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Após estimativa de aperto monetário mais longo nos EUA, Bolsa recua

Ibovespa caiu 0,45%, aos 104.227 pontos, depois de oscilar entre 103.480 e 105.178 pontos; o volume financeiro foi de R$ 21,10 bilhões

Investidora avalia gráfico do mercado financeiro

Investidores ficaram de olho nos próximos passos do Fed em relação aos juros nos EUA e no novo arcabouço fiscal no Brasil | Foto: Getty Images

Fechamento: O Ibovespa fechou em baixa nesta terça-feira acompanhando o desempenho do exterior. As bolsas de todo o mundo afetadas pelas falas do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Jerome Powell, de aperto monetário mais longo nos Estados Unidos.

“Ainda há um longo caminho a percorrer para reduzir núcleo da inflação”, disse Powell, em testemunho no Congresso norte-americano.

A meta americana é de 2% ao ano. Dentre os pontos de atenção, conforme ele, estão os índices do setor de serviços, que representam mais da metade dos gastos do consumidor norte-americano, bem como o núcleo dos indicadores, que excluem os voláteis preços de alimentos e energia.

“A amplitude da reversão, juntamente com as revisões do trimestre anterior, sugere que as pressões inflacionárias estão mais altas do que o esperado no momento de nossa reunião anterior do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês)”, afirmou ele.

As bolsas americanas ficaram o dia no vermelho e fecharam os negócios em queda firme. Dow Jones recuou 1,72%, S&P 500, 1,53% e Nasdaq, 1,25%.

Com isso, o Ibovespa fechou em baixa de 0,45%, aos 104.227 pontos, depois de oscilar entre 103.480 e 105.178 pontos. O volume financeiro do dia foi de R$ 21,10 bilhões.

Após o desempenho desta sessão, o referencial brasileiro passou a acumular queda de 0,67% em março. No ano, a baixa é de 5,02%.

“A economia não é uma ciência exata, mas aumento de risco acaba fazendo com que o dólar tenha alta e a bolsa perca força, movimentos feitos para diminuir riscos e aumentar exposição em ativos mais seguros. Em um ano em que começamos com uma economia chinesa mais enfraquecida do que o normal, o Brasil como país exportador de commodities acaba sofrendo mais”, disse Marcus Labarthe, da GT Capital.

Além do exterior, o Ibovespa também sofreu com o mau desempenho dos papéis da Vale e Petrobras, que têm grande participação no índice. A mineradora caiu 1,20% e a estatal 3,12% (PETR4) e 2,99% (PETR3). A Petrobras, aliás, compôs a lista das maiores baixas do dia.

No ranking de piores desempenhos completaram a lista, Dexco, com queda de 6,79%, BRF, que perdeu 4,87% e PetroRio que caiu 3,21%.

Já no lado positivo, Azul continuou como a preferida dos investidores. A companhia aérea disparou 19,22%, após subir 46,27% na véspera.

CVC e Gol, que também estiveram entre as maiores altas do dia na sessão anterior, subiram 8,38% e 5,51%, respectivamente.

Qualicorp, com ganhos de 3,93%, e Banco do Brasil, que subiu 2,48%, completam a lista.

17h17 Os contratos futuros mais líquidos do petróleo fecharam em queda nesta terça-feira, 7, encerrando uma sequência de cinco altas consecutivas, influenciados pela força do dólar após discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, no Senado dos Estados Unidos. A fala reverteu inclusive os ganhos de mais cedo, com a expectativa de uma recuperação da demanda da China após publicação de dados de importação.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para abril de 2023 fechou em queda de 3,58% (US$ 2,88), a US$ 77,58 o barril, enquanto o Brent para maio, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em queda de 3,35% (US$ 2,89), a US$ 83,29 o barril. (AE)

17h Dólar fecha em alta de 0,44%, vendido a R$ 5,19, depois de oscilar entre R$ 5,15 e R$ 5,20. Com o resultado desta sessão, a moeda passou a acumular perdas de 0,66% no mês e de 1,66% no ano. Já a Bolsa recuperou os 104 mil pontos mas se mantém no vermelho. Ibovespa recua 0,50%, aos 104.168 pontos.

Segundo Marcus Labarthe, da GT Capital, a alta do dólar nesta terça-feira ocorreu em razão das falas mais duras do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, que prevê ciclo de aperto monetário nos Estados Unidos por mais tempo.

“Com os juros mais altos nos EUA, a tendência é mais investidores migrarem para a economia americana fortalecendo cada vez mais o dólar. Frente ao cenário mundial, o Brasil acaba como economia emergente e especulativa sofrendo mais com as mudanças de humor da economia”, disse.

15h42 O Ibovespa recua mais de 1%, neste momento. Vale, Petrobras e exterior pressionam e a Bolsa perde 1,01%, aos 103.642 pontos. Mineradora se desvaloriza 1,24% e estatal 2,47% (PETR4) e 2,38%. Já o dólar se mantém na cotação de R$ 5,19, em alta de 0,90%.

