Bolsa fecha em alta e recupera os 109 mil pontos; dólar cai a R$ 5,31

Fechamento: O Ibovespa fechou em alta nesta segunda-feira, após uma manhã de volatilidade. A Bolsa subiu 0,81%, aos 109.748 pontos, depois de oscilar entre 107.957 e 110.235 pontos. O valor negociado do dia foi de R$ 37,2 bilhões. Com o resultado deste pregão, o Ibovespa acumula queda de 5,42% em novembro e no ano avança 4,70%.

A melhora dos papéis da Petrobras e estatais estaduais impulsionou a Bolsa na reta final da sessão. A petroleira subiu 0,45% (PETR4).

” O que ajudou a animar os ânimos é a nova proposta de PEC alternativa, que prevê R$ 70 bilhões fora do teto de gastos, e não os R$ 190 bilhões outrora previstos’, disse Idean Alves, da Ação Brasil Investimentos. “Isso ajudou a retomar a confiança do investidor, que começa a ver que o “furo do teto” pode ser menor que o esperado, o que gerou um sentimento positivo ao longo do dia, que ajudou a sustentar a bolsa brasileira.”

Já as estatais estatuais tiveram um bom desempenho com o “efeito Copel”. Cemig subiu 7,45%, Sabesp, 7,59%, Já a companhia de energia do Paraná disparou 22,49% nesta sessão com a notícia da intenção do governo sair do bloco de controle da empresa.

As varejistas também apresentaram boa performance nesta segunda-feira. Magazine Luiza, por exemplo figurou entre as maiores altas do dia. A empresa subiu 7,62%, Americanas, 2,79% e Via Varejo, 1,36%. Cyrela também esteve entre os melhores desempenhos do dia com 8,38%.

Já no ranking de maiores perdas, as empresas de commodities foram as líderes desta sessão. Vale, apesar de não ter apresentado uma das maiores baixas, recuou 0,84%. Já a Suzano caiu 3.34%, Klabin, 3,22%, CSN Mineração, 1,93%, Bradespar, 2,07% e Minerva, 1,88%.

O Ibovespa foi na contramão dos índices americanos que fecharam em baixa nesta sessão. Dow Jones recuou 0,13%, S&P 500, 0,39% e Nasdaq, 1,09%.

17h Dólar fecha em baixa de 1,31%, vendido a R$ 5,31. A moeda americana oscilou entre R$ 5,29 e R$ 5,38 nesta sessão. Já o Ibovespa desacelera o ritmo de alta mas se mantém no campo positivo. Bolsa sobe 0,34%, aos 109.234 pontos.

16h20 O ex-ministro da Fazenda e do Planejamento Nelson Barbosa avaliou nesta segunda-feira, 21, que uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) de R$ 70 bilhões seria insuficiente para que o governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) consiga trabalhar no Orçamento do próximo ano. Segundo ele, mesmo se o governo aumentar o gasto em R$ 136 bilhões em 2023, ainda não haveria expansão fiscal em proporção do Produto Interno Bruto (PIB).

“A minha opinião é de que R$ 70 bilhões é pouco para a PEC, porque o orçamento que foi enviado para 2023 tem um gasto em proporção do PIB inferior ao de 2022. Esse ano o governo vai gastar 18,9% do PIB, e para o ano que vem o atual governo propôs um gasto de 17,6% do PIB, significativamente inferior”, disse Barbosa. “Isso significa que se você adicionar até R$ 136 bilhões de gastos no orçamento de 2023, isso não será expansão fiscal. Até R$ 136 bilhões a mais de gasto, será igual ao efetivamente feito ao último ano do governo Bolsonaro, considerando o PIB que está na proposta de orçamento alta de 2,5% em 2023.”

15h20 O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirmou nesta segunda-feira, 21, que o texto final da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da transição deve ser entregue até amanhã e a opção mais provável é que os gastos com o Bolsa Família sejam retirados do teto de gastos por quatro anos.

Semana passada, uma minuta inicial foi entregue pela equipe de transição ao relator do Orçamento, senador Marcelo Castro (MDB-PI). Randolfe destacou que Castro “está trabalhando” na proposta. Ainda hoje a presidente do PT, deputada reeleita Gleisi Hoffmann (PR), vai se reunir com a bancada do PT no Senado na qual devem ser feitos os ajustes finais na proposta.

“Deve ser algo que devemos ajustar nas próximas horas (texto final)”, disse o senador, ressaltando ainda a disposição da equipe de transição em debater o assunto com outros parlamentares. “Estamos a disposição de ouvir do parlamento outras propostas”. (AE)

14h40 Bolsa retorna para o campo positivo com ajuda da Petrobras. Ibovespa sobe 0,37%, aos 109.276 pontos. Estatal avança 0,67% e Copel dispara 21,23%. Dólar aprofunda perdas e recua 1,11%, vendido a R$ 5,32.

