,41. Com o resultado, o dólar acumula baixa de 0,05% na semana. Em novembro, a alta é de 3,92% e no ano, desvalorização de 3,46%.
16h35 O fluxo cambial do ano até 18 de novembro ficou positivo em US$ 22,430 bilhões, informou nesta quarta-feira, 23, o Banco Central. Em igual período do ano passado, o resultado era positivo em US$ 14,796 bilhões. Já no ano fechado de 2021, houve entrada líquida de US$ 6,134 bilhões.
A saída líquida pelo canal financeiro foi de US$ 13,645 bilhões. O resultado é fruto de aportes no valor de US$ 512,597 bilhões e de retiradas no total de US$ 526,243 bilhões. O segmento reúne os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, remessas de lucro e pagamento de juros, entre outras operações.
No comércio exterior, o saldo anual acumulado ficou positivo em US$ 36,076 bilhões, com importações de US$ 208,503 bilhões e exportações de US$ 244,579 bilhões. Nas exportações estão incluídos US$ 30,842 bilhões em Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC), US$ 55,268 bilhões em Pagamento Antecipado (PA) e US$ 158,469 bilhões em outras entradas. (AE)
16h20 Os dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) avaliaram na reunião de política monetária de 1º e 2 de novembro que o nível dos juros nos EUA ao final do ciclo de aperto monetário se tornou mais importante do que o ritmo de aumento da taxa. “Os participantes concordaram que a comunicação dessa distinção ao público era importante para reforçar o forte compromisso do Comitê de retornar a inflação ao objetivo de 2%”, destaca a ata do encontro, divulgada nesta quarta-feira, 23.
Os membros da autoridade monetária também afirmaram que seria oportuno desacelerar o ritmo de elevação dos juros à medida que a política monetária se aproximasse de uma postura suficientemente restritiva.
Segundo eles, serão considerados na tomada de decisão “o aperto cumulativo da política monetária até à data, a defasagem entre as ações de política monetária e o comportamento da atividade econômica e da inflação e a evolução econômica e financeira”. (AE)
15h15 Bolsa retoma o patamar de 108 mil pontos, mas se mantém no campo negativo. Ibovespa recua 0,67%, aos 108.303 pontos. Bancos operam em queda, o Itaú perde 1,14% e Brasdesco 1,86%. Já o Banco do Brasil sobe 1,72%. A Petrobras, que pressionava o índice pela manhã, tem desempenho estável.
14h13 O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, considerou, em um evento da BlackRock, que a preocupação principal no mundo deve passar de inflação para crescimento baixo daqui para frente, com a percepção que de o pior já passou na questão inflacionária em vários países.
“Talvez a gente entre em um período agora de mudança da preocupação principal de inflação para crescimento baixo. A inflação não subindo, mas persistente e o crescimento mais baixo ou com taxas negativas.”
Segundo Campos Neto, o entendimento do BC é que o ano de 2023 é de desaceleração de crescimento, também no Brasil.
O presidente do BC voltou a dizer que o risco para o mercado financeiro saiu do sistema tradicional para fora. “Volume de derivativos está subindo muito em players que não estão no mundo regulado”, disse, citando também a liquidez fraca na parte de títulos soberanos. (AE)
14h10 Ibovespa aprofunda queda e perde os 108 mil pontos. A Bolsa recua 1,03%, aos 107.914 pontos. Dólar avança 0,64%, vendido a R$ 5,39.
12h15 Em manhã volátil, Ibovespa opera em leve queda de 0,03%, aos 108.620 pontos. Já o dólar perde fôlego, mas ainda se mantém em alta. Moeda americana é vendida a R$ 5,37%, em valorização de 0,37%.
11h55 Em Nova York, índices americanos aceleram alta nesta sessão. Dow Jones sobe 0,34%, S&P, 0,38% e Nasdaq, 0,68%. Por aqui, a Bolsa se mantém em volatilidade e, por agora, recua 0,05%, aos 108.552 pontos.
11h46 O senador Paulo Rocha (PT-PA) confirmou que o texto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da transição será entregue à tarde ao Senado e terá escrito um prazo de quatro anos para que o Bolsa Família fique fora do teto de gastos. Segundo ele, o valor de R$ 175 bilhões é imprescindível para o governo eleito.
“Vamos deixar as PEC paralelas de lado e vamos trabalhar a nossa”, afirmou Rocha. (AE)
11h32 Os índices americanos abriram em leve alta à espera da divulgação da ata do Fed. Dow Jones sobe 0,09%, S&P 500, 0,01% e Nasdaq, 0,08%. Por aqui, Ibovespa recua levemente em 0,04%, aos 108.473 pontos.
11h12 As encomendas de bens duráveis nos Estados Unidos subiram 1,0% em outubro ante setembro, a US$ 277,4 bilhões, segundo dados publicados nesta quarta-feira, 23, pelo Departamento do Comércio do país. Analistas consultados pelo The Wall Street Journal previam alta menor nas encomendas, de 0,5%.
Excluindo-se o setor de transportes, as encomendas de bens duráveis subiram 0,5% no período. Já sem a categoria de defesa, houve alta de 0,8%. (AE)
11h Bolsa opera entre perdas e ganhos nesta sessão. Índice sobe levemente a 0,10%, aos 108.338 pontos. Petrobras aprofunda perdas e recua 1,37% (PETR4). Dólar chega a R$ 5,40, em alta de 0,78%.
10h42 O governo de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva vai reavaliar os planos de venda de ativos da Petrobras. A informação foi dada pelo ex-presidente da Empresa de Planejamento Energético (EPE) Mauricio Tolmasquim, integrante do grupo técnico da área de energia.
“Foi solicitado que haja uma reunião com o presidente da Petrobras, justamente porque tem uma série de ativos da Petrobras que estão em via de serem vendidos, e a gente quer ter a oportunidade de conversar com a Petrobras, se realmente é o momento adequado de fazer isso”, afirmou ele. (AE)
10h40 Petrobras pressiona e bolsa vira para queda de 0,15%, aos 108.374 pontos. A estatal perde 0,81% (PETR4). Já a Vale opera em alta de 0,77%. Dólar se mantém no campo positivo, com evolução de 0,66%, vendido a R$ 5,39.
10h10 Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, opera em certa estabilidade nesta quarta-feira. O referencial brasileiro sobe levemente a 0,10%, aos 108.493 pontos. No dia anterior, a Bolsa fechou em queda de 0,65%, aos 109.036 pontos, depois de oscilar entre 107.867 e 110.223 pontos. O volume financeiro foi de R$ 27,90 bilhões. Com o resultado desta sessão, o referencial brasileiro acumula queda de 6,03% em novembro e no ano, a Bolsa sobe 4,02%.
9h20 O dólar opera em alta nesta quarta-feira, 23, seguindo a tendência positiva da semana. A moeda americana sobe 0,27%, vendida a R$ 5,37.
No dia anterior, a divisa encerrou o dia vendida a R$ 5,37, em alta de 1,24%. Com o resultado, o dólar acumula alta de 0,05% frente ao real na semana, e de 4,08% no mês. No ano, tem queda de 3,56%.
Os investidores aguardam o texto da PEC da Transição, que deve ser apresentado ainda esta semana, em meio à incerteza sobre a sustentabilidade das contas públicas no longo prazo, e ao processo de escolha da equipe ministerial do presidente eleito Lula.
Lá fora, as expectativas são para a divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, banco central americano) que acontece nesta quarta-feira.
O mercado aposta em uma postura mais contracionista do Fed, após algumas autoridades do banco central reiterarem o compromisso de continuar com o aperto da política monetária até que a inflação esteja sob controle.