14h07 Os mercados acionários europeus fecharam a terça-feira em queda, após o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, indicar que os juros podem subir mais que o previsto anteriormente. Os comentários reverteram o impulso que os negócios vinham recebendo de indicadores econômicos locais.

Em Londres, o FTSE 100, caiu 0,13% a 7.919,48 pontos, enquanto o índice DAX, em Frankfurt, fechou em baixa de 0,60%, a 15.559,53 pontos. O CAC 40, em Paris, cedeu 0,46%, a 7.339,27 pontos, e o FTSE MIB, em Milão, fechou em queda de 0,67%, a 27.761,57 pontos. Já em Madri, o índice Ibex 35 recuou 1,01%, a 9.415,00pontos. Por fim, na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 cedeu 0,22%, a 6.030,11 pontos. As cotações são preliminares. (AE)

14h05 O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, afirmou nesta terça-feira, 7, que indicadores recentes reverteram a tendência de esfriamento que a atividade econômica vinha registrando. Segundo ele, o movimento reflete parcialmente os efeitos de um inverno mais quente que o esperado.

“Ainda assim, a amplitude da reversão, juntamente com as revisões do trimestre anterior, sugere que as pressões inflacionárias estão mais altas do que o esperado no momento de nossa reunião anterior do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC)”, afirmou ele, durante discurso no Comitê Bancário do Senado dos EUA.

Powell acrescentou que o mercado de trabalho americano permanece “extremamente apertado”, com a taxa de desemprego no menor nível desde 1969. “Levará tempo, no entanto, para que todos os efeitos da contenção monetária sejam percebidos, especialmente sobre a inflação”, ressaltou.

O banqueiro central afirmou ainda que já é possível identificar os efeitos do aperto monetário na demanda nos setores da economia mais sensíveis aos juros. “Levará tempo, no entanto, para que todos os efeitos da contenção monetária sejam percebidos, especialmente sobre a inflação”, pontuou. (AE)

14h Ibovespa segue no vermelho e recua 0,86%, aos 103.786 pontos. Dólar opera em alta de 0,71%, vendido a R$ 5,19.

12h09 Bolsa aprofunda queda e perde os 104 mil pontos. Ibovespa recua 0,68%, aos 103.985 pontos. A Vale perdeu tração e neste momento sobe 0,34%. Já Petrobras recua 1,50% (PETR4) e 1,50% (PETR3). O dólar opera nas máximas e avança 0,81%, vendido a R$ 5,19.

11h50 Ibovespa opera entre perdas e ganhos e, neste momento, cai 0,05%, aos 104.636 pontos. Petrobras e Vale operam em direções opostas e deixam a Bolsa nesta gangorra. A mineradora sobe 1,37% enquanto a petroleira recua 1,31% (PETR4) e 1,50% (PETR3). Já o dólar se mantém no campo positivo e sobe 0,42%, vendido a R$ 5,17.

11h08 Dólar muda a direção e passa a subir. Moeda americana ganha 0,55%, vendida a R$ 5,18. A Bolsa oscila e, neste momento, avança 0,11%, aos 104.812 pontos.

10h08 O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, abriu em certa estabilidade esta terça-feira. O índice recua levemente 0,11%, aos 104.589 pontos. Na véspera, a Bolsa avançou 0,80%, aos 104.700 pontos, depois de oscilar entre 103.170 e 105.170 pontos. O volume financeiro do dia foi de R$ 22,1 bilhões. Com o resultado deste pregão, o índice acumula queda de 0,22% em março. No ano, a baixa é de 4.59%.

9h10 O dólar abriu em baixa nesta terça-feira, seguindo a tendência do dia anterior.

A moeda americana recua 0,12%, vendida a R$ 5,16. Na véspera, a divisa o dólar fechou em queda de 0,62%, cotada a R$ 5,1674. Com o resultado, a moeda passou a acumular perdas de 1,10% no mês e de 2,10% no ano.

Os investidores estão com as atenções voltadas para o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Jerome Powell, sobre política monetária ao Comitê de Assuntos Bancários, Habitacionais e Urbanos do Senado americano.

Powell pode dar pistas dos próximos passos do Fed em relação à intensidade da subida dos juros americanos. O mercado já estima que, ao final deste ano, a taxa nos Estados Unidos deve ser de 6% ao ano.

A taxa de juros definida pelo Fed nos EUA, hoje, está na faixa entre 4,5% e 4,75% ao ano.

Por aqui, os investidores monitoram a questão fiscal, com a divulgação do novo arcabouço que norteará as políticas econômicas no país. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já informou que pretente apresentar o texto antes da próxima reunição do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para os dias 22 e 23 de março.

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