13h55 O senador eleito Wellington Dias (PT-PI) afirmou nesta segunda-feira, 21, em entrevista à GloboNews, que a revisão do teto de gastos pelo novo governo será feita com diálogo e responsabilidade, e não de forma “atabalhoada”. O ex-governador do Piauí, um dos principais porta-vozes do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva em assuntos econômicos, disse que há quase um consenso de que a âncora fiscal precisa ser revista. O teto é a regra que limita o crescimento das despesas do governo à variação da inflação.

“O teto Causou um conjunto de efeitos colaterais que engessam o País. Então, há necessidade de uma revisão, que vai ser trabalhada pelo diálogo, não vai ter nada feito de forma atabalhoada, vai ter muita responsabilidade”, declarou Dias. “Tem já quase que um consenso no Brasil, o próprio ministro Paulo Guedes, pessoas do Congresso Nacional, de diversas linhas de pensamento da economia, o setor privado, vários partidos de que a âncora sustentada no teto… simplesmente, o teto desde o primeiro ano já furou. Ou seja, você teve que fazer alterações”, emendou. (AE)

13h50 Ibovespa perde 0,43%. aos 108.423 pontos. Petrobras reduz o ritmo de queda, mas se mantém no vermelho. O papel da estatal (PETR4) recua 0,75%. Já o dólar cai 0,82%, vendido a R$ 5,33.

11h55 Ibovespa perde o fôlego e opera em estabilidade. Bolsa sobe levemente a 0,04%, aos 108.911 pontos. A Petrobras virou para o vermelho e com isso pressiona o índice. A estatal perde 1,01% no momento. Já o dólar se mantém no campo negativo e recua 0,905, vendido a R$ 5,33.

11h30 Índices americanos operam sem direção definida, com os investidores à espera da ata do Fed que será divulgada na quarta-feira. Dow Jones sobe 0,01%, S&P 500 recua 0,38% e Nasdaq, 0,51%.

11h05 Bolsa acelera alta e sobe mais de 1% com ajuda da Petrobras. Ibovespa ganha 1,21%, aos 110.182 pontos. Estatal avança 2,66%. A companhia de energia elétrica do Paraná, a Copel, dispara 25,56% neste momento. O bom momento das ações da empresa acontece depois que o governo do estado informou que vai privatizar a Copel por meio de oferta de ações.

10h20 Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, opera em alta em 0,24%, aos 109.133 pontos. Na sexta-feira, a índice brasileiro perdeu 0,76%, aos 108.870 pontos, depois de oscilar entre 108.511 e 111.584 pontos. Na semana, a Bolsa caiu 3,01%. Em novembro, o referencial brasileiro recua 6,18% e no ano avança 3,86%. Já o dólar é vendido a R$ 5,30 em baixa de 1,37%.

9h30 O dólar abriu em baixa nesta segunda-feira, 21, após uma semana conturbada com os investidores receosos com a política fiscal do novo governo no Brasil.

A moeda americana opera em baixa de 1,17%, vendida a R$ 5,31. Na sexta-feira, a moeda divisa caiu 0,5%, negociada a R$ 5,37. Com o resultado, a moeda acumula alta de 4,03% frente ao real no mês. No ano, tem queda de 3,61%.

No mercado externo, as atenções dos investidores se voltam para a divulgação da ata da reunião do Federal Reserve (Fed, banco central americano) na quarta-feira. A aposta do mercado é de a autoridade monetária deve continuar o ciclo de alta de juros nos Estados Unidos, pois, a grande preocupação é a inflação que não dá sinais de arrefecimento.

Além disso, a alta dos preços nos países desenvolvidos, como os da Europa, pode contaminar a economia mundial e consequentemente a americana. Dirigentes do Fed já declararam que a taxa de juros deve subir pelo menos, a um nível entre 5% e 5,25% ao ano para conter o avanço dos preços.

Por aqui, o mercado aumentou novamente a expectativa de inflação para este ano, no levantamento do Boletim Focus do Banco Central. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve terminar o ano em alta de 5,88%, na semana anterior a expectativa era de uma inflação em 5,82%.

Para 2023, a expectativa de alta do IPCA passou de 4,94% para 5,01% e para 2024, a inflação deve ser de 3,50%, a mesma perspectiva da semana anterior, de acordo com o Focus.

O dólar também teve a expectativa alterada nesta pesquisa. Segundo os dados, a moeda americana deve fechar o ano vendida a R$ 5,25. Na semana anterior, a aposta era de uma cotação de 5,20.